No início da crise financeira global, o maior temor dos economistas era que o câmbio sofresse as consequências mais pesadas – muita gente dava como líquida e certa uma megadesvalorização do real. Pois não é que menos de seis meses depois do início da fase aguda da crise o Banco Central brasileiro tem de intervir no mercado para evitar que a moeda brasileira se valorize demais? Pode parecer incrível, mas foi o que aconteceu hoje, o BC realizou operações de swap reverso para evitar que o real se valorize em demasia, conforme mostra a matéria abaixo, da Agência Estado. O fato mostra não que a crise acabou por aqui, mas que as expectativas dos economistas estão sendo quase todas desmoralizadas pelos acontecimentos...
Depois de 8 meses, BC atua e dólar sobe; Bolsa fecha em alta
BC troca papéis que pagam juros por títulos indexados a dólar. Com isso, moeda americana tende a subir
SÃO PAULO - O dólar inverteu o movimento de queda apresentado nos primeiros negócios e fechou em alta ante o real nesta terça-feira, 5, após o Banco Central realizar um leilão de títulos (swap cambial reverso). Nesta operação, o Banco Central troca papéis que pagam juros por títulos indexados a dólar. Reduzindo a oferta de moeda norte-americana no mercado, a tendência é de alta para o dólar. Este tipo de operação não era realizada desde setembro do ano passado.
Com a atuação do Banco Central, a moeda norte-americana encerrou a sessão em alta de 1,03%, cotada a R$ 2,148 para venda, após cair 1,17% no início do dia. Na véspera, o dólar atingiu o menor patamar de fechamento desde o início de novembro.
"O real está exibindo uma valorização muito rápida (ante o dólar). Talvez isso deixe o BC um pouco 'desconfortável', o que pode ter reforçado a decisão pelo leilão", avaliou Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio.
O BC vendeu todos os 67.600 contratos ofertados ao mercado, numa operação equivalente a 3,412 bilhões de dólares. Nesse tipo de operação, o mercado ganha quando a variação do juro supera a do dólar.
"Nos níveis de R$ 2,20, tanto o exportador quanto o importador estão no mercado. Abaixo disso, o exportador começa a achar ruim", acrescentou Galhardo.
O gerente de câmbio acredita que a atuação do BC ocorreu basicamente para não deixar o exportador desguarnecido em um cenário ainda de crise. De acordo com o analista, o dólar em torno de R$ 2,10 não favorece a empresas que exportam.
Galhardo afirmou ainda que, mantendo-se a percepção de que o Brasil está com sua economia mais preparada em meio à crise, provavelmente haverá um forte ingresso de capitais para o País, o que pode forçar uma trajetória de queda do dólar.
Nessas circunstâncias, Galhardo não descarta a possibilidade de o BC realizar um leilão de compra de dólares no mercado à vista, operação não efetuada desde meados de setembro.
Bolsas
Nos Estados Unidos, as bolsas de valores operavam em baixa no fim da tarde, à medida que investidores aproveitavam para embolsar lucros depois das recentes altas. No Brasil, o principal indicador da Bovespa descolou de Wall Street e fechou em alta de 0,53%, após a forte alta da véspera.
Depois de 8 meses, BC atua e dólar sobe; Bolsa fecha em alta
BC troca papéis que pagam juros por títulos indexados a dólar. Com isso, moeda americana tende a subir
SÃO PAULO - O dólar inverteu o movimento de queda apresentado nos primeiros negócios e fechou em alta ante o real nesta terça-feira, 5, após o Banco Central realizar um leilão de títulos (swap cambial reverso). Nesta operação, o Banco Central troca papéis que pagam juros por títulos indexados a dólar. Reduzindo a oferta de moeda norte-americana no mercado, a tendência é de alta para o dólar. Este tipo de operação não era realizada desde setembro do ano passado.
Com a atuação do Banco Central, a moeda norte-americana encerrou a sessão em alta de 1,03%, cotada a R$ 2,148 para venda, após cair 1,17% no início do dia. Na véspera, o dólar atingiu o menor patamar de fechamento desde o início de novembro.
"O real está exibindo uma valorização muito rápida (ante o dólar). Talvez isso deixe o BC um pouco 'desconfortável', o que pode ter reforçado a decisão pelo leilão", avaliou Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio.
O BC vendeu todos os 67.600 contratos ofertados ao mercado, numa operação equivalente a 3,412 bilhões de dólares. Nesse tipo de operação, o mercado ganha quando a variação do juro supera a do dólar.
"Nos níveis de R$ 2,20, tanto o exportador quanto o importador estão no mercado. Abaixo disso, o exportador começa a achar ruim", acrescentou Galhardo.
O gerente de câmbio acredita que a atuação do BC ocorreu basicamente para não deixar o exportador desguarnecido em um cenário ainda de crise. De acordo com o analista, o dólar em torno de R$ 2,10 não favorece a empresas que exportam.
Galhardo afirmou ainda que, mantendo-se a percepção de que o Brasil está com sua economia mais preparada em meio à crise, provavelmente haverá um forte ingresso de capitais para o País, o que pode forçar uma trajetória de queda do dólar.
Nessas circunstâncias, Galhardo não descarta a possibilidade de o BC realizar um leilão de compra de dólares no mercado à vista, operação não efetuada desde meados de setembro.
Bolsas
Nos Estados Unidos, as bolsas de valores operavam em baixa no fim da tarde, à medida que investidores aproveitavam para embolsar lucros depois das recentes altas. No Brasil, o principal indicador da Bovespa descolou de Wall Street e fechou em alta de 0,53%, após a forte alta da véspera.
Luiz, este eu considero mais um escândalo encarnado por nossa imprensa: saiu no Estado de SP de hoje (http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090505/not_imp365446,0.php) e está no site do Governo do Estado a informação de que o Estado criou 98% das 34 mil vagas formais no Brasil em 2009. Quanta ingenuidade! TODOS sabemos que o que é divulgado pelo Caged é o saldo de vagas e isso significa duas coisas básicas: 1)o número de cada Estado é o resultado das admissões menos as demissões; e 2) o resultado geral do país é a soma dos resultados de todos os Estados, somando-se tanto os valores positivos como negativos. Logo, assim como SP, outros Estados em março tiveram mais admissões que demissões, como Goiás (8 mil), DF (3,3 mil), MG (9,4 mil), RJ (7,5 mil) etc. Ou seja, a contribuição de SP OBVIAMENTE não é de 98% como os jornais quiseram fazer acreditar (incrível como a qualidade do jornalismo hoje está sendo nivelada por baixo por aqueles que deveriam ditar os verdadeiros padrões de qualidade...). É o 2º caso imperdoável de manipulação escancarada de informação que vejo recentemente (o outro é o do cálculo mágico da Fiesp sobre o PIB brasileiro).
ResponderExcluir