Fiel leitor deste blog, Allan Ravagnani levanta uma questão interessante: por que o Datafolha não entre os pré-candidatos ao governo de São Paulo o atual prefeito da capital, Gilberto Kassab (DEM), na pesquisa realizada na semana passada? É evidente que Kassab deve ser bastante competitivo e merece estar na lista. Ele nega ser candidato, claro, mas que significado tem esta negativa neste momento? Claro que Kassab não pode dizer que é candidato, sua popularidade despencaria porque os eleitores se decepcionariam em ter votado para prefeito em um sujeito que usa o cargo como trampolim. Se, no entanto, "as bases" clamarem por sua candidatura no meio do ano que vem, é óbvio que ele aceita a candidatura de bom grado. No fundo, o que a pesquisa Datafolha revela de mais importante não é a liderança de Geraldo Alckmin (PSDB), mas o vazio que poderá ser ocupado justamente por alguém do perfil de Gilberto Kassab. São Paulo é um estado conservador e tradicionalmente o PT tem dificuldades na disputa pelo governo, de modo que este blog aposta que se o prefeito concorrer, derrota Alckmin mais uma vez. O "picolé de chuchu" ainda acaba freguês do bom moço que governa a capital, até porque já ficou provado que Alckmin é bom de saída, mas péssimo de chegada...
Bruno Covas, prefeito de São Paulo, morreu vivendo. Morreu criando novas lembranças. Morreu não deixando o câncer levar a sua vontade de resistir. Mesmo em estado grave, mesmo em tratamento oncológico, juntou todas as suas forças para assistir ao jogo do seu time Santos, na final da Libertadores, no Maracanã, ao lado do filho. Foi aquela loucura por carinho a alguém, superando o desgaste da viagem e o suor frio dos remédios. Na época, ele acabou criticado nas redes sociais por ter se exposto. Afinal, o que é o futebol perto da morte? Nada, mas não era somente futebol, mas o amor ao seu adolescente Tomás, de 15 anos, cultivado pela torcida em comum. Não vibravam unicamente pelos jogadores, e sim pela amizade invencível entre eles, escreve Fabrício Carpinejar em texto publicado nas redes sociais. Linda homenagem, vale muito a leitura, continua a seguir. Nos noventa minutos, Bruno Covas defendia o seu legado, a sua memória antes do adeus definitivo, para que s...
Também é interessante a não inclusão do senador Eduardo Suplicy. Claro, alguém dirá, ele não é "confiável", não reza a cartilha da Articulação (antigo Campo Majoritário), portanto, a cúpula paulista do partido não o lançará candidato. No entanto numa eleição tão importante para os objetivos e futuro do Partido dos Trabalhadores, e especialmente delicada como no caso de São Paulo, por que não levantar a idéia do senador Suplicy ser o postulante do partido ao Palácio dos Bandeirantes? Acredito que o PIG não colocará por conta própria seu nome entre os possíveis candidatos por uma questão simples. O senador tem simpatia e votos e poderia se mostrar melhor colocado nas intenções de voto que Mercadante, Marta, Palocci ou o ministro Haddad (que faz um bom trabalho à frente do Ministério da Saúde). A idéia do PIG é passar aos seus leitores que o PT não possui candidato forte a sucessão de Serra. Quanto ao PT estrategicamente seria bem melhor ter Eduardo Suplicy como candidato. Abriria espaço para Mercadante tentar a reeleição ao Senado enquanto Marta e Haddad poderiam disputar uma cadeira na Câmara com enorme chance de puxarem a legenda para cima. Mais, o PT não perderia nada. O mandato de Eduardo Suplicy só encerra em 2014. Caso derrotado voltaria normalmente ao Senado. Como São Paulo é um estado extremamente conservador e apegado ao "udenismo", um nome há tanto tempo na política e que nunca foi maculado por denúncias de corrupção, além de tradicionalmente ser reconhecido como moderado, viria a calhar. Pode não ser o nome que gostaríamos para mudar o estado (nem Marta, Mercadante, Haddad e menos ainda Palocci o são), todavia já representaria um grande avanço em comparação aos últimos 16 anos.
ResponderExcluirHudson Luiz - Poços de Caldas
Cientista Social
www.dissolvendo-no-ar.blogspot.com
Também acho estranho que o data folha incluir o nome da ex- prefeita e deputada federal Luiza Erundina. Quem conhece um pouco da politica do psb estadual, sabe que apesar de todos seus meritos Luiza não será candidata a sucesão do Palácio dos Bandeirantes.
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