Pular para o conteúdo principal

Coisas estranhas do caso Dilma-Lina

A Folha de S. Paulo publicou uma matéria nesta quinta-feira revelando que a chefe de gabinete de Lina Vieira, ex-secretária da Receita Federal, confirmou o encontro da ministra Dilma Rousseff com Lina, no qual, segundo a ex-secretária, foi pedido "mais agilidade" na apuração de certos casos envolvendo familiares do presidente do Senado, José Sarney (PMDB). O que mais chama atenção na matéria é que Iraneth Dias Weiler, a chefe de gabinete, não se lembra da data da reunião. Lina também não lembra. Não deixa de ser engraçado que as duas sejam tão assertivas quanto ao encontro, mas não se lembrem da data em que ele aconteceu. Se fosse o motorista que levou dona Lina ao Planalto, ainda vá lá, seria compreensível. Mas a chefe de gabinete não tomar nota das datas das reuniões da ex-secretária é meio esquisito. Como diria o rei Pelé, essa turma está precisando tomar Vitasay...

Comentários

  1. Pode não ser nada, mas tb pode ser o contrário, o fato que a Sra. Iraneth Weiler foi doadora da campanha do FHC. Uma rápida pesquisa no google revela isso.

    ResponderExcluir
  2. Xi, nem dê essa ideia de motorista que já teve presidente que se deu mal com isso, não foi? Agora, muito "bunitxinha" a chamada no UOL dizendo que o Simon, nosso pré-sal de ética, pensa em renunciar ao seu mandato. Nessa tentativa de fazer como o imperador no dia do fico, acho que ele deveria, na verdade, optar pelo caminho de Getúlio Vargas...
    (Desculpem-se se nos dois casos acima houver erros de História...)

    ResponderExcluir
  3. Ou então é mais um factóide pra manter o governo nas cordas.

    ResponderExcluir
  4. É patético que uma ministra esteja sendo cobrada por ter pedido mais agilidade num serviço. Ainda mais ridículo é que a mídia diz que agilidade é a mesma coisa que querer abafar o caso. Mas no vale tudo para derrubar o Lula (agora, para não eleger Dilma) o PIG perdeu todo senso de razão.

    ResponderExcluir
  5. Qualquer coisa vale; desde que traga algum prejuízo a imagem de Dilma!
    Essa pilantra é Tucana de Alta plumagem; portanto, não deveria deixar passar em "branco"; tem que processar essa gatunagem!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

O Entrelinhas não censura comentaristas, mas não publica ofensas pessoais e comentários com uso de expressões chulas. Os comentários serão moderados, mas são sempre muito bem vindos.

Postagens mais visitadas deste blog

Abaixo o cancelamento

A internet virou o novo tribunal da inquisição — e isso é péssimo Só se fala na rapper Karol Conká, que saiu do BBB, da Rede Globo, com a maior votação da história do programa. Rejeição de 99,17% não é pouca coisa. A questão de seu comportamento ter sido odioso aos olhos do público não é o principal para mim. Sou o primeiro a reconhecer que errei muitas vezes. Tive atitudes pavorosas com amigos e relacionamentos, das quais me arrependo até hoje. Se alguma das vezes em que derrapei como ser humano tivesse ido parar na internet, o que aconteceria? Talvez tivesse de aprender russo ou mandarim para recomeçar a carreira em paragens distantes. Todos nós já fizemos algo de que não nos orgulhamos, falamos bobagem, brincadeiras de mau gosto etc… Recentemente, o ator Armie Hammer, de Me Chame pelo Seu Nome, sofreu acusações de abuso contra mulheres. Finalmente, através do print de uma conversa, acabou sendo responsabilizado também por canibalismo. Pavoroso. Tudo isso foi parar na internet. Ergue

Rogério Andrade, o rei do bicho

No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And

OCDE e o erro do governo na gestão das expectativas

O assunto do dia nas redes é a tal negativa dos Estados Unidos para a entrada do Brasil na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Enquanto os oposicionistas aproveitam para tripudiar, os governistas tentam colocar panos quentes na questão, alegando que não houve propriamente um veto à presença do Brasil no clube dos grandes, a Série A das nações. Quem trabalha com comunicação corporativa frequentemente escuta a frase "é preciso gerenciar a expectativa dos clientes". O problema todo é que o governo do presidente Bolsonaro vendeu como grande vitória a entrada com apoio de Trump - que não era líquida e certa - do país na OCDE. Ou seja, gerenciou mal a expectativa do cliente, no caso, a opinião pública brasileira. Não deixa de ser irônico que a Argentina esteja entrando na frente, logo o país vizinho cujo próximo governo provavelmente não será dos mais alinhados a Trump. A questão toda é que o Brasil não "perdeu", como o pobre Fla-Flu que impe