Este blog conversou na sexta-feira com um dos grandes especialistas em pesquisas eleitorais em atividade no Brasil. Em off – pois está trabalhando em algumas campanhas –, ele se permitiu fazer uma extensa análise do cenário político nacional e do estado de São Paulo.
Faltando menos de 60 dias para as eleições, a reeleição de Lula estaria praticamente definida. A explicação da eminente vitória, porém, difere bastante das análises correntes dos colunistas e cientistas politicos de plantão. Segundo o pesquisador, o escândalo do mensalão vacinou Lula de qualquer tipo de acusação de corrupção. Explicando melhor, as pesquisas qualitativas revelam que na cabeça da população, especialmente das classes C, D e E, o fato de a oposição não ter conseguido provas para tirar o presidente Lula do cargo em virtude do mensalão conferiu a ele um atestado de idoneidade.
Assim, de nada vai adiantar – e realmente não está adiantando – a tentativa de Geraldo Alckmin (PSDB) e Heloísa Helena (PSOL) de "desconstruir" a imagem de Lula. O que sustenta o presidente, de acordo com as pesquisas qualitativas, não é o bom resultado dos programas sociais, que explicaria apenas uma parcela da popularidade de Lula, mas a crença da população nas boas intenções e na correção pessoal do presidente. "O povo acha que Lula foi traído, mas confia em seus propósitos", diz a fonte. A traição teria sido, também de acordo com as enquetes, fruto da inexperiência do presidente Lula em seu primeiro cargo executivo na vida. Agora, no entanto, o povo acha que ele tem experiência, daí a taxa de confiança em um segundo mandato melhor do que o primeiro.
O renomado pesquisador vislumbra como cenário mais provável a vitória de Lula já no primeiro turno, mas não descarta a hipótese de um segundo escrutínio. Porém, não acredita na tese de "uma nova eleição" na segunda votação. Os votos de Heloísa Helena, raciocina, dificilmente migrariam para o conservador Geraldo Alckmin, ligado à Opus Dei e representante de tudo que a turma do PSOL mais abomina. Provavelmente, diz ele, os eleitores de Helena se dividiriam entre nulos, abstenções e, em menor quantidade, votos em Lula. Alckmin absorveria apenas uma parcela marginal do eleitorado da senadora alagoana. A dinâmica da eleição, no entanto, continuaria a mesma, de forma que salvo um fato novo que pudesse fazer os brasileiros mudarem de opinião sobre o caráter de Lula ou uma reviravolta na economia, a tendência de reeleição do presidente estaria mantida.
Faltando menos de 60 dias para as eleições, a reeleição de Lula estaria praticamente definida. A explicação da eminente vitória, porém, difere bastante das análises correntes dos colunistas e cientistas politicos de plantão. Segundo o pesquisador, o escândalo do mensalão vacinou Lula de qualquer tipo de acusação de corrupção. Explicando melhor, as pesquisas qualitativas revelam que na cabeça da população, especialmente das classes C, D e E, o fato de a oposição não ter conseguido provas para tirar o presidente Lula do cargo em virtude do mensalão conferiu a ele um atestado de idoneidade.
Assim, de nada vai adiantar – e realmente não está adiantando – a tentativa de Geraldo Alckmin (PSDB) e Heloísa Helena (PSOL) de "desconstruir" a imagem de Lula. O que sustenta o presidente, de acordo com as pesquisas qualitativas, não é o bom resultado dos programas sociais, que explicaria apenas uma parcela da popularidade de Lula, mas a crença da população nas boas intenções e na correção pessoal do presidente. "O povo acha que Lula foi traído, mas confia em seus propósitos", diz a fonte. A traição teria sido, também de acordo com as enquetes, fruto da inexperiência do presidente Lula em seu primeiro cargo executivo na vida. Agora, no entanto, o povo acha que ele tem experiência, daí a taxa de confiança em um segundo mandato melhor do que o primeiro.
O renomado pesquisador vislumbra como cenário mais provável a vitória de Lula já no primeiro turno, mas não descarta a hipótese de um segundo escrutínio. Porém, não acredita na tese de "uma nova eleição" na segunda votação. Os votos de Heloísa Helena, raciocina, dificilmente migrariam para o conservador Geraldo Alckmin, ligado à Opus Dei e representante de tudo que a turma do PSOL mais abomina. Provavelmente, diz ele, os eleitores de Helena se dividiriam entre nulos, abstenções e, em menor quantidade, votos em Lula. Alckmin absorveria apenas uma parcela marginal do eleitorado da senadora alagoana. A dinâmica da eleição, no entanto, continuaria a mesma, de forma que salvo um fato novo que pudesse fazer os brasileiros mudarem de opinião sobre o caráter de Lula ou uma reviravolta na economia, a tendência de reeleição do presidente estaria mantida.
Exatamente. Além disso no PT há muitas pessoas que mantiveram sua dignidade e credibilidade o que favorece o presidente, como é o caso de Eduardo Suplicy.
ResponderExcluirJorge
Governar, tendo que negociar com um congresso onde perto de 1/5 de seus membros(segundo denuncias) barganham pessoalmente o valor de propinas e depois as recebem na própria conta bancária, é bastante factível do ponto de vista lógico, que qualquer governo em qualquer época, tenha que usar de suborno para ter governabilidade. Culpa de quem ?....da nossa democracia, que por não ter conseguido ainda fazer acontecer a distribuição da riqueza, tem que manter a desiguladade a todo custo.
ResponderExcluirEntendo que a questão ética ainda vai afetar o Lula, que vai cair um pouco nas pesquisas após as duas primeiras semanas do horário eleitoral e aí se estabiizar na casa dos 45% dos votos válidos. Mas a reeleição está assegurada no segundo turno. E por vários motivos, mas basicamente pela capacidade comunicativa de Lula com os de baixo, como diria o saudoso Florestan, e também pelo efeito dinamizador de economias locais (nos rincões) causado pelo Bolsa Família e pelo poder de compra do salário mínimo.
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