Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de junho, 2008

Presidente Lula aprovado por 72%?
Tem gente que "não concorda"...

Saiu mais uma pesquisa Ibope sobre a popularidade do presidente Lula e o resultado mostrou estabilidade na popularidade do governo e do presidente. No primeiro caso, a soma das avaliações positivas (ótimo e bom) foi de 58%, exatamente a mesma da enquete anterior, realizada em março. Já a aprovação ao modo de governar de Lula oscilou de 73% para 72%, dentro da margem de erro do levantamento. Evidentemente, é um resultado que só pode ser comemorado pela base governista - popularidade maior provavelmente só existe em regimes totalitários. Pelo que se pôde ler nos portais dos veículos da grande imprensa, o sucesso de Lula é profundamente lamentado nas redações. Basta ver o jeitão que a Agência Estado arrumou para dar a notícia da pesquisa do Ibope para perceber como o bom desempenho de Lula irrita a mídia, que simplesmente não consegue destacar os números mais vistosos e procura sempre alguma maneira de apontar a "grande queda" na popularidade presidencial. O que vai abaixo é a m

Coisa rara: Reinaldão tem razão

O leitor fiel destas Entrelinhas pode até se espantar, mas desta vez o blogueiro Reinaldo Azevedo, colunista da revista Veja , mandou tão bem que não dá para não reproduzir. É muito raro acontecer, mas neste caso o autor deste blog concorda tanto com o colega que assinaria embaixo o post que ele publicou neste domingo, à exceção das provocações bobinhas ao presidente e petistas, aliás desnecessárias porque a nova legislação tem muito pouco a ver com Lula e o PT, é fruto de um consenso obtido na Câmara Federal. Para quem não lembra, um dos comandantes da aprovação do texto final com o endurecimento na legislação (o Senado havia abrandado um pouco) foi o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, hoje candidato do DEM à prefeitura de Salvador. Na essência, porém, os argumentos de Reinaldão são bons e este blog também acha a lei seca um absurdo lógico. Afinal, hoje o consumidor de cocaína, qualquer que seja a quantidade cheirada, não paga multa nem vai preso se declarar que a droga apreendi

Ainda sobre o Estadão

Enquanto a direção de O Estado de S. Paulo nega os rumores de venda do jornal, do lado da Globo já houve confirmação formal de interesse na compra e negociação em andamento. Mas ao que parece alguma água ainda vai rolar por debaixo da ponte. A nota abaixo está no blog Arrastão , da sempre bem informada jornalista Janaína Leite. Como dizem os italianos, se non è vero, è bene trovato. Estadão A disputa pelo jornal O Estado de S.Paulo está cada vez mais acirrada. Além de haver cisão entre os acionistas sobre a venda, há rumores de que os maiores interessados em comprar o diário - Globo e Abril - brigam por um sócio capitalista para concretizar a operação. O endinheirado-alvo, conforme dizem, seria Eike Batista. Coincidência ou não, o moço recentemente enfeitou a capa da Época. Logo depois, apareceu na capa da Veja. A avaliação dos supostos compradores seria a de que o BNDES está sob bombardeio e, portanto, não convém pedir ajuda ao banco, pois, além da concentração de mercado, os conco

Rede Globo comprando o Estadão?

Está nos blogs de Giba Um e James Akel a informação de que as Organizações Globo estariam para anunciar a compra do jornal O Estado de S. Paulo . Akel diz que o negócio gira em torno de R$ 2,5 bilhões, valor que incluiria as dívidas a serem assumidas pelos compradores. Giba Um e Akel concordam em outro valor, a ser pago para a família Mesquita: cerca de R$ 500 milhões, ou cerca de R$ 80 milhões para cada um dos seis herdeiros do Grupo Estado. Não está claro se a Agência Estado seria incluída no pacote - há um outro boato dando conta de que a Reuters estaria interessada em levar a agência. Uma outra fonte diz que o negócio está para ser fechado, mas não com a Globo de compradora - fundos de pensão, incluindo um estrangeiro, seriam os futuros proprietários do mais tradicional jornal diário de São Paulo. A família Mesquita já está bem afastada do comando da operação, que vem sendo tocada por representantes dos credores, mas uma saída definitiva seria um marco no jornalismo brasileiro.

