Leitor fiel deste blog, Alexandre Porto envia a mensagem abaixo, publicada na área de comentários:
Nem todo mundo com poupança acima de R$ 50 mil vai pagar IR; depende de sua renda anual. Um aposentado que ganha 1.000,00 por mês pode ter poupança de até 300 mil que continua isento. A parte tributável da poupança será somada aos rendimentos anuais do caboclo. Se não alcançar aquele valor isento, não há o que pagar.
Alexandre está correto. Não é possível saber quantos brasileiros vivem exclusivamente do rendimento do dinheiro que juntaram na poupança, mas a certeza é que esses não serão tributados, salvo em casos em que o dinheiro poupado supere a soma de algumas centenas de milhares de reais, a depender da taxa Selic praticada. O exemplo utilizado por Alexandre em seu blog é bem didático:
Nem todo mundo que tem um saldo acima de R$ 50 mil vai pagar IR. Os rendimentos tributáveis serão somados, na declaração de renda anual, aos rendimentos normais do poupador (aposentadoria, salário etc.). O poupador só vai pagar imposto se essa soma ultrapassar o valor não tributado pelo IR. Por exemplo, vamos considerar os valores das alíquotas de 2009, com isenção total para quem ganhou até R$ 16.500,00 em 2008. Feita as contas, uma poupança de R$ 200.000,00 com a Selic em 9%, vai adicionar aos seus rendimentos algo em torno de R$ 4.500,00. Mas se esta pessoa obteve outros rendimentos menores que R$ 12.000,00 anuais, ela não pagará nada, pois estará isenta.
Evidentemente, quem juntou, digamos, mais de meio milhão de reais e tem uma aposentadoria pequena terá de pagar o IR sobre o total de rendimentos, mas poderá evitar a tributação se retirar o dinheiro da poupança e aplicar em outros fundos. Não devem ser muitos os caos deste tipo, mas eles certamente vão aparecer. A imensa maioria dos poupadores com mais de R$ 50 mil, porém, é gente rica mesmo, que tem outros recursos, dinheiro em outros fundos, na bolsa, além de bens imóveis, moeda estrangeira e otras cositas mais. Este pessoal realmente não ficará desassistido se pagar o IR sobre o rendimento da poupança, mas ainda assim cabe a opção por outros fundos.
A oposição chamar as novas regras de "confisco" é mesmo de um ridículo atroz. Se o ministro Mantega não fosse tão apagado e confuso, já teria feito picadinho da oposição. Contra fatos, como se sabe, não há argumentos...
Nem todo mundo com poupança acima de R$ 50 mil vai pagar IR; depende de sua renda anual. Um aposentado que ganha 1.000,00 por mês pode ter poupança de até 300 mil que continua isento. A parte tributável da poupança será somada aos rendimentos anuais do caboclo. Se não alcançar aquele valor isento, não há o que pagar.
Alexandre está correto. Não é possível saber quantos brasileiros vivem exclusivamente do rendimento do dinheiro que juntaram na poupança, mas a certeza é que esses não serão tributados, salvo em casos em que o dinheiro poupado supere a soma de algumas centenas de milhares de reais, a depender da taxa Selic praticada. O exemplo utilizado por Alexandre em seu blog é bem didático:
Nem todo mundo que tem um saldo acima de R$ 50 mil vai pagar IR. Os rendimentos tributáveis serão somados, na declaração de renda anual, aos rendimentos normais do poupador (aposentadoria, salário etc.). O poupador só vai pagar imposto se essa soma ultrapassar o valor não tributado pelo IR. Por exemplo, vamos considerar os valores das alíquotas de 2009, com isenção total para quem ganhou até R$ 16.500,00 em 2008. Feita as contas, uma poupança de R$ 200.000,00 com a Selic em 9%, vai adicionar aos seus rendimentos algo em torno de R$ 4.500,00. Mas se esta pessoa obteve outros rendimentos menores que R$ 12.000,00 anuais, ela não pagará nada, pois estará isenta.
Evidentemente, quem juntou, digamos, mais de meio milhão de reais e tem uma aposentadoria pequena terá de pagar o IR sobre o total de rendimentos, mas poderá evitar a tributação se retirar o dinheiro da poupança e aplicar em outros fundos. Não devem ser muitos os caos deste tipo, mas eles certamente vão aparecer. A imensa maioria dos poupadores com mais de R$ 50 mil, porém, é gente rica mesmo, que tem outros recursos, dinheiro em outros fundos, na bolsa, além de bens imóveis, moeda estrangeira e otras cositas mais. Este pessoal realmente não ficará desassistido se pagar o IR sobre o rendimento da poupança, mas ainda assim cabe a opção por outros fundos.
A oposição chamar as novas regras de "confisco" é mesmo de um ridículo atroz. Se o ministro Mantega não fosse tão apagado e confuso, já teria feito picadinho da oposição. Contra fatos, como se sabe, não há argumentos...
"Se o ministro Mantega não fosse tão apagado e confuso"
ResponderExcluirNada contra o economista e militante Mantega, que além de competente tem a confiança do presidente é um histórico parceiro de Lula. Foi seu consultor pessoal por muitos anos, nas eleições passadas.
Mas é preciso termos um ministro da Fazenda com melhor capacidade comunicação. E pior, o Meirelles tb é péssimo.
E já antecipo. Fontes palacianas que pediram anonimato (eu adoro essa forma dos jornalistas plantarem boatos) me dizem que o datadilma aponta hoje para dois nomes para o cargo:
Bernardo Appy e Maria Fernanda Ramos Coelho;
Luciano Coutinho corre por fora.
Dilma e Lula estão impressionados com a presidente da Caixa. Trazida ao governo pelo ex-ministro Humberto Costa, ela é hoje "amiga de infância" de Dilma;
Bernardo Appy é o preferido do verdadeiro guru de Lula; cito Antônio Palocci. Appy foi seu secretário executivo e deve ter caído de vez nas graças palacianas com esse pacote da Poupança.
Ele diz mais ou menos assim: "todos os economistas sérios reconhecem que a poupança não pode ser alternativa para especuladores, nem piso para taxas de juros do mercado; mas o pequeno poupador não deve perder a segurança e o estímulo para poupar."
Façam suas apostas.
Excelentes esclarecimentos, muito embora já se soubesse que um governo que prima pela distribuição de renda não faria alterações que afetassem os mais pobres.
ResponderExcluirQuanto ao Mantega, ele é mesmo apagado, e adora levar bronca da Miriam Leitão no ar.