O experiente pesquisador que analisou o cenário eleitoral nacional na nota abaixo também contou ao blog, sempre em off, o que as pesquisas qualitativas realizadas até aqui mostram sobre a eleição para o governo do Estado de São Paulo. A liderança de José Serra (PSDB) estaria, de acordo com os resultados das enquetes qualitativas, superdimensionada. "É recall das eleições passadas", diz a fonte, lembrando que o ex-ministro da Saúde foi candidato a presidente em 2002 e a prefeito de São Paulo em 2004. Serra terá problemas para explicar por que não conseguiu, na prefeitura de São Paulo, solucionar os problemas na saúde, principal mote de sua campanha em 2004. Se bem explorado pelos adversários, este flanco aberto pode ser tornar um problema maior do que o tucano está imaginando, revelam as pesquisas qualitativas.
Com relação aos adversários de Serra, as enquetes mostram que há chances de Orestes Quércia (PMDB) superar o senador petista Aloizio Mercadante. "Se a candidata fosse a Marta, seria muito mais difícil", explica o pesquisador, referindo-se à ex-prefeita da capital Marta Suplicy. O problema de Mercadante é que ele não tem muito a apresentar. A bandeira da Educação (CEUs por todo o Estado) é vista pela população com algo pertencente muito mais à ex-prefeita, Mercadante não tem experiência em cargo executivo (da redemocratização até hoje o Estado jamais elegeu alguém sem experiência administrativa) e pode sofrer com a vinculação de seu nome ao PT, legenda que deve sofrer bem mais com a crise do mensalão do que o presidente Lula, conforme já explicado abaixo.
Quércia tem a seu favor a experiência administrativa, uma vitoriosa carreira empresarial e bons números para comparar a situação do final de seu governo (1987-1990) com o estado de coisas atual, em que a segurança, o emprego e a educação aparecem como as maiores preocupações dos paulistas. O que complica um pouco a situação de Quércia é a falta de um nome na eleição presidencial para fazer "dobradinha" com a sua candidatura ao governo. De toda maneira, com o discurso focado em soluções para as preocupações da população, o peemedebista pode crescer e superar Mercadante, passando para a disputa de segundo turno com Serra. Embora os números hoje sejam muito favoráveis ao encerramento da peleja no dia 1° de outubro, é bom lembrar que apenas uma vez na história um candidato ao governo de São Paulo (Carvalho Pinto, em 1958) obteve mais de 50% dos votos.
Com relação aos adversários de Serra, as enquetes mostram que há chances de Orestes Quércia (PMDB) superar o senador petista Aloizio Mercadante. "Se a candidata fosse a Marta, seria muito mais difícil", explica o pesquisador, referindo-se à ex-prefeita da capital Marta Suplicy. O problema de Mercadante é que ele não tem muito a apresentar. A bandeira da Educação (CEUs por todo o Estado) é vista pela população com algo pertencente muito mais à ex-prefeita, Mercadante não tem experiência em cargo executivo (da redemocratização até hoje o Estado jamais elegeu alguém sem experiência administrativa) e pode sofrer com a vinculação de seu nome ao PT, legenda que deve sofrer bem mais com a crise do mensalão do que o presidente Lula, conforme já explicado abaixo.
Quércia tem a seu favor a experiência administrativa, uma vitoriosa carreira empresarial e bons números para comparar a situação do final de seu governo (1987-1990) com o estado de coisas atual, em que a segurança, o emprego e a educação aparecem como as maiores preocupações dos paulistas. O que complica um pouco a situação de Quércia é a falta de um nome na eleição presidencial para fazer "dobradinha" com a sua candidatura ao governo. De toda maneira, com o discurso focado em soluções para as preocupações da população, o peemedebista pode crescer e superar Mercadante, passando para a disputa de segundo turno com Serra. Embora os números hoje sejam muito favoráveis ao encerramento da peleja no dia 1° de outubro, é bom lembrar que apenas uma vez na história um candidato ao governo de São Paulo (Carvalho Pinto, em 1958) obteve mais de 50% dos votos.
O momento de Quercia na política brasileira já passou. Ele deve se arrepender até hoje de não ter insistido com sua candidatura em 89, cedendo a vaga para Ulysses. Na última tentativa, perdeu até pro Enéas. Mas como agora a coisa é restrita ao Estado, pode até subir um pouco, mas dificilmente vai ultrapassar Mercadante. Quando começar a engrenar certamente virão os ataques relembrando acusações, comprovadas ou não, de enriquecimento ilícito e similares. Meu palpite: vai crescer o suficiente para forçar o segundo turno.
ResponderExcluir