Iglecias: dupla polarização em São Paulo

Conforme prometido, segue abaixo a análise do professor Wagner Iglecias da pesquisa Ibope sobre o cenário eleitoral na cidade de São Paulo. A divulgação da mais recente pesquisa Ibope de intenção de voto para a eleição de prefeito da cidade de São Paulo, feita nesta quarta-feira, traz dados já relativamente conhecidos: a ex-prefeita Marta Suplicy mantém pequena margem de liderança sobre o ex-governador Geraldo Alckmin, enquanto o atual prefeito Gilberto Kassab segue bem atrás, mais próximo das intenções de voto de Paulo Maluf e Luiza Erundina do que dos dois líderes da corrida eleitoral. Faltando pouco mais de quatro meses para o pleito, parece bastante provável que Marta, que teve uma gestão bem avaliada pela população quando passou pelo comando da cidade, venha a estar no segundo turno da disputa. Faz sentido, afinal, com a quase certa ausência de Luiza Erundina na disputa, sobra para Marta toda a faixa progressista do eleitorado paulistano, a qual está longe de ser desprezivel. Já e

Marta sobe, Alckmin cai e Kassab estaciona

A seguir, matéria do G1 detalhando a nova pesquisa do instituto Ibope sobre a sucessão municipal em São Paulo. Como os leitores poderão perceber, a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) subiu um ponto percentual em relação ao levantamento anterior, ao passo que Geraldo Alckmin (PSDB) perdeu 3 pontos e o prefeito Gilberto Kassab (DEM) manteve-se estável, sem oscilação alguma. No próximo post, a análise de Wagner Iglecias para o Entrelinhas sobre os novos números do Ibope. Pesquisa Ibope aponta Marta com 31% e Alckmin com 25% em São Paulo É o segundo levantamento do Ibope para a eleição em São Paulo. Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), tem 13%. Do G1, em São Paulo Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (25) aponta Marta Suplicy (PT) com 31% das intenções de voto e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) com 25% na corrida eleitoral pela Prefeitura de São Paulo. Segundo o Ibope, o prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), tem 13%. O deputad

Inflação: histeria ou realidade?

O jornalista Paulo Henrique Amorim tem a teoria de que a grande imprensa tenta criar uma crise por mês com o objetivo de derrubar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva do cargo. A crise da hora seria a volta da inflação, com nítido objetivo de ajudar a oposição a ter algum discurso consistente nas eleições de outubro. Bem, pode ser que o PHA seja mesmo meio paranóico, mas a julgar pelas notícias de hoje, parece que ele tem uma pontinha de razão: a seguir, matéria da Agência Estado sobre a desaceleração da inflação. IPC-S mostra recuo de preços em 6 de 7 capitais SP registra a desaceleração mais intensa; índice sobe 0,97% ante alta de 1,23% em leitura anterior RIO - A inflação em seis das sete capitais usadas para cálculo do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) desacelerou na passagem do indicador de até 15 de junho para o índice de até 22 de junho. Na capital paulista, os preços subiram 0,97%, ante alta de 1,23% apurada no índice anterior - a desaceleração mais intensa ent

Conforme queríamos demonstrar

No artigo para o Correio da Cidadania reproduzido aqui duas notas atrás, o autor destas Entrelinhas desenvolveu e abraçou a tese de que ao governador José Serra não resta outra saída senão trabalhar contra o candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo e a favor do prefeito Gilberto Kassab (DEM). Não se trata de uma tese particularmente original, na verdade ela é até óbvia para qualquer analista que tente raciocinar a partir do ponto de vista e dos interesses de José Serra. O que este blog não esperava, porém, é que o governador fosse dar uma demonstração de seu, digamos assim, apreço pelo prefeito Kassab logo no dia seguinte à Convenção do PSDB qeu escolheu Geraldo Alckmin para a disputa de outubro na capital paulista. Como se pode ler abaixo na reportagem da Agência Estado , Serra e Kassab curtiram o frio paulistano desta tarde no mesmo palácio, juntinhos. Claro que o governador não poderia dizer outra coisa para a imprensa se não que o prefeito é "automaticamente convidado&q

