Mereceu uma notinha de 273 palavras a notícia de que a popularidade do presidente Lula permeneceu estável, segundo pesquisa do instituto Datafolha, mesmo com as crises econômicas e do Congresso Nacional. A Folha editou a tal nota em uma página no final do primeiro caderno, ao lado de um anúncio enorme. A isto se chama "esconder a matéria", que obviamente merecia destaque maior. Segundo o instituto do jornal, Lula é avaliado positivamente por 67% dos entrevistados, ao passo que 25% acham o governo regular. Apenas 8% consideram o governo ruim ou péssimo. Conforme a nota do jornal, o presidente está 3 pontos percentuais abaixo do seu recorde de 70%, segundo a metodologia do Datafolha. Dá para imaginar como estaria se as duas crises não tivessem acontecido?
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
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