Matéria do jornal O Globo, reproduzida abaixo, revela que a ministra Dilma Rousseff já aparece na casa dos 20% de intenção de votos, no Nordeste, em uma pesquisa encomendada pelo PSDB. A expectativa tucana é que nas próximas enquetes a ministra apareça com os mesmos 20% em âmbito nacional. Não é preciso ser nenhum gênio para perceber que qualquer poste apoiado por Lula terá muito mais do que 20% no Nordeste. O problema real e de difícil mensuração é o potencial para crescer além dos 30%, taxa que o PT tradicionalmente consegue, qualquer que seja o candidato. Lula ultrapassou esta faixa já na primeira eleição presidencial que disputou e sempre conseguiu mais do que o terço petista de votos. De 1989 para cá, o mundo mudou, a classe média e os ricos perderam o "medo de ser feliz" e a eleição de 2010 se anuncia bem diferente das anteriores, a menos que a crise vire tudo de ponta cabeça, o que neste momento parece pouco provável. Sem Lula na urna, a disputa se dará em torno do programa de televisão - quem for mais eficiente vai levar. Bobagem achar que será um "plebiscito" da atual gestão, aprovadíssima pelo povão. Este blog aposta em uma campanha mais "técnica" e muito menos emocionante do que as anteriores.
Sucessão: pesquisas do PSDB mostram crescimento de Dilma
Publicada em 12/05/2009 às 23h46m
Gerson Camarotti e Luiza Damé
BRASÍLIA - Pesquisas encomendadas pelo PSDB no Nordeste indicam crescimento consistente da pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff para a sucessão presidencial de 2010, depois do anúncio de que ela está em tratamento contra um câncer linfático. No Nordeste, ela já teria 20% das intenções de voto, contra cerca de 40% do governador tucano José Serra (SP). A expectativa do PSDB é que, nas próximas pesquisas nacionais, Dilma passe do patamar de 11% a 15% para cerca de 20%, consolidando a polarização com Serra.
Por esses levantamentos, Dilma cresceu tirando votos dos pré-candidatos Ciro Gomes (PSB) e Heloísa Helena (PSOL). A avaliação de tucanos é que a ministra subiu rapidamente nas pesquisas após a grande exposição na mídia nos últimos dias. Além disso, a percepção inicial é que houve uma "humanização" de Dilma. O PSDB ainda não tem uma análise sobre o impacto eleitoral do tratamento de saúde da ministra até 2010.
Impedido de trabalhar imediatamente uma candidatura devido à indefinição entre os governadores José Serra e Aécio Neves (MG), o PSDB montou uma estratégia agressiva para tentar conter a influência eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sobretudo em regiões onde ele tem grande aprovação, como o Nordeste. Agora, a ordem é formar palanques sólidos e ter candidaturas competitivas para barrar o poder de transferência de votos de Lula em favor de Dilma.
A avaliação da cúpula tucana é que hoje o partido não tem nomes naturais e competitivos nos principais estados. Preocupa muito a situação no Rio Grande de Sul, onde a governadora Yeda Crusius está com avaliação sofrível. Mas a direção do PSDB vai ouvir Yeda hoje antes de tomar uma posição sobre as denúncias de caixa dois na campanha eleitoral. Nos bastidores, tucanos já admitem que Yeda não tem condições de tentar a reeleição e já articulam apoio ao prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, possível candidato do PMDB.
Segundo o deputado gaúcho Cláudio Diaz, vice-presidente do PSDB, o partido confia na governadora, mas entende que ela deve conduzir sua defesa:
- O partido não mudou uma vírgula em relação à governadora, confia nela, mas cabe a ela comandar o processo de defesa. Diaz nega que o PSDB esteja "rifando" Yeda na eleição de 2010. Mas tucanos e peemedebistas avaliam que a instalação de uma CPI na Assembleia Legislativa gaúcha fortalecerá a posição do PT, adversário dos dois partidos no estado. A tendência do PMDB é não inviabilizar o governo tucano, mas Yeda não disputaria a reeleição, e o PSDB se aliaria a Fogaça contra o candidato petista, provavelmente o ministro Tarso Genro (Justiça).
Sucessão: pesquisas do PSDB mostram crescimento de Dilma
Publicada em 12/05/2009 às 23h46m
Gerson Camarotti e Luiza Damé
BRASÍLIA - Pesquisas encomendadas pelo PSDB no Nordeste indicam crescimento consistente da pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff para a sucessão presidencial de 2010, depois do anúncio de que ela está em tratamento contra um câncer linfático. No Nordeste, ela já teria 20% das intenções de voto, contra cerca de 40% do governador tucano José Serra (SP). A expectativa do PSDB é que, nas próximas pesquisas nacionais, Dilma passe do patamar de 11% a 15% para cerca de 20%, consolidando a polarização com Serra.
Por esses levantamentos, Dilma cresceu tirando votos dos pré-candidatos Ciro Gomes (PSB) e Heloísa Helena (PSOL). A avaliação de tucanos é que a ministra subiu rapidamente nas pesquisas após a grande exposição na mídia nos últimos dias. Além disso, a percepção inicial é que houve uma "humanização" de Dilma. O PSDB ainda não tem uma análise sobre o impacto eleitoral do tratamento de saúde da ministra até 2010.
Impedido de trabalhar imediatamente uma candidatura devido à indefinição entre os governadores José Serra e Aécio Neves (MG), o PSDB montou uma estratégia agressiva para tentar conter a influência eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sobretudo em regiões onde ele tem grande aprovação, como o Nordeste. Agora, a ordem é formar palanques sólidos e ter candidaturas competitivas para barrar o poder de transferência de votos de Lula em favor de Dilma.
A avaliação da cúpula tucana é que hoje o partido não tem nomes naturais e competitivos nos principais estados. Preocupa muito a situação no Rio Grande de Sul, onde a governadora Yeda Crusius está com avaliação sofrível. Mas a direção do PSDB vai ouvir Yeda hoje antes de tomar uma posição sobre as denúncias de caixa dois na campanha eleitoral. Nos bastidores, tucanos já admitem que Yeda não tem condições de tentar a reeleição e já articulam apoio ao prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, possível candidato do PMDB.
Segundo o deputado gaúcho Cláudio Diaz, vice-presidente do PSDB, o partido confia na governadora, mas entende que ela deve conduzir sua defesa:
- O partido não mudou uma vírgula em relação à governadora, confia nela, mas cabe a ela comandar o processo de defesa. Diaz nega que o PSDB esteja "rifando" Yeda na eleição de 2010. Mas tucanos e peemedebistas avaliam que a instalação de uma CPI na Assembleia Legislativa gaúcha fortalecerá a posição do PT, adversário dos dois partidos no estado. A tendência do PMDB é não inviabilizar o governo tucano, mas Yeda não disputaria a reeleição, e o PSDB se aliaria a Fogaça contra o candidato petista, provavelmente o ministro Tarso Genro (Justiça).
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