Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de fevereiro, 2009

Krugman aprova Orçamento de Obama

Paul Krugman vinha criticando bastante os planos de Barack Obama para deter a crise financeira e econômica que abala os Estados Unidos. Mudou de idéia ao analisar o Orçamento para o próximo ano que o presidente enviou ao Congresso e que precisa ser aprovado até outubro. Abaixo, a tradução do artigo de Krugman para o New York Times que a Folha de S. Paulo publica na edição de hoje. Orçamento muda EUA de rumo ELEIÇÕES TÊM consequências. O Orçamento do presidente Barack Obama representa uma ruptura enorme, não só com as políticas dos últimos oito anos, mas com as tendências políticas dos últimos 30. Se ele conseguir que o Congresso aprove qualquer coisa parecida com o plano anunciado anteontem, terá posto os EUA num rumo novo. Entre outras coisas, o Orçamento será recebido com enorme alívio pelos democratas que começavam a sentir um pouco de depressão pós-eleitoral. O pacote de estímulo econômico que o Congresso aprovou pode ter sido muito fraco e focado em cortes nos impostos. A recusa

Míriam antecipa boas notícias

Dá até medo, porque ela quase sempre erra, mas o comentário abaixo está no blog da colunista Míriam Leitão. Como quem não quer nada, Míriam avisa que teremos boas notícias pela frente - a produção industrial do país em janeiro pode ter crescido mais de 10% em relação a dezembro do ano passado. Os números oficiais serão divulgados na próxima semana. Sim, a jornalista explica que o resultado será bom em relação ao mês anterior e ruim em relação a janeiro de 2008 (mas aquele mês foi o melhor janeiro dos últimos 10 anos, pelo menos). No fundo, Leitão parece estar torcendo para que o dado de janeiro seja uma espécie de último suspiro antes da morte. Tudo que a colunista global quer é, como diria o próprio presidente, que Lula se lasque. E nada melhor para isto do que uma economia em franca desaceleração. Assim, no post abaixo ela cumpre a função de avisar que números bons serão divulgados em breve e explicar que não se trata, de maneira alguma, do fim dos problemas do país. Do jeito que a

Mainardi e Azevedo apóiam "ditabranda"
e guinada à direita da Folha de S. Paulo

Não poderia ser diferente, a Folha de S. Paulo já ganhou apoios em sua guinada à direita, conforme o leitor que tiver asco poderá ler abaixo. Diogo Mainardi e também Reinaldo Azevedo, em post que não vale a pena reproduzir, estão dando todo o apoio ao jornal da querela da "ditabranda". Do jeito que a coisa vai, Roberto Civita terá que dar um bom aumento salarial aos seus pitbulls se não quiser vê-los trabalhando para Otavinho Frias Filho. Os dois estão assanhados e, pelo visto, torcendo muito para que a Folha se transforme na versão diária de Veja . Para o leitor paulista, mais do que nunca é verdadeiro o slogan do jornal concorrente: "é melhor você começar a ler o Estadão ..." A seguir, o texto de Mainardi, em que Antonio Cândido é chamado de tacanho e caduco. Coisa finíssima... A Vichy do PT A USP é a Vichy do petismo. É dominada pelos colaboracionistas do regime. Uma hora, os professores doutrinam os estudantes. Outra hora, eles montam a plataforma eleitoral do

Cumprindo o que prometeu

Mais uma de Barack Obama, na versão da Folha Online. De fato, o presidente norte-americano está em começo de governo, é cedo para avaliar a performance. Mas este blog reitera: até aqui, dentro das condições catastróficas que está enfrentando - o legado de Bush é um fardo dos mais pesados -, Obama está mandando muito bem. Obama confirma retirada de cerca de 90 mil soldados do Iraque O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta sexta-feira a retirada parcial das tropas americanas do Iraque até 31 de agosto de 2010, o primeiro passo efetivo de seu governo para encerrar o conflito que, em mais de cinco anos, custou cerca de US$ 1 trilhão e deixou mais de 4.250 soldados americanos mortos. Embora não tenha falado em números exatos, o plano de Obama representaria a retirada de entre 92 mil e 107 mil dos 142 mil soldados que atuam no país. O plano anunciado por Obama inclui ainda a manutenção de uma força de segurança "de 35 mil a 50 mil homens" no país, com a retira

