O discurso oficial é de tranquilidade - vem aí o segundo turno e em outubro história será outra -, mas a verdade não é bem esta. Quando dizem o que pensam, os tucanos revelam que já temem uma subida mais consistente da senadora Heloísa Helena nas pesquisas. Temem que ela encarne o anti-Lula e tire Geraldo Alckmin do eventual segundo turno. E o problema todo é tático: Alckmin não poderá bater na candidata do PSOL, pois se o fizer, sepulta as chances de levar a decisão para a prorrogação eleitoral. Os tucanos desejam que Helena cresça, mas roubando os votos de Lula. E, segundo as pesquisas mais recentes, ela está roubando votos é do próprio Alckmin.
Se continuar assim, o tucanato terá que "descontruir" Heloísa Helena, uma tarefa até fácil, mas que pode fazer o feitiço virar contra o feiticeiro e Alckmin ganhar a antipatia do eleitorado. No fundo, o PSDB está como na velha canção: se correr, o bicho pega; se ficar, o bicho come.
É difícil imaginar Alckmin com menos de 25% do eleitorado - seria a parcela "de direita" da população, que votaria no tucano por ele ser o único a representar, nesta eleição, a opção ideológica conservadora, mas isto pode até acontecer se os eleitores perceberem que ele não tem chances reais de vitória. Esta parcela se dividiria então entre o voto nulo, abstenção e o próprio Alckmin. Tal soma chegaria a 25%, mas a votação do ex-governador minguaria e Helena poderia superá-lo. É o cenário dos sonhos do PSOL. Há no partido da senadora alagoana gente como Cesar Benjamin, candidato a vice, que acredita até na vitória de Helena contra Lula, numa reedição brasileira do quadro político que deu a vitória na Bolívia do índio Evo Morales. O vice de Helena, em seus delírios, já prepara o programa dos cem primeiros dias de governo. Quando os Estados Unidos invadiram o Iraque, Benjamin escreveu (isso mesmo, escreveu) que a vitória iraquiana na guerra era uma questão de dias.
A história não parece ter dado muita razão ao vice de Helena, mas os tucanos também não estão com esta bola toda para menosprezar a senadora: 54% dos entrevistados ouvidos pelo Ibope na última pesquisa do instituto disseram que Lula faz um governo melhor do que Fernando Henrique Cardoso. Outros 20% dizem que a gestão petista é pelo menos igual à tucana. Convenhamos, não são números bons para o candidato Geraldo Alckmin.
Se continuar assim, o tucanato terá que "descontruir" Heloísa Helena, uma tarefa até fácil, mas que pode fazer o feitiço virar contra o feiticeiro e Alckmin ganhar a antipatia do eleitorado. No fundo, o PSDB está como na velha canção: se correr, o bicho pega; se ficar, o bicho come.
É difícil imaginar Alckmin com menos de 25% do eleitorado - seria a parcela "de direita" da população, que votaria no tucano por ele ser o único a representar, nesta eleição, a opção ideológica conservadora, mas isto pode até acontecer se os eleitores perceberem que ele não tem chances reais de vitória. Esta parcela se dividiria então entre o voto nulo, abstenção e o próprio Alckmin. Tal soma chegaria a 25%, mas a votação do ex-governador minguaria e Helena poderia superá-lo. É o cenário dos sonhos do PSOL. Há no partido da senadora alagoana gente como Cesar Benjamin, candidato a vice, que acredita até na vitória de Helena contra Lula, numa reedição brasileira do quadro político que deu a vitória na Bolívia do índio Evo Morales. O vice de Helena, em seus delírios, já prepara o programa dos cem primeiros dias de governo. Quando os Estados Unidos invadiram o Iraque, Benjamin escreveu (isso mesmo, escreveu) que a vitória iraquiana na guerra era uma questão de dias.
A história não parece ter dado muita razão ao vice de Helena, mas os tucanos também não estão com esta bola toda para menosprezar a senadora: 54% dos entrevistados ouvidos pelo Ibope na última pesquisa do instituto disseram que Lula faz um governo melhor do que Fernando Henrique Cardoso. Outros 20% dizem que a gestão petista é pelo menos igual à tucana. Convenhamos, não são números bons para o candidato Geraldo Alckmin.
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