Matéria abaixo, da Folha Online, mostra um tipo de convergência que só faz bem ao país. Os blogs direitistas já sentiram o golpe...
Ao lado de Dilma, Serra diz que sua ficha no Dops possuía informação errada
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Apontados como pré-candidatos do PT e PSDB à Presidência da República em 2010, o governador José Serra (SP) e a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ficaram lado a lado nesta quarta-feira durante cerimônia de assinatura de projeto de lei que modifica o acesso a informações públicas do governo. Ex-militantes de grupos de esquerda, Serra e Dilma defenderam a divulgação dos documentos do período militar.
Ao tomar a palavra, Dilma elogiou o governo de São Paulo por ter sido o primeiro a divulgar, publicamente, documentos referentes ao período militar. Em uma saudação dirigida ao governador, Dilma disse que São Paulo se "soma" à iniciativa do governo federal para tornar públicas informações relevantes à população.
Serra, por sua vez, disse que São Paulo foi o primeiro Estado a abrir os arquivos da ditadura militar. O governador leu fichas encontradas nos arquivos do Dops (órgão de repressão à resistência contra a ditadura) nos quais o seu próprio nome foi citado. "Ficha que eu teria chorado na comemoração da visita do [Iuri] Gagarin [cosmonauta russo] em cerimônia na biblioteca de São Paulo. Mas eu não tinha a menor simpatia pela União Soviética. Imagina, chorar ao lado do embaixador por casa do Gagarin. E está lá registrado", disse.
Serra elogiou a iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em enviar ao Congresso Nacional projeto de lei que regulamenta o acesso às informações públicas, entre elas documentos referentes ao período da ditadura. "Eu sou ardoroso defensor de que as coisas sejam cada vez mais conhecidas", afirmou.
Dilma, por sua vez, afirmou que os atos de abertura de documentos públicos "significam a garantia de que o passado, assim como o presente e o futuro, serão objeto de uma ação de transparência pelo Estado nacional".
O encontro entre Serra e Dilma motivou comentário do secretário dos Direitos Humanos, Paulo Vannucchi, que lembrou que os dois são os principais pré-candidatos à Presidência. "Quero destacar o simbolismo de estarem a ministra Dilma e o governador Serra juntos, duas figuras que a imprensa aponta como fortes candidatos [à Presidência], e asseguram com a sua presença o compromisso de que a caminhada é do Estado brasileiro, não importa a disputa pelo poder, cuja alternância é sempre saudável na vida democrática", disse.
Ao lado de Dilma, Serra diz que sua ficha no Dops possuía informação errada
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Apontados como pré-candidatos do PT e PSDB à Presidência da República em 2010, o governador José Serra (SP) e a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ficaram lado a lado nesta quarta-feira durante cerimônia de assinatura de projeto de lei que modifica o acesso a informações públicas do governo. Ex-militantes de grupos de esquerda, Serra e Dilma defenderam a divulgação dos documentos do período militar.
Ao tomar a palavra, Dilma elogiou o governo de São Paulo por ter sido o primeiro a divulgar, publicamente, documentos referentes ao período militar. Em uma saudação dirigida ao governador, Dilma disse que São Paulo se "soma" à iniciativa do governo federal para tornar públicas informações relevantes à população.
Serra, por sua vez, disse que São Paulo foi o primeiro Estado a abrir os arquivos da ditadura militar. O governador leu fichas encontradas nos arquivos do Dops (órgão de repressão à resistência contra a ditadura) nos quais o seu próprio nome foi citado. "Ficha que eu teria chorado na comemoração da visita do [Iuri] Gagarin [cosmonauta russo] em cerimônia na biblioteca de São Paulo. Mas eu não tinha a menor simpatia pela União Soviética. Imagina, chorar ao lado do embaixador por casa do Gagarin. E está lá registrado", disse.
Serra elogiou a iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em enviar ao Congresso Nacional projeto de lei que regulamenta o acesso às informações públicas, entre elas documentos referentes ao período da ditadura. "Eu sou ardoroso defensor de que as coisas sejam cada vez mais conhecidas", afirmou.
Dilma, por sua vez, afirmou que os atos de abertura de documentos públicos "significam a garantia de que o passado, assim como o presente e o futuro, serão objeto de uma ação de transparência pelo Estado nacional".
O encontro entre Serra e Dilma motivou comentário do secretário dos Direitos Humanos, Paulo Vannucchi, que lembrou que os dois são os principais pré-candidatos à Presidência. "Quero destacar o simbolismo de estarem a ministra Dilma e o governador Serra juntos, duas figuras que a imprensa aponta como fortes candidatos [à Presidência], e asseguram com a sua presença o compromisso de que a caminhada é do Estado brasileiro, não importa a disputa pelo poder, cuja alternância é sempre saudável na vida democrática", disse.
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