Especulações rumo a 2010

Dia desses um leitor mandou um comentário elogioso ao autor deste blog, mas fazendo uma séria ressalva. Dizia o missivista que as análises aqui publicadas eram tão boas que qualquer vírgula mal colocada ficava estranha nos textos (um evidente exagero). E completava, sugerindo peremptoriamente: nunca mais use "muita água vai rolar debaixo da ponte", é um clássico dos chavões. Pois não é que este post poderia perfeitamente começar com o chavão proibido? Para não deixar o leitor em questão amuado – atento que ele (ou ela) é, deve ser dos poucos fiéis ao blog –, vamos iniciar com uma formulação mais precisa do ditado popular. Digamos que ainda é um tanto cedo para falar da eleição presidencial de 2010, mas a cada dia que passa a sucessão de Lula fica mais presente no jogo político nacional. Afinal, o que para uns é muito tempo, para outros é pouco: faltam exatamente 19 meses para a eleição de outubro do próximo ano. Isto posto, vale observar que uma das principais questões da el

Comparação é tudo

A manchete do UOL nesta tarde de quinta-feira grita: Inadimplência atinge maior nível desde 2002 . Seria realmente horrível a economia voltar às taxas do tempo do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), não é mesmo? Neste caso em particular, porém, até que FHC não mandou tão mal. Lendo a matéria, o leitor fica sabendo que a taxa das pessoas físicas hoje está em 8,3% e que estava em 8% no mês passado e em 7,3% antes da crise, em setembro. Ou seja, não foi nenhum grande salto, mas em se tratando de um portal do Grupo Folha, a regra é berrar bem alto: "está ruim, está piorando, vai piorar ainda mais". Basta ler a reportagem, porém, para ver que o grito histérico não faz muito sentido, pois o índice geral de inadimplência , levando em conta as pessoas jurídicas, está apenas um pouco superior ao verificado em agosto de... 2007 ! Está aí o texto da matéria, que não deixa mentir: "O indicador nas linhas de aquisição de veículos passou de 4,5% para 4,7%. No cheque especial, r

Cadê o protecionismo que estava aqui?

Os conservadores brasileiros passaram o ano passado dizendo que a vitória de Barack Obama seria ruim para o Brasil porque os democratas em geral são muito mais protecionistas do que os republicanos. Teve até gente da esquerda que embarcou nesta e saiu por aí dizendo que o governo brasileiro estava na torcida por McCain, que Lula sempre se deu muito bem com Bush e outras baboseiras. Nada como um dia após o outro para provar que as coisas são mais complicadas do que parecem. A redução dos subsídios agrícolas anunciadas nesta quinta-feira para o primeiro Orçamento do governo Obama, conforme reportagem abaixo, da Folha Online, significa uma das maiores pauladas nos grandes fazendeiros norte-americanos, abrindo aos países situados abaixo do Rio Grande uma enorme janela de oportunidades. E uma porta aberta para a Rodada de Doha finalmente terminar. Devagar com o andor, o santo é de barro. Primeiro deixem Obama governar, depois analisem o trabalho dele. O resto é chute e má vontade com o prim

A Folha recuou?

O diário da Barão de Limeira publicou hoje, no Painel do Leitor, as duas cartas abaixo. Sem resposta malcriada, desta vez. Será que a direção do jornal percebeu que essa história de "ditabranda" não caiu bem e resolveu recuar? É cedo para saber, mas é o que indica a ausência de resposta aos professores. Menos mal, só que ainda falta um bom "mea culpa" sobre o trocadilho infame. Ditadura "Em resposta aos insultos a mim dirigidos na Nota da Redação de 20 de fevereiro próximo passado ("cínico e mentiroso'), reitero meu protesto contra o editorial, que considerou brando o regime militar brasileiro, cujos agentes mataram mais de 400 pessoas e torturaram milhares de presos políticos." FÁBIO KONDER COMPARATO , professor titular da Faculdade de Direito da USP (São Paulo, SP) "As injúrias da Redação da Folha não me intimidam. Continuarei denunciando os crimes da ditadura, seus responsáveis civis e militares, bem como seus aliados -ontem e hoje."

