Está impagável a capa do jornal Hora do Povo, reproduzida abaixo. Pode muito bem ser que José Serra não tivesse a intenção de ofender ninguém, mas o fato é que até agora, com uma semana de horário eleitoral gratuito no ar, nenhum outro político conseguiu criar um "fato político", como gostam de dizer os militantes de esquerda, da magnitude que criou Serra ao atribuir aos migrantes a má classificação da educação paulista no ranking nacional. Ajoelhou, tem que rezar... Se houver segundo turno em São Paulo, Serra vai se arrepender amargamente do que disse na TV Globo. O tucano tem muitas chances de matar a eleição no primeiro turno, é o cenário mais provável, mas Quércia e Mercadante devem estar dando pulinhos de alegria com a bobagem dita pelo líder nas pesquisas. A maré definitivamete não está boa para os tucanos.
O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda
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