Realmente chama atenção o fato do Banco do Brasil ter aumentado as taxas de juros cobradas de seus clientes depois da troca do presidente da instituição, que saiu justamente porque as taxas estavam mais altas do que o governo julgava razoável. Parece até sabotagem, mas não é possível que o pessoal do BB não imagine que a mídia vai ficar no pé, acompanhando a variação das taxas para conferir se o governo conseguiu o que pretendia com a troca. É claro que se as taxas tivessem caído, os jornalões estariam manchetando a "ação política" do PT no Banco do Brasil e qualificando a eventual queda de "artificial" ou de "lesiva aos interesses dos acionistas", mas isto não importa. Importa que manda quem pode, obedece quem tem juízo: se Lula estava irritado com as taxas cobradas e trocou o principal dirigente da instituição para permitir a queda dos juros, é melhor que eles caiam. Porque certamente o governo não vai aceitar uma desmoralização pública desta magnitude...
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
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