Ainda sobre a "ditabranda"

O que vai abaixo é o comentário do jornalista Luciano Martins Costa para o programa de rádio do Observatório da Imprensa . Folha reescreve a história Passados quase dez dias, a Folha de S.Paulo segue provocando debates por causa da revisão histórica que seus editorialistas resolveram oferecer à Nação. Segundo o jornal que se apresenta como "o maior do país", o regime de exceção imposto ao Brasil entre 1964 e 1985 não foi uma ditadura. No trocadilho infeliz escolhido pelo redator que expõe as opiniões do diretor responsável do jornal, o Brasil passou por uma "ditabranda". Os argumentos já alinhavados pela internet, alguns deles publicados na seção de cartas da Folha, bastariam para qualificar tal afirmação como mera e desrespeitosa aleivosia. Mas preocupa os observadores da imprensa que um jornal alinhado entre os mais influentes do país venha a propor semelhante jogo de palavras sobre tema a respeito do qual não há como tergiversar. Reação tardia A Folha tem há al

O ano vai começar

Acabou a grande festa brasileira, o Carnaval (pelo menos terminou na maior parte do país, na Bahia dizem que só acaba na Páscoa, mas deve ser maldade de carioca). Também dizem que só a partir de hoje (ou de segunda-feira, porque muita gente enforca o feriado), o ano começa de verdade. Bem, neste 2009 de crise financeira global, as coisas parecem ter começado mais cedo, mas também é fato que os brasileiros se planejam para pegar mais pesado depois do Carnaval, com as águas de março fechando o verão. Se na esfera privada a vida não para e as empresas já estão trabalhando (ou revendo planos e demitindo) a todo vapor, de fato no meio político é bastante razoável dizer que o ano só começa agora, com o fim do reinado de Momo. O Congresso Nacional, por exemplo, nada fez em janeiro e fevereiro além de eleger seus novos comandantes. A pauta legislativa só começa a ser negociada realmente a partir da próxima semana, com a volta dos parlamentares a Brasília e o término do troca-troca nas comissõ

Drummond: uma tese sobre mídia e crise

O artigo abaixo está no sempre instigante Terra Magazine . Alguém precisa estudar também a influência da mídia no período posterior ao início da crise. Como se sabe, boa parte do comportamento dos agentes econômicos ocorre em função das expectativas sobre o futuro. E com o alcance da imprensa, muito maior hoje do que em qualquer período anterior, há um efeito bastante grande na formação das expectativas. Mas isto é tarefa para o futuro, porque a crise financeira global não terminou – alguns dizem que está só começando... A seguir, na íntegra, o texto do professor Carlos Drummond para os leitores do Entrelinhas . Mídia acrítica contribuiu com agravamento da crise Carlos Drummond, de Campinas (SP) A imprensa americana, com poucas exceções, contribuiu para que a crise atual atingisse grandes proporções. Ao divulgar sem crítica previsões otimistas sobre o mercado de títulos subprime, enaltecer o brilhantismo do maestro Alan Greenspan, ex-presidente do Fed e fazer a apologia dos investidore

Beija-Flor derrotada: culpa do Lula?

Um leitor do blog avisa: amanhã os jornalões vão atribuir ao presidente Lula o segundo lugar da Beija-Flor, escola favorita do presidente, no carnaval carioca deste ano. Na versão da Folha de S. Paulo , a história seria resumida assim: "Lula não consegue transferir popularidade, Beija-Flor perde e Serra sai fortalecido para 2010"...

Não foi desta vez

Mesmo com a torcida (e campanha) da mídia pela vaia, o presidente Lula saiu incólume da Marquês de Sapucaí: a vaia não veio. Agora os portais dos jornalões tentam justificar: "presidente não teve o nome anunciado no sistema de som", "entrou no sambódromo depois que a Império Serrano já desfilava" e outros quetais. Bem, Lula não estava disfarçado e sua figura já é razoavelmente conhecida do público, de maneira que se ele não foi vaiado é porque o povo não estava mesmo querendo vaiá-lo. O resto é conversa para boi dormir...

Na Sapucaí

José Serra (PSDB) ainda não deu as caras, mas não é engraçado ver Eduardo Paes (PMDB), prefeito do Rio, todo-todo ao lado do presidente Lula? O mesmo Lula que Paes achava que era o "chefe da quadrilha" lá na época do mensalão. Mais um pouco Serra chega para animar o convescote e aconselhar Paes a tirar o chapéu. Ou alguém pode pensar que ele está querendo ser confundido com o presidente...

