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Leitoa não aguenta mais o presidente Lula

O que vai abaixo é o parágrafo final do artigo da colunista Míriam Leitão publicado no jornal O Globo. Não valeria a pena reproduzir o artigo inteiro, repleto de barbaridades contra o presidente, o trecho final deixa claro onde ela quis chegar.
    "Na falação turca, Lula mandou os jornalistas viajarem mais. Os que cobrem a Presidência não fazem outra coisa nos últimos anos. O presidente está convencido de que é o único governante que tem grandeza. Até Pedro II, hoje com suas virtudes reconhecidas pelos republicanos, foi tratado com desprezo e atingido pelas farpas de Lula, o Grande. Seus impulsos, cada vez mais incontidos, mostram que qualquer minuto de seu mandato, além dos oito anos previstos em lei, seria excessivo."
Como diria Roberto Jefferson, Lula parece provocar na jornalista global os instintos mais primitivos. Ora, a popularidade do presidente contradiz a idéia de que "qualquer minuto" de seu mandato seja excessivo, mas a colunista apresenta a sua "tese" com tamanha empáfia que realmente causa espanto que a maioria do povaréu não pense como ela, a iluminada. No fundo, dá até uma certa pena da jornalista: "os cães ladram, a caravana passa", diz o ditado popular. Em um balanço futuro, os artigos de Leitoa terão servido apenas e tão somente para embalar peixe na feira, ao passo que o mandato do presidente Lula terá entrado para a história.

A colunista, porém, não tem muito senso do ridículo e força a mão em frases de efeito como a do último parágrafo de seu texto acima reproduzido. A quantidade de bobagens ditas em passado recente por Míriam Leitão – para não falar nas previsões que jamais se concretizam – é tão grande que este blog sugere aos estudantes de jornalismo que leiam a coluna sempre com muita atenção para aprender o que não fazer no exercício da profissão. Analisando desta forma, até que Míriam tem alguma utilidade para o jornalismo brasileiro...

Comentários

  1. Como você comenta sobre jornalismo, vale a pena ler a entrevista de hoje, na Folha, com Hosmany Ramos. Uma aula na arte de entrevistar. Primeiro, o jornalista começa como bedéu da consciência alheia. Depois, lança brilhantes perguntas do tipo: "você está transando com quem?" Por fim, elabora questões só comparáveis àquelas que alunos de quinta série preparam quando escritores visitam colégios. Taí, é preciso uma mentalidade de quinta série (de escola paulita, alfabetizado no método Caco Galhardo de alfabetização) para ser jornalista da Folha.
    Henrique Rodrigues.

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  2. Boa idéia. Adoto essa técnica com o caseiro que cuida da minha casa na praia, quanto à previsão do tempo. É batata, ele erra todas. É a melhor previsão que conheço. Basta inverter. Mas em compensação sabe assar uma enchova como ninguém, coisa que duvido que a Leitoa saiba fazer.

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