Das três grandes revistas semanais, duas (Época e IstoÉ) estão dando a capa para a candidatura presidencial de Marina Silva. A outra - Veja - preferiu destacar a guerra entre Rede Globo e a Igreja Universal do Reino de Deus. A ausência da crise do Senado Federal nos semanários é sintomática. Nos jornalões também já não se vê tantas matérias sobre os problemas do Congresso. A Câmara conseguiu passar praticamente incólume ao tiroteio e o presidente José Sarney (PMDB-AP) aparentemente está pacificando os ânimos na Casa. Pelo visto, a crise no parlamento brasileiro vai terminar junto com a gripe suína, no fim do inverno. Até lá, porém, pode ser que aconteça algum "repique" (de óbitos e denúncias). Da primavera em diante, porém, a crise estará esquecida e a campanha presidencial começará a correr solta e tenderá a se tornar o grande assunto da cobertura política.
O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda
O pior é que é verdade. Daqui a pouco tudo virou fumaça.
ResponderExcluir"Salve salve" a "democracia" "liberal' capitalista"
ResponderExcluirHahahahaha...
O Legislativo vive em crise desde que é Legislativo, alternando períodos mais tensos no Senado, em outras épocas na Câmara e, as vezes nas 2 casas. O oba-oba do #ForaSarney gritado no Twitter por pseudo-celebridades tentou influenciar a população, como se todo tipo de corrupção estivesse ocorrendo na "Era Lula". Não viveram, não foram informados ou ignoraram simplesmente áureos tempos do Centrão (presidente Sarney!), votação da reeleição do FHC (Ronivon, Hildebrando Motosserra, bando dos pfl/demos), sem falar do bipartidarismo em que um partido monstruoso chamado Arena (e o Sarney era o tal!) garantiu a ditadura militar por muitos anos. Tudo isso prá dizer que o buraco é mais embaixo.
ResponderExcluirViu a pesquisa Datafolha? Embora o foco dado seja do possível "efeito Marina", é preciso dizer que, apesar de toda a malhação do Senado, promovida supostamente pelo staff do candidato que ainda lidera as intenções, os índices da candidata do governo não se alteraram. E ainda há muito, muito a se comparar entre os progressos de ambos os governos.
ResponderExcluirCaros do Blog,
ResponderExcluirLeiam no blog Terra Goyazes, o excelente post: Blogosfera violentou o esgoto do PIG!
Roberto
Na minha opinião para existir democracia acho que não é nescessario o Senado, principalmente o nosso, onde cada Senador tem mais ou menos 100 criados com gordos salarios, com mordomias de Reis, o dinheiro gasto la daria para acabar com a pobreza do Pais em 10 anos.
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