A cara do Brasil

Daqui a pouco tem Lula, Dilma, Serra e Sérgio Cabral na Marquês de Sapucaí. Não na avenida, claro, mas no camarote do governador. Sim, é Carnaval, mas este blog aposta que a ultradireita não vai gostar muito da presença do governador de São Paulo ao lado de sua provável rival em 2010 e, principalmente, do presidente da República. Podem não gostar, mas este é o nosso país, só não entende quem não leu Sérgio Buarque de Holanda, o pai do Chico. Como diz uma velha letra do Premê, "aqui não tem terremoto, aqui não tem revolução, é um país abençoado, onde todo mundo põea mão". Aliás, como hoje é Carnaval, segue a letra completa. Se alguém achar um link para ouvir o sambão, coisa que este blogueiro não conseguiu, por favor informe para imediata disponibilização aos leitores. Porque realmente vale a pena... Bem Brasil (Premeditando o Breque) E en tal maneira hé graciosa Que querendo a aproveitar darse a neela tudo per bem das ágoas que tem Paro o mjlhor fruito que neela se pode fazer

"Ditabranda" da FSP: Nota da Redação
revela guinada do jornal à direita

Mais um artigo do autor destas Entrelinhas para o Observatório da Imprensa. Em primeira mão para os leitores do blog. Há males que vêm para o bem, diz o dito popular. No último dia 17 de fevereiro , em Editorial contra o presidente venezuelano Hugo Chávez , a Folha de S. Paulo qualificou, assim como quem não quer nada, en passant , de " ditabranda " o regime militar que vigorou no Brasil entre 1964 a 1985. Para que não reste nenhuma dúvida sobre o que foi escrito na Folha , vai a seguir a transcrição do trecho que vem provocando tanta polêmica : "Mas, se as chamadas ' ditabrandas ' -caso do Brasil entre 1964 e 1985- partiam de uma ruptura institucional e depois preservavam ou instituíam formas controladas de disputa política e acesso à Justiça-, o novo autoritarismo latino-americano, inaugurado por Alberto Fujimori no Peru, faz o caminho inverso." Para começo de conversa, causa espécie que o jornal escreva "as chamadas ' ditabrandas '"

Sarney repete erro de Lula

Mais um artigo do autor deste blog para o Observatório da Imprensa . Em primeira mão para os leitores do Entrelinhas . MÍDIA & POLÍTICA Sarney repete erro de Lula ao processar The Economist A matéria reproduzida ao final deste comentário, publicada originalmente pela Folha Online, revela o primeiro grande equívoco do novo presidente do Senado, José Sarney (AP): processar a revista The Economist por uma matéria que julgou ofensiva ao seu passado (e presente) político. É até possível que o senador, eleito pelo Amapá, mas líder político no Maranhão, tenha razão em todos os argumentos que expôs na carta enviada à revista The Economist, mas o ato de processar a publicação é, sim, um erro crasso. No fundo, Sarney repete a bobagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando, em 2003, o governo tentou expulsar do Brasil o correspondente do The New York Times que escreveu um besteirol sobre os hábitos etílicos de Lula. Naquela ocasião, por sinal, o governo brasileiro também informou que

Desemprego cresce mais em SP

Outra notícia ruim para o governador José Serra (PSDB). É óbvio que ele, como o presidente Lula, não tem a menor culpa na crise financeira global. Mas também é óbvio que Serra preferiria que o grosso do desemprego estivesse no Rio de Janeiro, no Paraná, em qualquer outro estado. Pensando melhor, preferia que estivesse mesmo é em Minas Gerais... SP responde por quase 40% dos postos de trabalho eliminados LORENNA RODRIGUES da Folha Online, em Brasília O Estado de São Paulo foi o que fechou mais vagas de empregos formais em janeiro deste ano, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Foram eliminados 38.676 postos, 38,01% do total de vagas fechadas no mês, 101.748. Em dezembro, São Paulo também fora um dos Estados com maior número de demissões. Apenas na Grande São Paulo foram eliminadas 63 mil vagas,

Será que Serra já visitou Zé Alencar?