Pobres ficam menos pobres sob Lula

O que vai abaixo está na manchete da Folha Online. Depois o pessoal não entende por que o presidente Lula é tão popular... Salário da baixa renda sobe quatro vezes mais que de ricos Salário dos 10% com menor renda teve alta de 21,96% entre 2003 e 2007; já os 10% com maior renda tiveram ganhos de 4,91% no mesmo intervalo, segundo Ipea.

E se Alckmin vencer?

O que vai abaixo é o artigo do autor destas Entrelinhas para o Correio da Cidadania . Em primeira mão para os leitores do blog. O governador de São Paulo, José Serra, conseguiu abafar uma profunda crise em seu partido ao negociar a retirada da chapa que pregava a aliança do PSDB com o DEM em torno da reeleição do prefeito Gilberto Kassab. É evidente, porém, que a aclamação de Geraldo Alckmin como candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSDB não resolve todos os problemas da agremiação. O processo de escolha do candidato tucano na capital paulista já foi por si só um desastre para o PSDB e revelou que o racha no partido é muito mais grave do que seus líderes admitem. A notícia de que o secretário municipal Walter Feldman, defensor da aliança com Kassab, só se arriscou a comparecer na Convenção de domingo acompanhado de quatro quarda-costas (sim, quatro, não um ou dois, mas quatro) é emblemática do momento que vive o PSDB. Nos bastidores tucanos corre a versão de que Serra só intervi

Vinicius T. Freire: Memória da ruína tucana

Vale a pena ler o artigo reproduzido abaixo, de autoria do jornalista Vinícius Torres Freire, publicado neste domingo na Folha de S. Paulo . Trata-se de uma análise lúcida e muito bem elaborada. O leitor deste blog vai reconhecer algumas idéias que vem sendo defendidas aqui, sobretudo a de que a oposição não tem proposta alternativa ao governo do PT e exatamente por isto está em crise, sem discurso. A seguir, a íntegra da análise de Vinícius. De tão parecido com a modernidade avacalhada que implantou no país, PSDB nada tem a dizer ao público. Os Tucanos seriam o partido da modernização, dizem eles mesmos. Se tal discussão não provoca o tédio imediato, pode-se achar até graça nisso. Mas, no fim das contas, não era verdade? A modernização tucana foi tão bem sucedida e o PSDB a encarnou tão bem que a forma do partido mal se destaca do fundo que produziu. O sucesso faz com que as idéias tucanas percam seus contornos quando confrontadas com o país modernizado: o PSDB hoje não fede nem cheir

Mala preta na Convenção

Ainda sobre a crise tucana, a novidade do dia foi a denúncia de um delegado do grupo de Geraldo Alckmin que teria sido "estimulado" a assinar a lista do documento que propõe a aliança do PSDB com Gilberto Kassab (DEM) por módicos R$ 100 mil, conforme se pode ler abaixo, em matéria da Folha Online. A continuar assim, deveriam chamar Paulo Maluf para, digamos, coordenar a convenção tucana... Tucano diz que recebeu proposta de suborno de kassabistas WANDERLEY PREITE SOBRINHO MARCELO GUTIERRES colaboração para Folha Online A briga interna do PSDB em torno da indicação para concorrer à Prefeitura de São Paulo ganhou um novo personagem: Pedro Vicente, presidente do diretório do PSDB no Jardim São Luís, zona Sul de São Paulo. Ele afirmou nesta quinta-feira à Folha Online que recebeu uma proposta de R$ 100 mil "da parte dos vereadores do PSDB" para assinar a lista em favor da chapa encabeçada pelo atual prefeito Gilberto Kassab (DEM) e contrária à candidatura do ex-governad

