De um leitor do blog, anônimo, em comentário à nota anterior:
Luiz, este eu considero mais um escândalo encarnado por nossa imprensa: saiu no Estado de SP de hoje e está no site do Governo do Estado a informação de que o Estado criou 98% das 34 mil vagas formais no Brasil em 2009. Quanta ingenuidade! TODOS sabemos que o que é divulgado pelo Caged é o saldo de vagas e isso significa duas coisas básicas: 1) o número de cada Estado é o resultado das admissões menos as demissões; e 2) o resultado geral do país é a soma dos resultados de todos os Estados, somando-se tanto os valores positivos como negativos. Logo, assim como SP, outros Estados em março tiveram mais admissões que demissões, como Goiás (8 mil), DF (3,3 mil), MG (9,4 mil), RJ (7,5 mil) etc. Ou seja, a contribuição de SP OBVIAMENTE não é de 98%, como os jornais quiseram fazer acreditar (incrível como a qualidade do jornalismo hoje está sendo nivelada por baixo por aqueles que deveriam ditar os verdadeiros padrões de qualidade...). É o 2º caso imperdoável de manipulação escancarada de informação que vejo recentemente (o outro é o do cálculo mágico da Fiesp sobre o PIB brasileiro).
A afirmação do leitor está tecnicamente correta. A matéria do Estadão mistura duas coisas: diz que São Paulo gerou 34.231 vagas de trabalho em março (o que está correto) e compara com o saldo de 34.818 vagas abertas em todo o país. Ora, o correto seria comparar os dois saldos, pois não faz sentido que outros estados, como os citados pelo leitor, tenham apresentado saldo positivo superior à diferença entre os números do Estadão. É bastante simples, na verdade: a conta não fecha. Se o saldo de São Paulo fosse as tais 34 mil vagas, este montante somado aos números de vagas dos demais estados com saldo positivo (GO, DF, MF e RJ, para ficar só nos citados pelo leitor) não poderia ser 34.818. No fundo, a matéria do Estadão está inteirinha errada e desde o princípio, que foi a comparação de bancos de dados diferentes (Caged, Seade e Fipe). Não foi desta vez, portanto, que o super Serra pôde se apresentar como salvador dos empregos no Brasil.
Luiz, este eu considero mais um escândalo encarnado por nossa imprensa: saiu no Estado de SP de hoje e está no site do Governo do Estado a informação de que o Estado criou 98% das 34 mil vagas formais no Brasil em 2009. Quanta ingenuidade! TODOS sabemos que o que é divulgado pelo Caged é o saldo de vagas e isso significa duas coisas básicas: 1) o número de cada Estado é o resultado das admissões menos as demissões; e 2) o resultado geral do país é a soma dos resultados de todos os Estados, somando-se tanto os valores positivos como negativos. Logo, assim como SP, outros Estados em março tiveram mais admissões que demissões, como Goiás (8 mil), DF (3,3 mil), MG (9,4 mil), RJ (7,5 mil) etc. Ou seja, a contribuição de SP OBVIAMENTE não é de 98%, como os jornais quiseram fazer acreditar (incrível como a qualidade do jornalismo hoje está sendo nivelada por baixo por aqueles que deveriam ditar os verdadeiros padrões de qualidade...). É o 2º caso imperdoável de manipulação escancarada de informação que vejo recentemente (o outro é o do cálculo mágico da Fiesp sobre o PIB brasileiro).
A afirmação do leitor está tecnicamente correta. A matéria do Estadão mistura duas coisas: diz que São Paulo gerou 34.231 vagas de trabalho em março (o que está correto) e compara com o saldo de 34.818 vagas abertas em todo o país. Ora, o correto seria comparar os dois saldos, pois não faz sentido que outros estados, como os citados pelo leitor, tenham apresentado saldo positivo superior à diferença entre os números do Estadão. É bastante simples, na verdade: a conta não fecha. Se o saldo de São Paulo fosse as tais 34 mil vagas, este montante somado aos números de vagas dos demais estados com saldo positivo (GO, DF, MF e RJ, para ficar só nos citados pelo leitor) não poderia ser 34.818. No fundo, a matéria do Estadão está inteirinha errada e desde o princípio, que foi a comparação de bancos de dados diferentes (Caged, Seade e Fipe). Não foi desta vez, portanto, que o super Serra pôde se apresentar como salvador dos empregos no Brasil.
Aqui está o link do texto no site do Governo do Estado: http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/lenoticia.php?id=200868&c=6
ResponderExcluirE continuando, Luiz, podemos afirmar com base neste texto que quem vai mesmo mal é o próprio Estado de SP, uma vez que somente duas cidades já respondem por 2/3 dos empregos gerados no Estado. Se esse texto fosse mesmo verdadeiro, o que seriam das outras 650 cidades? Estariam na mesma? Passariam o mês de março demitindo o mesmo número de pessoas que admitiram? O que é curioso é que uma conta básica já destruiria esses argumentos (aliás, uma pena ver pessoas de instituições renomadas, como a Fipe, participando dessa manipulação, o que nos faz, agora, ter um pé atrás até mesmo com essas "fontes"): Se SP responde por 98% do saldo de 34 mil empregos gerados e se o RJ gerou 7,5 mil (algo em torno de 25%), logo 98% + 25% = 123%, ou seja superior ao total de 100%. E ainda o Governo tem a coragem de se orgulhar do tal Observatório. Para fazer uma visão infantil dos dados? Para querer dizer que: 1) É graças a SP que o Brasil gera empregos? e 2) A retomada do nível de emprego é fraca porque são são gerados postos para cortadores de cana?
Mr. Burns no governo e Mr. Magoo neste Observatório!
E como ficaria se se fizesse a estatística do "fechamento" de vagas no período: o número total e o número de São Paulo? Não vi os dados, mas não estranharia que o Estado do Super-Serra parecesse como o grande eliminador de uma porcentagem bem alta de vagas, desde que se usasse, é claro, o mesmo "critério" (com todas as aspas possíveis) que se utilizou na parte da criação de vagas.
ResponderExcluirP.S.: e o pior é que a TV Minuto, que funciona no metrô, na quarta-feira repetiu "ad nauseam" essa notícia mentirosa. Isso é grave, pois o Metrô é autarquia ligada ao governo paulista.