A notícia abaixo levanta uma dúvida singela: o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), visitou José Alencar durante o período de convalescência do vice-presidente no Hospital Sírio Libanês, na capital paulista? Um pouco de gentileza não faz mal a ninguém, principalmente se este alguém pretende se candidatar à presidência da República. E mais uma vez Aécio Neves sai na frente, porque se Serra visistou Alencar, ninguém sabe, ninguém viu. Já Aécio avisa a imprensa antes e aparece todo faceiro, bem na foto, ao lado de um dos políticos "incriticáveis", como diria o Rogério Magri, deste país: Alencar, da mesma maneira que Mário Covas depois de ficar doente, virou unanimidade nacional, todo mundo se comove com a luta do guerreiro e aprova o jeitão bronco com que ele reclama dos juros altos. Como diriam as mais jovens, Alencar "é tudo de bom" e só Serra não percebe a deselegância de faltar com o vice neste momento difícil... Aécio Neves vem a SP para visitar José Alenca

Pausa esportiva 2

Alguns leitores, certamente corintianos, palmeirenses e santistas, se entusiasmaram com o empate, ontem, do tricolor com o escrete colombiano Independiente de Medellín na primeira partida do São Paulo na Libertadores. Bem, quem assistiu o jogo percebeu que o score poderia ser 16 a 1 para o time paulista, tantas foram as chances de gol desperdiçadas. O goleiro colombiano estava em um desses dias abençoados pelos deuses do futebol, fechou a meta da equipe e deu sorte nos lances em que não conseguiu pegar. Tudo isto é fato, mas a ralé já está achando que o São Paulo não é mais o mesmo, que vai deixar escapar a vaga da Libertadores e outras bobagens. Este blogueiro apenas lembra que o tricolor é time de chegada e quando chega, são os adversários que tremem nas bases.

O mundo está mudando

Banco suíço confessando ter ajudado estrangeiros a sonegar impostos? Nem quando Paulo Maluf foi preso o autor destas Entrelinhas ficou tão surpreso. De fato, no caso do Maluf havia uma réstia de esperança de que pudesse acontecer, mas a notícia do UBS este blogueiro achou que não ia viver para ler... UBS pagará US$ 780 milhões aos EUA por ajudar clientes a sonegar da Folha Online O banco suíço UBS fechou um acordo para pagar US$ 780 milhões à Justiça dos Estados Unidos após ser acusado de ajudar milionários americanos a sonegar impostos. Além disso, o banco também se comprometeu a divulgar as identidades dos envolvidos. O departamento de Justiça havia aberto investigação sobre o UBS após obter provas de que diretores do banco ofereciam a americanos ricos a possibilidade de abrir contas no exterior que lhes permitiam omitir lucros milionários e sonegar impostos. No acordo, o UBS admite "ter ajudado contribuintes americanos a esconder contas bancárias" da Receita federal, dest

Um bom artigo sobre o Caso Paula

De Luiz Weis, no blog Verbo Solto : Pularam a página do verbete "checar" Retrospectivamente, é fácil – quase tão fácil, é o caso de dizer, como abrir uma conta numerada num desses paraísos fiscais – condenar a imprensa brasileira por ter comprado pelo valor de face a versão do assessor parlamentar Paulo Oliveira sobre o que sucedeu a sua filha Paula, na noite de domingo, 8, numa estação de trem de um subúrbio de Zurique, na Suiça. Claro que o manual foi ignorado. Na blogosfera, na TV, nas rádios e nos jornais, todos pularam a página onde está o verbete “checar”. Pularam também, o que é pior, a página onde estão os advérbios “alegadamente” e “supostamente”. Ainda assim, devagar. Primeiro, a versão paterna – com as fotos que ele tratou de distribuir da filha radiante, exibindo o que parece ser a sua gravidez – foi corroborada pelo seu namorado suiço, que por sua vez mandou as fotos das partes do corpo de Paula (barriga, coxas e pernas) marcadas, a estilete, com a sigla do parti

Pausa esportiva

O tricolor do Morumbi está entrando em campo para sua estréia na Libertadores 2009 e o blog faz uma pequena pausa esportiva. Ontem, o timinho de Palestra Itália já experimentou a sua dose de Libertadores e, como era de se prever, não foi muito feliz. Do São Paulo é possível esperar algo mais, sobretudo pela experiência do clube na competição, coisa que faz falta aos demais escretes brasileiros...

Partido do governador cassado é omitido

Se Cássio Cunha Lima (PB) fosse membro do Partido dos Trabalhadores, o leitor pode imaginar qual seria a chamada na primeira página dos principais jornalões brasileiros? No mínimo "Governador petista é cassado por compra de votos", ou algo ainda mais forte. O paraibano, porém, é do PSDB. Desta forma, tivemos as seguintes chamadas: O Estado de S. Paulo : TSE confirma cassação de governador e vice da Paraíba Folha de S. Paulo : TSE ratifica por unanimidade a cassação de Cunha Lima Como é doce ser tucano...