O suicídio político do PSDB

Muitos analistas gostam de dizer que o presidente Lula é um homem de sorte, de muita sorte: concorreu à presidência da República por três vezes antes de chegar ao Palácio do Planalto. Poderia ter sido presidente em 1989, 1994 e 1998, período de estagnação econômica no Brasil, mas venceu em 2002, quando o planeta iniciava um ciclo de crescimento que parece estar dando os primeiros sinais de esgotamento agora, e provavelmente só terá efeitos mais drásticos por aqui no último ano do mandato de Lula, se é que o Brasil será mesmo afetado pela crise internacional, tamanha a quantidade de boas notícias (descoberta de poços de petróleo, crescimento da demanda interna etc etc) que podem ajudar o país a passar incólume nesta crise e voltar a surfar nas ondas do próximo ciclo de crescimento mundial. De fato, Lula tem sorte, mas é possível ver a questão de um outro ponto de vista: além de muita sorte, o presidente conta, no front político interno, com a inestimável ajuda de uma oposição que não

Lula já prepara Dilma para 2010

O encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com quase quatro dezenas de intelectuais, na terça-feira, em São Paulo, teve dois objetivos: prestar contas sobre as ações do governo e apresentar a ministra Dilma Rousseff como candidata do PT à presidência da República em 2010. Um dos participantes do encontro contou a este blog que Lula fez uma exposição sobre política externa, as relações do governo com os movimentos sociais e falou de algumas questões delicadas, evitando apenas temas econômicos. Sobre o Paraguai, Lula disse que não pretende desestabilizar o seu colega recém-eleito, Fernando Lugo, mas reafirmou a posição do governo brasileiro de que o Tratado de Itaipu é inegociável. Contou também que mantém uma boa relação com Hugo Chávez, o que não ocorre com Evo Morales. Tratando das questões internas, explicou ter excelentes relações com praticamente todos os movimentos sociais, à exceção do MST, que, segundo ele, está atualmente muito dividido. Também reclamou do PT, que não

A grande chance de Marta Suplicy

O que vai abaixo é o artigo do autor destas Entrelinhas para o Correio da Cidadania . Em primeira mão, para os leitores do blog. A ex-ministra do Turismo Marta Suplicy (PT) já está trabalhando ativamente na sua candidatura à prefeitura de São Paulo. Tecnicamente empatada com o tucano Geraldo Alckmin na liderança das pesquisas de intenção de voto, Marta voltou para a cidade que governou por quatro anos, entre 2000 e 2004, decidida a desfazer alguns equívocos de sua primeira administração e valorizar os grandes acertos para vencer uma eleição que se anuncia difícil e complicada, especialmente em função da alta rejeição que Marta ainda carrega. Em uma estratégia arrojada, já nas primeiras entrevistas que concedeu após deixar o ministério Marta Suplicy foi logo avisando que não repetirá a bobagem de criar novos impostos, como as taxas do lixo e de luz, que lhe renderam o apelido de "Martaxa". No fundo, a candidata tentou antecipar e dar uma resposta contundente para um tema que

Pimenta nos olhos dos outros é refresco

O ditado popular acima se aplica muito bem à nota do PSDB em defesa do governo gaúcho de Yeda Crusius, enlameado até o pescoço por conta das denúncias do vice-governador, que pertence ao DEM, tradicional aliado dos tucanos. Quando a denúncia é contra o governo Lula, o PSDB atira primeiro e pergunta depois. Já se o vice-governador revela o descalabro que se tornou a gestão de Yeda, não se pode prejulgar, pois não há nada que a desabone... Falando em governo gaúcho e lembrando que o foco do escândalo está no Detran do Rio Grande do Sul, uma boa pauta que a imprensa de São Paulo está deixando de lado é o caso das carteiras de habilitação falsificadas no Detran paulista. Ora, os tucanos estão tomando conta da lojinha desde 1995, quando Mário Covas assumiu o governo do estado, mas a grande imprensa simplesmente ignora ou omite este fato quando são descobertas 200 mil carteiras de habilitação falsas. Se alguém cutucar um pouco, vai achar coelho neste mato... A seguir, a íntegra da nota dos

