A nota abaixo está no sempre atento Blog do Noblat. É bem provável que mesmo em Pernambuco, seu estado natal, o presidente Lula oscile negativamente nas pesquisas de opinião a partir de agora. Sim, porque mesmo que não houvesse crise alguma, é muito difícil um governante se manter em patamar tão elevado de popularidade (acima de 85% no Nordeste). Se não fosse por outro motivo, seria por fadiga de material, pois governar sempre provoca atritos e desgastes.
Qualquer queda a partir de agora, portanto, é muito natural, mas este blog aposta que a grande imprensa vai dar grande destaque a este tipo de movimento e já antecipa as manchetes: "Popularidade de Lula despenca para 82%"; "Aprovação a Lula é a menor desde 200x" ou "Apoio ao presidente no NE recua pela primeira vez na história".
Não faltarão os profetas de plantão para vaticinar que a lua de mel do povão com o seu presidente já está com dias contados e que é apenas questão de tempo para Lula olhar seus índices rolarem ladeira abaixo e acabarem na serjeta.
Se, no entanto, por algum capricho da natureza as taxas de aprovação ao governo subirem mais um pouquinho, o que é altamente improvável, aí então a grande imprensa também não terá dúvidas e explicará o movimento como "o último suspiro antes da morte". A única hipótese que jamais será sequer aventada nos jornalões e revistonas é a do presidente estar fazendo a coisa certa e a população ter entendido a coisa desta maneira. A seguir, o post de Ricardo Noblat:
Lula cai ou não cai?
Foi aplicada recentemente uma pesquisa com 4 mil entrevistas encomendada pelo governo de Pernambuco.
O foco da pesquisa são os problemas do Estado e a avaliação das políticas do governo.
Mas pergunta-se também sobre a crise econômica. E os possíveis efeitos dela na popularidade de Lula.
Até agora foi computado o primeiro lote de 2 mil questionários - parte deles aplicada no Recife.
A aprovação de Lula, que em pesquisa anterior era de 86%, caiu para 82%.
Como o segundo lote de questionários abrange regiões mais remotas do Estado e pequenos municípios, pode ser que a aprovação de Lula ali compense ou reduza o tamanho da queda registrada no primeiro lote.
Qualquer queda a partir de agora, portanto, é muito natural, mas este blog aposta que a grande imprensa vai dar grande destaque a este tipo de movimento e já antecipa as manchetes: "Popularidade de Lula despenca para 82%"; "Aprovação a Lula é a menor desde 200x" ou "Apoio ao presidente no NE recua pela primeira vez na história".
Não faltarão os profetas de plantão para vaticinar que a lua de mel do povão com o seu presidente já está com dias contados e que é apenas questão de tempo para Lula olhar seus índices rolarem ladeira abaixo e acabarem na serjeta.
Se, no entanto, por algum capricho da natureza as taxas de aprovação ao governo subirem mais um pouquinho, o que é altamente improvável, aí então a grande imprensa também não terá dúvidas e explicará o movimento como "o último suspiro antes da morte". A única hipótese que jamais será sequer aventada nos jornalões e revistonas é a do presidente estar fazendo a coisa certa e a população ter entendido a coisa desta maneira. A seguir, o post de Ricardo Noblat:
Lula cai ou não cai?
Foi aplicada recentemente uma pesquisa com 4 mil entrevistas encomendada pelo governo de Pernambuco.
O foco da pesquisa são os problemas do Estado e a avaliação das políticas do governo.
Mas pergunta-se também sobre a crise econômica. E os possíveis efeitos dela na popularidade de Lula.
Até agora foi computado o primeiro lote de 2 mil questionários - parte deles aplicada no Recife.
A aprovação de Lula, que em pesquisa anterior era de 86%, caiu para 82%.
Como o segundo lote de questionários abrange regiões mais remotas do Estado e pequenos municípios, pode ser que a aprovação de Lula ali compense ou reduza o tamanho da queda registrada no primeiro lote.
Aproveitando esta colocação e motivado pela capa da Folha de hoje, que noticiou que o emprego em fevereiro é o pior desde 1999 e que o governo de São Paulo vê evolução no ensino no Estado, elaborei uma fórmula matemática para ensinar aos leigos como o jornalismo praticado por alguns meios do nosso país está ao alcance de todos. Depois de muito comparar, de levantar todos os dados da economia desde Marechal Deodoro, de cruzar inúmeras fontes de pesquisa, de estudar a fundo todos os livros dos mestres do jornalismo tupiniquim, cheguei à seguinte fórmula, que deve ser usada por todos os editores de jornal para criar suas manchetes até a apoteose, em 2011.
ResponderExcluirAtenção:
X = L < Y
Onde X é qualquer coisa que possa ser mensurada (desde o nível de emprego até o volume venda de flores no cemitério de Pindorama), L é o atual governo e Y é qualquer ano da era FHC. Se algum diretor nem isso conseguiu entender, deixo abaixo os modelos de títulos para serem usados até 2011 (galera das redações, é só substituir o que está entre chaves, hein?!?)
Manchetes dos dias de:
Abril/2009: "[XXX] em março é o pior desde [YYY]"
Maio/2009: "[XXX] em abril é o pior desde [YYY]"
Junho/2009: "[XXX] em maio é o pior desde [YYY]"
Julho/2009: "[XXX] em junho é o pior desde [YYY]"
Agosto/2009: "[XXX] em julho é o pior desde [YYY]"
Setembro/2009: "[XXX] em agosto é o pior desde [YYY]"
Outubro/2009: "[XXX] em setembro é o 2º pior desde [YYY]"
Novembro/2009: "[XXX] em outubro é o 2º pior desde [YYY]"
Dezembro/2009: "[XXX] em novembro é o 2º pior desde [YYY]"
Janeiro/2010: "[XXX] em dezembro é o 2º pior desde [YYY]"
Fevereiro/2010: "[XXX] em janeiro é o 2º pior desde [YYY]"
Março/2010: "[XXX] em fevereiro é o 2º pior desde [YYY]"
Abril/2010: "[XXX] em março é o 2º pior desde [YYY]"
Maio/2010: "[XXX] em abril é o 2º pior desde [YYY]"
Junho/2010: "[XXX] em maio é o 2º pior desde [YYY]"
Julho/2010: "[XXX] em junho é o 2º pior desde [YYY]"
Agosto/2010: "[XXX] em julho é o 2º pior desde [YYY]"
Setembro/2010: "[XXX] em agosto é o 2º pior desde [YYY]"
Outubro/2010: "[XXX] em setembro é o 3º pior desde [YYY]"
Novembro/2010: "[XXX] em outubro é o 3º pior desde [YYY]"
Dezembro/2010: "[XXX] em novembro é o 3º pior desde [YYY]"
Janeiro/2011: "[XXX] em dezembro é o 3º pior desde [YYY]"
Fevereiro/2011: "[XXX] em janeiro é o melhor do governo Serra"