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Primeiro teste da "unidade" tucana

Os governadores tucanos Aécio Neves (MG) e José Serra (SP) cumprem na noite de hoje uma agenda conjunta no Recife. Participam de lançamento do livro do ex-ministro Fernando Lyra, da inuguração de um auditório na sede o PSDB local e jantam com o presidente da legenda, Sérgio Guerra, em evento que contará com deputados federais e estaduais pernambucanos. Nem de longe, como se vê, uma reunião fechada e restrita como o já célebre jantar que reuniu Fernando Henrique Cardoso, Tasso Jereissati e os dois governadores em 2006 no restaurante Massimo, na capital paulista.

A verdade é que Serra não queria nada disto e trabalha nos bastidores para convencer Aécio a desistir do processo de prévias, que o paulista julga um desgaste desnecessário. O problema é que o líder mineiro não vai abrir mão do processo de forma tão tranquila - ou Serra oferece algo que Aécio não possa recusar ou terá mesmo que engolir a disputa com seu colega de Minas.

As prévias tucanas são uma verdadeira incógnita. Nunca o partido realizou coisa parecida. Também não se trata de uma legenda com muitos militantes, de maneira que a proposta das prévias parece mesmo um tanto "fora de lugar", para usar um termo de agrado do tucanato. Talvez uma Convenção Nacional pudesse ser já um foro adequado para decidir quem afinal será o candidato a presidente em 2010 e no fundo é provável que as prévias acabem sendo realizadas exatamente para que esses convencionais decidam a parada. Uma "prévia mista", digamos assim, sem participação direta da militância, até porque o PSDB não é exatamente um partido de massas. Mas já seria um grande avanço em relação aos triunviratos que vinham decidindo este tipo de questão no partido. A ver, naturalmente, pois este blog não duvida que no fim das contas os bicudos se acertem e a "unanimidade" prevaleça.

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