Em sua segunda colaboração para este blog, Jorge Rodini, sócio do instituto de pesquisas Engrácia Garcia, comenta o favoritismo de Lula na campanha deste ano. Rodini vê um traço de messianismo no presidente e revela as fragilidades que a campanha de Alckmin não está aproveitando até aqui.
Analisando pesquisas quantitativas e qualitativas no País todo, podemos concluir que Lula é o ovo Messias para os Nordestinos.Sua pregação é ouvida da Bahia até o Maranhão, passando pelo Sertão, pelo Agreste e pela Zona da Mata. Especialmente para os mais desassistidos, o presidente se revelou alguém muito preocupado com suas mazelas.
Lula oferece, a todo instante, um pouco de conforto material e muito de presença física e carisma pessoal.Para quem tem tão pouco e minguadas esperanças, esses gestos são alentadores, gerando um sonho longíquo para um Povo distante de informação, de educação, de saúde e de cidadania.
A contradição mais reveladora desta liderança frágil é que os próprios nordestinos enxergam a falta de comando e de autoridade no traço de Lula.Ora, o presidente é como eles, foi ingênuo, deixou-se enganar pelos seus amigos subalternos, seguidores do primeiro mapa petista. Então uma segunda chance foi dada ao presidente. Independentemente da corrupção percebida, dos desmandos e dos projetos pessoais de seus amigos, Lula, para os nordestinos, foi o último a saber. E como os mais pobres são sempre os últimos a saber, a se informar, a Lula foi dado o benefício da dúvida. Porém, já existe uma dúvida, e quando ela existe, é difícil haver a terceira chance.
Quem quiser destituir o Messias, tem que alavancar a dúvida.E disseminá-la. O Nordeste representa 27% do eleitorado brasileiro. Bahia, Ceará e Pernambuco têm, juntos, 60% dos eleitores nordestinos.Os mais desinformados eleitores brasileiros residem no Interior do Maranhão e do Piauí. Não é difícil, portanto, concluir onde está o nó do entendimento desta leitura do Lula messiânico.
Analisando pesquisas quantitativas e qualitativas no País todo, podemos concluir que Lula é o ovo Messias para os Nordestinos.Sua pregação é ouvida da Bahia até o Maranhão, passando pelo Sertão, pelo Agreste e pela Zona da Mata. Especialmente para os mais desassistidos, o presidente se revelou alguém muito preocupado com suas mazelas.
Lula oferece, a todo instante, um pouco de conforto material e muito de presença física e carisma pessoal.Para quem tem tão pouco e minguadas esperanças, esses gestos são alentadores, gerando um sonho longíquo para um Povo distante de informação, de educação, de saúde e de cidadania.
A contradição mais reveladora desta liderança frágil é que os próprios nordestinos enxergam a falta de comando e de autoridade no traço de Lula.Ora, o presidente é como eles, foi ingênuo, deixou-se enganar pelos seus amigos subalternos, seguidores do primeiro mapa petista. Então uma segunda chance foi dada ao presidente. Independentemente da corrupção percebida, dos desmandos e dos projetos pessoais de seus amigos, Lula, para os nordestinos, foi o último a saber. E como os mais pobres são sempre os últimos a saber, a se informar, a Lula foi dado o benefício da dúvida. Porém, já existe uma dúvida, e quando ela existe, é difícil haver a terceira chance.
Quem quiser destituir o Messias, tem que alavancar a dúvida.E disseminá-la. O Nordeste representa 27% do eleitorado brasileiro. Bahia, Ceará e Pernambuco têm, juntos, 60% dos eleitores nordestinos.Os mais desinformados eleitores brasileiros residem no Interior do Maranhão e do Piauí. Não é difícil, portanto, concluir onde está o nó do entendimento desta leitura do Lula messiânico.
Interessante esse ponto de vista sobre os nordestinos. Aprensenta semelhanças com o conto "O Alienista" de Machado de Assis ("preso por ter cão, preso por não ter"). A mídia esculhamba os nordestinos porque: a) sua representação política é supostamente desproporcional (são poucos os eleitores nordestinos mas muitos os seus deputados e é por isso que o Congresso é corrupto). b) no entanto, na campanha presidencial se revela que a) é falso, pois são os eleitores nordestinos que mantêm Lula na dianteira. Hora, então, de botar a culpa da eleição de Lula nessa massa ignara de "migrantes" e seus parentes, que não sabem votar.
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