Pular para o conteúdo principal

Arrogância tucana, por Bob Jefferson

O ex-deputado Roberto Jefferson pode ser muita coisa ruim, mas bobo, não é. Autor de um blog muito interessante, o presidente do PTB vem se revelando um excelente analista político. A nota abaixo vem de lá, foi postada ontem, quarta-feira.

Apesar de ser um homem maduro, experiente, Fernando Henrique errou o jogo quando tentou atalhar o governador Aécio Neves, criticando-o por reivindicar que o PSDB realize prévias para eleger o candidato tucano à presidência em 2010. Na réplica, Aécio acertou na cabeça: “Não se constrói um projeto para o País de alguns gabinetes ou da Avenida Paulista”. Agora, FH não é mais o pacificador da disputa, ele tem lado: não é PSDB, é Serra. E presta um grande desserviço ao governador paulista, que a cada dia fica mais isolado. Só não vê quem não quer.

Comentários

  1. Caro Luiz
    Como não se constrói um pais da Avenida Paulista? Se constrói sim, por acaso o Brasil não foi construido das e para as Casas Grandes? O resto era e é senzala.
    Saudações
    Avelino

    ResponderExcluir
  2. Do Blog Toda Mídia do Nelson de Sá:
    http://todamidia.folha.blog.uol.com.br/

    Que crise?

    What Downturn? Business Booms in Brazil's Shanties
    Revista Time

    O correspondente Andrew Downie foi até o Jardim Carumbé, no extremo da Vila Brasilândia, zona norte de São Paulo, fotografou e ouviu de Maria Irece da Silva, dona de uma pequena loja de cosméticos, uma avaliação da economia brasileira: "Os ricos falam da crise, os pobres, não".

    No título do "cartão postal" da "Time", ontem, "Que desaceleração? Os negócios explodem nas favelas do Brasil".

    ResponderExcluir

Postar um comentário

O Entrelinhas não censura comentaristas, mas não publica ofensas pessoais e comentários com uso de expressões chulas. Os comentários serão moderados, mas são sempre muito bem vindos.

Postagens mais visitadas deste blog

Rogério Andrade, o rei do bicho

No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...

Dica da semana: Nine Perfect Strangers, série

Joia no Prime traz drama perturbador que consagra Nicole Kidman  Dizer que o tempo não passou para Nicole Kidman seria tão leviano quanto irresponsável. E isso é bom. No charme (ainda fatal) de seus 54 anos, a australiana mostra que tem muita lenha para queimar e escancara o quanto as décadas de experiência lhe fizeram bem, principalmente para composição de personagens mais complexas e maduras. Nada de gatinhas vulneráveis. Ancorando a nova série Nine Perfect Strangers, disponível na Amazon Prime Video, a eterna suicide blonde de Hollywood – ok, vamos dividir o posto com Sharon Stone – empresta toda sua aura de diva para dar vida à mística Masha, uma espécie de guru dos novos tempos que desenvolveu uma técnica terapêutica polêmica, pouco acessível e para lá de exclusiva. Em um lúdico e misterioso retiro, a “Tranquillum House”, a exotérica propõe uma nova abordagem de tratamento para condições mentais e psicossociais manifestadas de diferentes formas em cada um dos nove estranhos, “...

No pior clube

O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda...