A candidata do PSOL à presidência foi a entrevistada desta terça-feira no Jornal Nacional. Este blog não compartilha da opinião de vários analistas de que a senadora Heloísa Helena tenha dado um "show" e brilhado na telinha da Globo. Na verdade, a candidata lembrou muito o falecido governador Leonel Brizola, que adorava atropelar os entrevistadores, falar além do tempo permitido e responder apenas uma parte da questão proposta – ao final da resposta, como o tema havia mudado, o entrevistador em geral não voltava ao assunto original.
Não que Helena tenha ido mal no JN, mas certamente agradou uma parcela do eleitorado que aprecia este perfil "brizolista" de político. Comentamos ontem que Alckmin estava robotizado. Heloísa pareceu um tanto aflita na telinha, quase como que se contendo para não assustar demais a "parcela burguesa" dos telespectadores. Não dá para saber, por outro lado, se pega bem ou mal a intimidade forçada com os apresentadores (a candidata chamou de "querido (a)" e "meu amor" os âncoras do telejornal): é o tipo de atitude simpática para alguns, excessivamente pessoal para outros.
No conteúdo político dito durante os 11 minutos a que teve direito, Helena até conseguiu expressar um esboço do que pretende se eleita presidente do Brasil – mais ou menos o programa do PT de 1989 –, mas novamente aqui a dúvida é se ela conseguiu agregar votos ou falou para quem já é eleitor de carteirinha do PSOL.
O ponto alto de Helena foi o tom contido com que prometeu respeitar a Constituição e não expropriar qualquer latifúndio improdutivo – pode-se dizer que foi a sua "Carta ao Povo Brasileiro". Além disso, Heloísa desarmou por completo a entrevistadora com sua resposta firme. E o ponto baixo foi sem dúvida o constrangimento, logo no início da entrevista, com que Helena teve de ouvir a lição de moral de Fátima Bernardes sobre a impropriedade de chamar os ministros de Lula de "empregadinhos" – um preconceito, afinal, contra os trabalhadores... Uma boa lição para a senadora pensar mais antes de falar este tipo de bobagem.
Não que Helena tenha ido mal no JN, mas certamente agradou uma parcela do eleitorado que aprecia este perfil "brizolista" de político. Comentamos ontem que Alckmin estava robotizado. Heloísa pareceu um tanto aflita na telinha, quase como que se contendo para não assustar demais a "parcela burguesa" dos telespectadores. Não dá para saber, por outro lado, se pega bem ou mal a intimidade forçada com os apresentadores (a candidata chamou de "querido (a)" e "meu amor" os âncoras do telejornal): é o tipo de atitude simpática para alguns, excessivamente pessoal para outros.
No conteúdo político dito durante os 11 minutos a que teve direito, Helena até conseguiu expressar um esboço do que pretende se eleita presidente do Brasil – mais ou menos o programa do PT de 1989 –, mas novamente aqui a dúvida é se ela conseguiu agregar votos ou falou para quem já é eleitor de carteirinha do PSOL.
O ponto alto de Helena foi o tom contido com que prometeu respeitar a Constituição e não expropriar qualquer latifúndio improdutivo – pode-se dizer que foi a sua "Carta ao Povo Brasileiro". Além disso, Heloísa desarmou por completo a entrevistadora com sua resposta firme. E o ponto baixo foi sem dúvida o constrangimento, logo no início da entrevista, com que Helena teve de ouvir a lição de moral de Fátima Bernardes sobre a impropriedade de chamar os ministros de Lula de "empregadinhos" – um preconceito, afinal, contra os trabalhadores... Uma boa lição para a senadora pensar mais antes de falar este tipo de bobagem.
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