Weis: o jogo dos dois erros

O que vai abaixo está no blog do jornalista Luiz Weis e é um bom comentário sobre o caráter da Folha de S. Paulo . Vale a pena ler na íntegra. A Folha de hoje reconhece seis erros em matérias recentes do jornal e da revista que acompanha as suas edições dominicais. Interessam o último e o primeiro, pelo contraste abissal entre ambos, embora lançados à mesma vala. O último corrige a citação dos nomes de dois protagonistas do romance Budapeste, de Chico Buarque. Um deles saiu como Jorge Costa, quando o certo é José Costa. Outro saiu como Krista, quando o certo é Kriska. Erros como esse saem aos montes na imprensa todo dia em toda parte. Indicam qualquer coisa entre a pressa, a distração e o descaso pela checagem dos fatos mais elementares. Em suma, o velho e mau jornalismo vapt-vupt que passa batido para os leitores, salvo a minoria que, em cada caso, conhece de perto o assunto, ou se lembra dos seus detalhes – onde, como se sabe, está o diabo. Mas nem os que flagram a rata vão perder o

Mais fortes são os poderes de Pernambuco!

Este blog achou justo o resultado da finalíssima da Copa do Brasil, apesar de um ou outro deslize da arbitragem. O Sport fez por merecer, jogou melhor o campeonato inteiro, eliminando times fortes e se apresentando bem inclusive aqui em São Paulo, no primeiro embate decisivo. Foi uma partida típica de final, nervosa, decidida nos detalhes, e com um nome que entrou para a história do futebol brasileiro: Wellington Saci, o Breve...

Enquanto isto, no reino tucano...

Denise Abreu continua falando no Senado, ora avança na jugular do governo, em outros momentos dá sinais de que não tem lá muito como provar o que diz. A oposição, é claro, vai tentar maximizar o desgaste do governo - este é o seu papel. Cada um com seus problemas, diria o gaiato. E, falando em problemas, não deixa de ser interessante observar a intensa e grandiosa solidariedade prestada pelo governador de São Paulo, José Serra (PSDB), à governadora gaúcha e sua correligionária, Yeda Crusius. Até agora, como se sabe, Serra não disse palavra sobre o que ocorre no Rio Grande. Se perguntado, certamente dirá que este não é um bom dia para falar sobre o assunto. Enquanto isto, Aécio Neves já elogiou Yeda e se colocou à disposição da governadora. Ou seja, mineiro pelo menos é solidário no câncer. Paulista, nem isto.

Denise: não foi bem aquilo que eu quis dizer

A reportagem abaixo, do portal Terra, revela um primeiro recuo da ex-diretora da Anac em relação à entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo . Ou ela guarda surpresas para o final do depoimento, ou a ministra Dilma Rousseff não tem tanta relevância na história que Denise Abreu está narrando aos senadores... Denise Abreu nega pressão direta de Dilma A ex-diretora da Anac Denise Abreu voltou a dizer nesta quarta-feira, no Senado, que foi pressionada pelo governo ser menos rigorosa nas exigências de documentos exigidos por lei no processo de venda de Varig. Denise, no entanto, afirmou que a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, não faria tal pressão de forma direta. "Sejamos objetivos. A ministra Dilma (Rousseff) nunca mandaria eu fazer nada. Fui fortemente questionada do porquê estava expedindo um ofício para investigação do capital estrangeiro com entrada oficial pelo Banco Central e do Imposto de Rendal", disse. Denise Abreu participa de audiência pública na

Denise está falando

A ex-diretora da Anac Denise Abreu começou a depor na comissão de Infra-Estrutura do Senado. Pelo que se ouviu até agora, no preâmbulo em que explicou as suas motivações, a mulher está bem calma e segura do que vai falar na seqüência. Se ela de fato tem bala na agulha, saberemos em breve, mas que não se espere de Denise o estilo "não sei de nada" de outros depoentes em episódios recentes e escândalos anteriores. Não deixa de ser irônico que a oposição toda tenha pedido da cabeça da "charuteira" Denise quando ela era diretora da Anac: agora, tucanos e democratas só faltam estender o tapete vermelho para madame...

