O jornal O Estado de S. Paulo mostrou agilidade e deixou a Folha comendo poeira no caso do sequestro do jornalista Guilherme Portanova, da TV Globo. No domingo, o jornal parou as máquinas para ouvir o que o PCC tinha a dizer na televisão e levou o assunto para a manchete. Na Folha, a notícia saiu escondida no caderno Cotidiano, sem menção alguma à exibição do vídeo. Nesta segunda, novamente um banho do Estadão sobre a Folha: a libertação do jornalista está na primeira dos dois jornais, com uma diferença que diz tudo: na Folha, na edição São Paulo, que fecha por último, a chamada da capa é "Repórter da Globo não aparece mesmo com exibição de vídeo"; no Estado, o título foi "Jornalista da TV Globo é solto pelo PCC". Tudo bem que em tempos de internet os jornais devam valorizar mais interpretação do que a notícia em si, mas realmente pega mal e soa como desleixo com os leitores a publicação de notícias velhas, ainda mais quando a concorrência mostra que sair com um jornal quente não é tão difícil assim...
A internet virou o novo tribunal da inquisição — e isso é péssimo Só se fala na rapper Karol Conká, que saiu do BBB, da Rede Globo, com a maior votação da história do programa. Rejeição de 99,17% não é pouca coisa. A questão de seu comportamento ter sido odioso aos olhos do público não é o principal para mim. Sou o primeiro a reconhecer que errei muitas vezes. Tive atitudes pavorosas com amigos e relacionamentos, das quais me arrependo até hoje. Se alguma das vezes em que derrapei como ser humano tivesse ido parar na internet, o que aconteceria? Talvez tivesse de aprender russo ou mandarim para recomeçar a carreira em paragens distantes. Todos nós já fizemos algo de que não nos orgulhamos, falamos bobagem, brincadeiras de mau gosto etc… Recentemente, o ator Armie Hammer, de Me Chame pelo Seu Nome, sofreu acusações de abuso contra mulheres. Finalmente, através do print de uma conversa, acabou sendo responsabilizado também por canibalismo. Pavoroso. Tudo isso foi parar na internet. Ergue...
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