PSOL quer os nomes dos bois

Segundo matéria da Agência Estado, abaixo, o PSOL está pressionando Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) para que ele dê o nome aos bois e diga quais são os corruptos de seu partido. Este blog aposta um Gold Label com qualquer leitor que Jarbas jamais dirá o nome de um único "corrupto", nem que seja para provar a sua tese, revelada na entrevista à Veja . A razão é simples: o que o senador pretendia com a conversa nas páginas amarelas era criar um fato político e tentar arrumar um jeito de sair do PMDB sem perder o mandato, para ser vice na chapa de Serra em 2010. Até agora, a jogada não funcionou porque ninguém no PMDB vai dar ao pernambucano o prazer de ser expulso da legenda e cair, todo feliz, no colo do tucanato. Jarbas terá que amargar as boas companhias por mais algum tempo... PSOL quer que Jarbas dê nomes de 'corruptos do PMDB' GUSTAVO URIBE - Agencia Estado SÃO PAULO - Não foram só os membros do PMDB que ficaram insatisfeitos com as declarações do senador Jarbas Vasco

Chávez e Uribe na imprensa brasileira

O que vai abaixo mais um artigo do autor destas Entrelinhas para o Observatório da Imprensa . Em primeira mão para os leitores do blog. O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, esteve em São Paulo na segunda-feira (16/2), um dia após a vitória de seu colega venezuelano Hugo Chávez no plebiscito sobre o fim do limite à reeleição para o cargo de presidente naquele país. A imprensa brasileira não tem a menor simpatia por Chávez e trata Uribe com grande deferência, quase sempre ressaltando o papel do líder colombiano no combate às Farcs e ao narcotráfico. Uribe, para quem não conhece, lembra um pouco o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), guardadas as devidas proporções. Ambos são conservadores, cordatos e parecem menos espertos do que de fato são. Alckmin deu em 2006 um nó político no atual governador José Serra, coisa que muitos julgavam realmente impossível de acontecer, e desta forma conseguiu a vaga de presidenciável do PSDB na eleição daquele ano. Uribe vem se fazendo de morto, mas

Jarbas dedica Roberto Carlos ao PMDB

A nota oficial em que a cúpula do PMDB qualificou com "um desabafo" a entrevista do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) à revista Veja , na qual ele acusa o seu próprio partido de "gostar de corrupção", fez o autor destas Entrelinhas lembrar de uma antiga canção de Roberto Carlos chamada justamente "Desabafo". A letra parece perfeita para o recado que Jarbas passou aos seus colegas. O final da música também é perfeito para caracterizar a postura do senador pernambucano, que, apesar de todas as críticas ao PMDB, tem grande dificuldade para deixar o partido. A seguir, a letra de "Desabafo", na íntegra, contando com a compreensão do Rei pelo uso indébito. Por que me arrasto aos seus pés Por que me dou tanto assim E por que não peço em troca Nada de volta pra mim? Por que é que eu fico calado Enquanto você me diz Palavras que me machucam Por coisas que eu nunca fiz? Por que é que eu rolo na cama E você finge dormir? Mas se você quer eu quero E não

Serra dá "aumento responsável" em SP

Os tucanos e democratas vivem criticando a política do presidente Lula para o salário mínimo. Acham que o governo federal tem concedido aumentos reais maiores do que a economia brasileira suporta. Criticam também a política de reajuste salarial do funcionalismo público. A notícia abaixo, da Folha Online, revela que o governador José Serra (PSDB) concedeu um aumento no salário mínimo paulista de 12,2%, elevando o piso além do estabelecido pelo presidente. Em São Paulo, o mínimo valerá R$ 505. Palmas para Serra, ele faz bem em imitar o presidente Lula, mais uma vez. O que chama atenção na matéria, porém, é a justificativa do secretário Guilherme Afif Domingos para a medida: trata-se de um "aumento responsável" no salário mínimo local. É realmente divertido ler este tipo de coisa, esta preocupação com a diferenciação no que é indiferenciável. Mas o mais interessante é a falta de senso da imprensa, que não se atreve a fazer uma pergunta básica ao secretário: qual o valor de aumen