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Por que Kassab ficou de fora do Datafolha?

Fiel leitor deste blog, Allan Ravagnani levanta uma questão interessante: por que o Datafolha não entre os pré-candidatos ao governo de São Paulo o atual prefeito da capital, Gilberto Kassab (DEM), na pesquisa realizada na semana passada? É evidente que Kassab deve ser bastante competitivo e merece estar na lista. Ele nega ser candidato, claro, mas que significado tem esta negativa neste momento? Claro que Kassab não pode dizer que é candidato, sua popularidade despencaria porque os eleitores se decepcionariam em ter votado para prefeito em um sujeito que usa o cargo como trampolim. Se, no entanto, "as bases" clamarem por sua candidatura no meio do ano que vem, é óbvio que ele aceita a candidatura de bom grado. No fundo, o que a pesquisa Datafolha revela de mais importante não é a liderança de Geraldo Alckmin (PSDB), mas o vazio que poderá ser ocupado justamente por alguém do perfil de Gilberto Kassab. São Paulo é um estado conservador e tradicionalmente o PT tem dificuldades na disputa pelo governo, de modo que este blog aposta que se o prefeito concorrer, derrota Alckmin mais uma vez. O "picolé de chuchu" ainda acaba freguês do bom moço que governa a capital, até porque já ficou provado que Alckmin é bom de saída, mas péssimo de chegada...

Comentários

  1. Também é interessante a não inclusão do senador Eduardo Suplicy. Claro, alguém dirá, ele não é "confiável", não reza a cartilha da Articulação (antigo Campo Majoritário), portanto, a cúpula paulista do partido não o lançará candidato. No entanto numa eleição tão importante para os objetivos e futuro do Partido dos Trabalhadores, e especialmente delicada como no caso de São Paulo, por que não levantar a idéia do senador Suplicy ser o postulante do partido ao Palácio dos Bandeirantes? Acredito que o PIG não colocará por conta própria seu nome entre os possíveis candidatos por uma questão simples. O senador tem simpatia e votos e poderia se mostrar melhor colocado nas intenções de voto que Mercadante, Marta, Palocci ou o ministro Haddad (que faz um bom trabalho à frente do Ministério da Saúde). A idéia do PIG é passar aos seus leitores que o PT não possui candidato forte a sucessão de Serra. Quanto ao PT estrategicamente seria bem melhor ter Eduardo Suplicy como candidato. Abriria espaço para Mercadante tentar a reeleição ao Senado enquanto Marta e Haddad poderiam disputar uma cadeira na Câmara com enorme chance de puxarem a legenda para cima. Mais, o PT não perderia nada. O mandato de Eduardo Suplicy só encerra em 2014. Caso derrotado voltaria normalmente ao Senado. Como São Paulo é um estado extremamente conservador e apegado ao "udenismo", um nome há tanto tempo na política e que nunca foi maculado por denúncias de corrupção, além de tradicionalmente ser reconhecido como moderado, viria a calhar. Pode não ser o nome que gostaríamos para mudar o estado (nem Marta, Mercadante, Haddad e menos ainda Palocci o são), todavia já representaria um grande avanço em comparação aos últimos 16 anos.
    Hudson Luiz - Poços de Caldas
    Cientista Social
    www.dissolvendo-no-ar.blogspot.com

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  2. Também acho estranho que o data folha incluir o nome da ex- prefeita e deputada federal Luiza Erundina. Quem conhece um pouco da politica do psb estadual, sabe que apesar de todos seus meritos Luiza não será candidata a sucesão do Palácio dos Bandeirantes.

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