DEM e PSDB: divórcio à vista?

Estão cada vez mais tensas e distantes as relações entre democratas e tucanos. Nas eleições de outubro, DEM e PSDB correrão separados no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, e muito provavelmente também em São Paulo. Ou seja, em nenhuma capital que de fato conta a aliança acontecerá. Mas muito pior é o que está ocorrendo no Rio Grande do Sul, onde o vice-governador democrata está desconstruindo, para usar um verbo bem ao gosto de José Serra, o governo da governadora tucana. Com amigos assim, essa gente não precisa de inimigos...

TAM nega ter feito oferta pela Varig;
Veja agora precisa apresentar provas

A nota reproduzida mais abaixo, da Agência Estado, revela que a TAM negou ter feito qualquer oferta pela Varig, embora reconheça ter avaliado o negócio – e seria de fato estranho a maior companhia aérea do país não ter analisado a possibilidade da compra da Varig. Bem, com a negativa da TAM, ou a revista Veja apresenta alguma prova documental de que a companhia não apenas fez uma oferta, mas quis pagar exatos US$ 418 milhões a mais do que os US$ 320 milhões desembolsados pela GOL (a revista foi bastante precisa na cifra, note-se), ou então abre a fonte que forneceu a informação, a fim de que as autoridades possam investigar o que seria a maior negociata da história recente do Brasil, perdendo apenas para a privataria de Sergio Motta e seus comparsas. Caso contrário, Veja mais uma vez se desmoraliza, a exemplo do caso dos já folclóricos dólares cubanos que "financiaram" a campanha de Lula em 2002, tendo um bêbado como piloto transportador da verdadeira fortuna que teria cru

Alguém bebeu?

A matéria reproduzida abaixo está lá na página 4 do Jornal do Brasil de domingo, 8/6/08, para quem quiser conferir. Não, não é uma brincadeira, talvez seja apenas um ato falho de um redator que não imagina que casos de corrupção possam um dia ocorrer entre os tucanos, esses seres tão impolutos. Ou será que a governadora Yeda Crusius se filiou ao Partido dos Trabalhadores e este blog ainda não ficou sabendo? Corrupção abala governo do PT Yeda Crusius vai mexer no alto escalão gaúcho São Paulo Um escândalo de corrupção pode forçar a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), a promover alterações no primeiro escalão de sua administração. Na pior crise política de seu governo, Yeda vê seus auxiliares mais próximos sendo envolvidos por gravações telefônicas feitas pela Polícia Federal e até pelo vice-governador Paulo Feijó (DEM). Mesmo entre aliados de Yeda, há a expectativa de que ocorram exonerações do chefe da Casa Civil, César Busatto, do secretário-geral de Governo, Dels

Alston, Varig e Detran-RS: a seguir
as cenas dos próximos capítulos

Deixando gabrielas e chalitas de lado, o blog volta a assuntos de alguma relevância para a Nação. Há no momento três grandes escândalos em curso no país dos escândalos: primeiro, temos o Caso Alston, que envolve políticos do PSDB de São Paulo com recebimento de propinas milionárias (em dólares, é bom que se diga), pagas pela multinacional francesa Alston para obter contratos e obras no Metrô paulistano e também em outras estatais. O episódio está sendo investigado na França e na Suíça e deve ser objeto de inquérito também aqui no Brasil, embora o governador José Serra (PSDB) até agora não tenha enxergado nenhum "fato" que merecesse ser objeto de investigação. Em outras palavras, ainda que no Brasil a coisa não ande depressa, o ritmo da apuração na Europa pode ditar o escândalo. O segundo escândalo da hora é o da venda da Varig para a Gol. Até o presente momento, o que se tem é uma denúncia da ex-diretora da Anac Denise Abreu de que o governo, mais especificamente a Casa Civi

Ainda sobre o acadêmico Chalita

Impossível não reproduzir aqui a mensagem que o leitor Jasson Andrade enviou ao blog, por e-mail, comentando a nota anterior, sobre a candidatura do ex-secretário Gabriel Chalita a integrante da Academia Brasileira de Letras. Como se pode verificar abaixo, a cada dia que passa o nome de Chalita ganha mais força... "Chalita merece ser eleito para a Academia Brasileira de Letras na vaga de Zélia Gatai. Ele é autor de uma obra prima: a biografia da esposa de Geraldo Alckmin. Obra prima esta que me faz lembrar outra: O PUXA-SAQUISMO AO ALCANCE DE TODOS - CARTILHA DA PUXAÇÃO SEM MESTRE, de Nestor de Holanda (Editora Letras e Artes, 1963)."

