Começa nesta terça-feira o horário eleitoral gratuito. É a grande aposta de Geraldo Alckmin (PSDB) para tentar levar a disputa para o segundo turno e, quem sabe, virar o jogo contra o presidente Lula. Um especialista em marketing político relatou a este blog que as pesquisas a serem realizadas na primeira semana de setembro já revelarão o nome do próximo presidente da República. A teoria por trás disto é simples: os cinco primeiros programas no rádio e televisão são cruciais para todos os candidatos: é o momento de maior audiência e no qual o eleitor presta atenção para fazer a sua escolha. Depois disto, com a escolha feita, o eleitor acompanha esporadicamente e não presta muita atenção no que é dito na televisão. Como o atual horário eleitoral divide o tempo dos presidenciáveis, candidatos a governos de Estado, senado, deputado federal e estadual em dias diferentes, os tais 5 primeiros programas vão passar nas duas próximas semanas. Assim, apenas no início de setembro as pesquisas vão captar o efeito da campanha na TV. Se o cenário não tiver mudado bastante, Lula poderá se considerar reeleito. Se Alckmin voltar à casa dos 30%, poderá mesmo haver segundo turno.
O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda
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