O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho deixa oficialmente amanhã o PMDB para integrar o PR. Deve carregar alguns correligionários, outros permanecerão peemedebistas por causa da legislação da fidelidade partidária. Como Garotinho não tem mandato, ele pode se mover livremente, pois não perde cargo algum. O que se diz nos bastidores político do Rio é que Garotinho mudou de legenda para poder disputar o governo do Estado. Justo, até porque já faz tempo que ele perdeu o controle do PMDB local para Sergio Cabral, portanto dificilmente teria a legenda para concorrer, mesmo que Cabral se tornasse candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff.
É claro que tudo faz muito sentido, mas há uma hipótese alternativa que pouca gente leva em consideração. Se a crise financeira mundial se agravar e/ou tiver um repique forte em 2010, Garotinho pode perfeitamente mudar os seus planos e disputar a presidência da República. É certo que ele saiu muito chamuscado na última campanha, quando não conseguiu a legenda do PMDB para disputar a presidência após uma capa da revista Veja que matou a sua pré-candidatura, mas quem acompanhou a eleição de 2002 de perto certamente vai se lembrar da atuação bastante incisiva de Garotinho, que chegou a passar José Serra nas pesquisas de opinião.
Dono de uma retórica invejável, muitíssimo melhor do que a de todos os demais pré-candidatos, menos radical do que a histriônica Heloísa Helena, Garotinho teria tudo para crescer em um cenário de crise profunda. Não dá para dizer que ele poderia ser um novo Collor, porque não conta com a simpatia da mídia, mas a comparação com Jânio da Silva Quadros talvez caiba. Neopopulista de mão cheia, Garotinho só precisa estar em paz com a Justiça para ter reais chances na disputa. É um nome para não ser subestimado.
É claro que tudo faz muito sentido, mas há uma hipótese alternativa que pouca gente leva em consideração. Se a crise financeira mundial se agravar e/ou tiver um repique forte em 2010, Garotinho pode perfeitamente mudar os seus planos e disputar a presidência da República. É certo que ele saiu muito chamuscado na última campanha, quando não conseguiu a legenda do PMDB para disputar a presidência após uma capa da revista Veja que matou a sua pré-candidatura, mas quem acompanhou a eleição de 2002 de perto certamente vai se lembrar da atuação bastante incisiva de Garotinho, que chegou a passar José Serra nas pesquisas de opinião.
Dono de uma retórica invejável, muitíssimo melhor do que a de todos os demais pré-candidatos, menos radical do que a histriônica Heloísa Helena, Garotinho teria tudo para crescer em um cenário de crise profunda. Não dá para dizer que ele poderia ser um novo Collor, porque não conta com a simpatia da mídia, mas a comparação com Jânio da Silva Quadros talvez caiba. Neopopulista de mão cheia, Garotinho só precisa estar em paz com a Justiça para ter reais chances na disputa. É um nome para não ser subestimado.
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