Pular para o conteúdo principal

Obama e Cuba: rumo certo

Mais uma boa medida de Barack Obama, desta vez no campo das relações com Cuba. O presidente norte-americano vai dando os seus passos no desmonte da herança recebida de George W. Bush e parece estar no caminho certo. Os neocons devem estar verdes de raiva, mas também é mais uma medida prevista no plano de governo, ou seja, promessa cumprida. Este blog começa a apostar que ao final dos quatro ou oito anos da gestão Obama os EUA serão um país bem diferente do que antes de 20 de janeiro de 2009...

Cubanos aplaudem projeto dos EUA que facilita viagens e comércio


Por Rosa Tania Valdés

HAVANA (Reuters) - Os cubanos elogiaram na terça-feira a aprovação no Senado dos EUA de um projeto que alivia ligeiramente as restrições de viagens e comércio contra a ilha, mas disseram esperar mais mudanças com o novo governo de Barack Obama na Casa Branca.

O projeto destina 410 bilhões de dólares para financiar as operações do governo norte-americano até 30 de setembro, incluindo medidas que permitiriam a cubano-americanos visitar a ilha com mais frequência e que facilitariam a venda de alguns produtos agrícolas e medicamentos a Cuba.

Basicamente, o projeto desfaz algumas normas do governo de George W. Bush, que endureceu o embargo comercial contra o regime comunista cubano, em vigor há 47 anos. Havana diz que o embargo é a principal razão para as dificuldades econômicas no país.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

No pior clube

O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda

Abaixo o cancelamento

A internet virou o novo tribunal da inquisição — e isso é péssimo Só se fala na rapper Karol Conká, que saiu do BBB, da Rede Globo, com a maior votação da história do programa. Rejeição de 99,17% não é pouca coisa. A questão de seu comportamento ter sido odioso aos olhos do público não é o principal para mim. Sou o primeiro a reconhecer que errei muitas vezes. Tive atitudes pavorosas com amigos e relacionamentos, das quais me arrependo até hoje. Se alguma das vezes em que derrapei como ser humano tivesse ido parar na internet, o que aconteceria? Talvez tivesse de aprender russo ou mandarim para recomeçar a carreira em paragens distantes. Todos nós já fizemos algo de que não nos orgulhamos, falamos bobagem, brincadeiras de mau gosto etc… Recentemente, o ator Armie Hammer, de Me Chame pelo Seu Nome, sofreu acusações de abuso contra mulheres. Finalmente, através do print de uma conversa, acabou sendo responsabilizado também por canibalismo. Pavoroso. Tudo isso foi parar na internet. Ergue

OCDE e o erro do governo na gestão das expectativas

O assunto do dia nas redes é a tal negativa dos Estados Unidos para a entrada do Brasil na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Enquanto os oposicionistas aproveitam para tripudiar, os governistas tentam colocar panos quentes na questão, alegando que não houve propriamente um veto à presença do Brasil no clube dos grandes, a Série A das nações. Quem trabalha com comunicação corporativa frequentemente escuta a frase "é preciso gerenciar a expectativa dos clientes". O problema todo é que o governo do presidente Bolsonaro vendeu como grande vitória a entrada com apoio de Trump - que não era líquida e certa - do país na OCDE. Ou seja, gerenciou mal a expectativa do cliente, no caso, a opinião pública brasileira. Não deixa de ser irônico que a Argentina esteja entrando na frente, logo o país vizinho cujo próximo governo provavelmente não será dos mais alinhados a Trump. A questão toda é que o Brasil não "perdeu", como o pobre Fla-Flu que impe