Acredite se quiser

Gabriel Chalita, o ex-secretário da Educação de São Paulo na gestão de Geraldo Alckmin, se movimenta para conquistar a vaga de Zélia Gattai na Academia Brasileira de Letras. O pior é que dizem por aí que o rapaz pode até ganhar...

Serra vs. Alckmin: o que dói é a grana

Mais de um jornal já publicou a história da lista de apoio à tese da coligação entre PSDB e DEM na capital paulista, que estaria sendo patrocinada pelo governador José Serra para detonar, na Convenção do dia 22 de junho, as pretensões de Geraldo Alckmin de ser o candidato tucano nas eleições de outubro. Sim, a tal lista existe, mas dela não reclamam os alckimistas, seguros da maioria que possuem para a indicação do candidato. Nos bastidores tucanos, a maior reclamação é sobre a pressão de Serra em outra seara - a do financiamento da campanha. Tucano nenhum admite em público, mas "off the records" os aliados do ex-governador Geraldo Alckmin explicam que José Serra mandou "secar a fonte": empreiteiro com obra na prefeitura ou governo do Estado que der o din-din para Geraldo vai para o fim da fila no que tem a receber da administração pública paulista e paulistana. É, digamos assim, um jogo bruto, típico de quem pensa que o lugar do corpo humano que mais dói é mesmo

Dilma, Denise e Zé

Certas coisas que acontecem na política parecem coincidências e são mesmo coincidências. Outras parecem, mas não são. No início deste ano, um funcionário da Casa Civil da Presidência da República, indicado pelo ex-ministro José Dirceu , vazou um suposto dossiê sobre os gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Pegou mal para a chefe do funcionário, a ministra Dilma Rousseff , que teve até que explicar o caso no Senado, em uma sessão que acabou servindo de palanque para a ministra, tamanha a incompetência da oposição em argui-lá. Hoje, o jornal O Estado de S. Paulo publica uma nova denúncia contra Dilma , desta vez partindo da ex-diretora da Anac Denise Abreu , sobre uma suposta operação coordenada pela chefe da Casa Civil para beneficar a Varig e Roberto Teixeira , advogado da companhia e compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva . Bem, adivinhe o leitor de quem foi a indicação de Denise Abreu para a Anac? Ganhou um doce quem pensou no ex-ministro Zé Dirceu . É claro

Eleição paulistana: quadro inalterado

Abaixo, matéria da Folha Online com os números da nova pesquisa Ibope sobre o cenário eleitoral em São Paulo. Em resumo, Marta Suplicy (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB) seguem na frente, tecnicamente empatados, Gilberto Kassab (DEM) come poeira, em terceiro lugar. Se continuar assim, o prefeito só tem chances se reeleger caso Alckmin desista de concorrer. O governador José Serra (PSDB) deve saber bem disto, o que explicaria as desesperadas manobras de bastidores para tirar seu correligionário do páreo em favor de Kassab, candidato do coração de Serra. A cada pesquisa, porém, Alckmin fica mais forte e os defensores da aliança, mais emparedados. Marta e Alckmin lideram disputa pela Prefeitura de São Paulo, aponta pesquisa THIAGO FARIA A ministra do Turismo, Marta Suplicy (PT), está tecnicamente empatada em primeiro lugar com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) na corrida à Prefeitura de São Paulo. Segundo pesquisa Setcesp/Ibope divulgada nesta terça-feira, Marta tem 30% das intenções de

