Deve sair na sexta-feira a próxima pesquisa Ibope para a Rede Globo. O instituto já registrou no TSE o novo levantamento, que contará com 2002 entrevistas em todo o Brasil. Será a primeira pesquisa após o início do horário eleitoral, mas a verdade é que ainda não captará totalmente os efeitos da propaganda na televisão e rádio. Vai captar, no entanto, a opinião da população com os recentes episódios de violência, como o seqüestro do repórter da TV Globo pelos criminosos do PCC. Este blog errou o último palpite, mas não desiste nunca: desta vez a aposta é de que Alckmin cairá na margem de erro ou pouco acim dela, para 20% ou 19% (tinha 21% no levantamento da semana passada). Lula fica onde está (47%) ou até caiu um poco e Heloísa Helena ganha mais um ou dosis pontes, encostando ainda mais no ex-governador paulista. Hoje, o Ibope dá 12% para a canddidata do PSOL.
O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda
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