Mais uma colaboração do diretor do instituto de pesquisas Engrácia Garcia para o Entrelinhas. Neste comentário, Jorge Rodini analisa uma bola fora – e foi mesmo uma derrapada feia – do presidente Lula. Abaixo, na íntegra, para os leitores do blog.
Quando vejo meu time jogar para frente, com vontade de fazer gols e dar show para torcida, fico mais alegre, mais leve.
No entanto, quando temos um técnico retranqueiro, meu time pode até ser campeão que não vou ficar satisfeito.
Jogar para a platéia faz a torcida de nosso time ficar de alma lavada e a dos adversários morrerem de inveja. Às vezes, de admiração!
Quando descobrimos um garoto esguio de pernas finas, com fintas rápidas e jogadas elegantes, na nossa mente vem a lembrança de Pelé, de Robinho e de Kaká. Uns nascidos em familias humildes, outros em famílias com maior poder aquisitivo e de instrução.
Num grupo, todos são iguais. Pela Constituição, também. O que nos difere não será jamais a cor de nossa pele, de nossos cabelos ou de nossos olhos. O que nos distingue não será jamais o lugar em que nascemos ou que vivemos. Nem o que ganhamos ou o que perdemos.
O que nos faz únicos é somente o poder de cada um de ser ele mesmo. De ter sua própria opinião.
O mundo vive os efeitos da crise originária da catástrofe financeira/imobiliária dos Estados Unidos. Isto é fato. O Brasil está em dificuldades por conta disso. Também é fato. Culpar os "homens brancos de olhos azuis" é factóide.
O Brasil é um país de múltiplas raças de inúmeras origens, assim como os Estados Unidos. Muitos podem ter se sentido ofendidos com a afirmação de nosso presidente. Com razão. Na hora de jogar para seu público, Lula esqueceu-se que esses jogos são assistidos por todas as platéias.
Nessas horas, você pode jogar para platéia. Jogar para frente, dar show. A sua torcida vai ficar maravilhada. Só que, para fazer as outras torcidas terem admiração pelo que estão assistindo, você deve jogar com fatos, não com factóides.
Quando vejo meu time jogar para frente, com vontade de fazer gols e dar show para torcida, fico mais alegre, mais leve.
No entanto, quando temos um técnico retranqueiro, meu time pode até ser campeão que não vou ficar satisfeito.
Jogar para a platéia faz a torcida de nosso time ficar de alma lavada e a dos adversários morrerem de inveja. Às vezes, de admiração!
Quando descobrimos um garoto esguio de pernas finas, com fintas rápidas e jogadas elegantes, na nossa mente vem a lembrança de Pelé, de Robinho e de Kaká. Uns nascidos em familias humildes, outros em famílias com maior poder aquisitivo e de instrução.
Num grupo, todos são iguais. Pela Constituição, também. O que nos difere não será jamais a cor de nossa pele, de nossos cabelos ou de nossos olhos. O que nos distingue não será jamais o lugar em que nascemos ou que vivemos. Nem o que ganhamos ou o que perdemos.
O que nos faz únicos é somente o poder de cada um de ser ele mesmo. De ter sua própria opinião.
O mundo vive os efeitos da crise originária da catástrofe financeira/imobiliária dos Estados Unidos. Isto é fato. O Brasil está em dificuldades por conta disso. Também é fato. Culpar os "homens brancos de olhos azuis" é factóide.
O Brasil é um país de múltiplas raças de inúmeras origens, assim como os Estados Unidos. Muitos podem ter se sentido ofendidos com a afirmação de nosso presidente. Com razão. Na hora de jogar para seu público, Lula esqueceu-se que esses jogos são assistidos por todas as platéias.
Nessas horas, você pode jogar para platéia. Jogar para frente, dar show. A sua torcida vai ficar maravilhada. Só que, para fazer as outras torcidas terem admiração pelo que estão assistindo, você deve jogar com fatos, não com factóides.
Discordo plenamente. Discussão rasa de quem nunca discutiu etnia. Basta olhar para quantos professores são negros, juízes, médicos, etc. O que Lula quis dizer está certíssimo: a culpa dessa crise é de brancos dos países ricos e quem pagará serão os imigrantes (negros e indígenas), com não apenas o preconceito contra eles, mas o fechamento das portas de trabalho. E quem mais sofrerá, serão os países pobres, onde essas etnias estão concentradas, em função de colonizações assassinas, em que os trabalhadores não terao políticas públicas como há nos ricos.
ResponderExcluirBola Fora. Derrapada Feia. Do Rodini, claro. Os que não estão acostumados com seus competentes textos podem até pensar que ele nunca ouviu falar de uma figura de linguagem chamada metáfora. Puxa vida, todo mundo sabe que Lula é dado a valer-se delas - e mais, não raro é criticado por isso. É muito simples: muitos vão se ferrar por falta de regulamentação e por exageros liberais dos mercados, que, como sabido, sempre foi controlado por gente bacana. Agora, querem nos países como o do Sr. Brown, que imigrantes terceiro-mundistas ("grosso modo", não-branco de olhos azuis!) paguem o pato, dentre outras injustiças em níveis mais planetários. E por falar nisso, a "elite branca" usada por Cláudio Lembo foi derrapada também? A Eliana Tranchesi provavelmente acha que sim!
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