Tucanos e o malufismo: mesmos métodos

O PSDB nasceu em 1988 com um discurso "ético" - seus impolutos líderes estariam abandonando o PMDB por não compactuar com os supostos métodos heterodoxos de administrar do então governador de São Paulo Orestes Quércia. Na verdade, sabe-se hoje que a heterodoxia de Quércia foi limitar o espaço dos caciques José Serra, Fernando Henrique, Mario Covas e Franco Montoro no governo do estado. Montoro e Covas, especialmente, abraçaram a questão da "ética na política" e fizeram da lisura e honestidade no trato da coisa pública uma verdadeira bandeira eleitoral. De fato, sobre Franco Montoro jamais se ouviu qualquer tipo de referência a deslizes nesta seara - chegou a demitir o filho Eugênio de uma secretaria estadual quando foi governador de São Paulo. Já sobre Mario Covas o Caso Alston começa a mostrar que as coisas não se deram tão etica e honestamente quanto os paulistas imaginavam. Ao contrário: o que se vê a cada nova revelação – além do Metrô, as propinas pagas aos se

Serra intensifica operação contra Alckmin

Os bastidores do PSDB estão fervendo neste início de semana. O "talking of the town", como gostam de dizer os sempre chiques tucanos, é a implosão da candidatura de Geraldo Alckmin à prefeitura de São Paulo, que estaria sendo articulada a todo vapor no Palácio dos Bandeirantes. O chefão José Serra já teria ordenado o "delenda Alckmin" e a idéia e vencer no voto, na Convenção do partido, aprovando a coligação com o prefeito Gilberto Kassab (DEM), candidato à reeleição. Claro que o governador tem o poder da caneta, mas é bom não subestimar a tenacidade e persistência de Alckmin. Em 2006, ele deu show e bateu Serra na disputa interna do partido. Qualquer que seja o resultado, a ser conhecido ainda neste mês, o desgaste do racha no PSDB será muito maior do que se imagina por aí, com ampla possibilidade de um novo partido surgir depois das eleições deste ano.

E o Caso Alston?

Já que o assunto é a coluna do competente e sério Carlos Eduardo Lins da Silva ( ver nota abaixo ), fica uma sugestão para a próxima semana: comparar a cobertura da Folha com a de O Estado de S. Paulo no chamado Caso Alston - a investigação que começou na Europa sobre as propinas pagas pela empresa francesa para obter bons contratos de obras na América Latina entre o final da década de 90 e o início do novo século. Como se sabe, o caso é especialmente constrangedor para o PSDB, pois o tal dinheirinho da Alston, que não foi pouco, veio molhar a mão dos tucanos que governavam São Paulo e o Brasil na época. Até o ex-genro de Fernando Henrique Cardoso teria levado o seu... Até agora, O Estado de S. Paulo vem fazendo uma cobertura bastante rigorosa e saiu na frente da concorrência com alguns bons furos de reportagem. A Folha tem mantido uma discrição talvez até exagerada para um jornal que se vangloria de não ter o "rabo preso" com ninguém. Ao longo desta próxima semana, fato

Ombudsman da Folha concorda: jornal
errou na manchete sobre doações ao PT

O novo e competente omubdsman do jornal Folha de S. Paulo , Carlos Eduardo Lins da Silva, comentou em sua coluna deste domingo a vergonhosa manchete e o desastrado enfoque dado nas páginas internas às reportagens sobre doações de grandes empresas ao PT e ao PSDB, publicadas na última segunda-feira. Este blog comentou o assunto no mesmo dia em que a Folha estampava a prova de sua tendenciosidade, mostrando como o jornal se atrapalhou inclusive ao fazer as contas da suposta "rentabilidade" para as empresas das doações feitas ao PT. Na verdade, conforme este blog alertou e o ombunsdman confirma na coluna de hoje (reproduzida abaixo), pelo critério adotado na matéria da Folha , seria muito mais negócio fazer doações ao PSDB. A seguir, a íntegra do texto de Carlos Eduardo Lins da Silva. Doações a partidos Em minha opinião e na dos 14 leitores que se manifestaram sobre o assunto ao ombudsman a reportagem que a Folha publicou na segunda sobre doações a partidos colecionou eq