Abaixo, mais um artigo do autor deste blog para o Observatório da Imprensa.
MERCADO EDITORIAL
Novo jornal de economia será
brasileiro e vai se inspirar no FT
Por Luiz Antonio Magalhães em 13/8/2009
A notícia do lançamento de um jornal "português" de economia no Brasil, ligado ao Diário Económico editado em Lisboa, se tornou um dos assuntos mais comentados nas redações e agências de publicidade nas últimas semanas. O mistério que envolve a publicação é grande, até agora não houve anúncio formal sobre o novo título, cujo nome também não foi definido, mas o jornalista Ricardo Galuppo garante que o jornal estará nas bancas neste ano. Mineiro de Curvelo, com passagens nas revistas Forbes, Exame e Veja, Galuppo tem 50 anos e está no comando da montagem da operação. "Será um jornal brasileiro de economia e negócios, com olhos e ouvidos para o mercado brasileiro", esclarece desde logo o futuro diretor de redação do novo jornal.
A participação do grupo Ongoing, dono do Diário Económico e de outros negócios de mídia em Portugal e Angola, respeitará a legislação brasileira e se limitará aos 30% do capital da empresa responsável pela edição do novo jornal. Segundo Galuppo, uma família luso-brasileira está negociando e montando a operação brasileira junto ao grupo Ongoing. Ele descarta a compra da Gazeta Mercantil e diz que todos os executivos serão brasileiros, inclusive o presidente da empresa.
Segundo informações da imprensa portuguesa, o presidente da Ongoing, Nuno Vasconcellos, está trabalhando para internacionalizar a empresa, que pretende ser referência em jornalismo econômico no eixo Lisboa-São Paulo-Luanda. Vasconcellos tem parentes no Brasil, o que poderia resolver a questão da nacionalidade do capital, mas ele próprio tem dito aos jornais locais que negocia uma parceria no Brasil.
Outra inspiração
Ricardo Galuppo conta que já começou a convidar alguns profissionais para integrar o time, mas não pode ainda anunciar os nomes porque os contratos não foram celebrados. Adiantou, porém, que Bonifácio Placeres, o Peninha, será o diretor de arte e já está trabalhando no projeto gráfico. "Teremos uma equipe de primeira linha", diz Galuppo. A sede do jornal, explica, será em São Paulo, mas o local exato também não foi definido, as negociações estão em andamento. No início, haverá sucursais no Rio de Janeiro e Brasília e correspondentes em algumas capitais, mas ao longo de 2010 outras sucursais serão implantadas.
Sobre o conteúdo do jornal, Galuppo pôde falar um pouco mais. Sua idéia é criar um modelo diferente do adotado pelos jornais de economia que circulam no país. "Será uma revista diária de economia", afirma. Ricardo Galuppo explica que a idéia central do projeto é criar um veículo que registre o momento de amadurecimento da economia brasileira, com a possibilidade, inclusive, de levar informações sobre o Brasil para Europa e África, uma vez que tanto o Diário Económico quanto o semanário econômico Expansão, de Angola, poderão utilizar o material produzido no Brasil.
O futuro diretor de redação avalia que os jornais econômicos brasileiros – Valor, a extinta Gazeta Mercantil, DCI e outros – têm como paradigma o norte-americano The Wall Street Journal, ao passo que o novo jornal deverá se inspirar no britânico Financial Times. "Nosso foco será nos negócios, no empreendedorismo, em fornecer ferramentas úteis para o processo decisório", explica.
Novo título
Galuppo admite que o fechamento da Gazeta Mercantil serviu como estímulo para a entrada de novos players no mercado de jornais econômicos – não apenas do grupo Ongoing – e acredita que há espaço para mais de um jornal específico e de circulação nacional. Ele elogia o trabalho realizado pela equipe do principal concorrente, o Valor Econômico, que define como de "altíssimo nível", com excelentes profissionais. Galuppo conta que o tamanho da sua redação não deverá ser o mesmo do Valor, que tem hoje mais de 100 jornalistas, mas também não será enxuta como a dos demais diários econômicos. Questionado se há excesso de oferta de talentos após o fechamento da GZM, Galuppo explicou que a montagem do time está em fase ainda muito inicial e esquivou-se de detalhar as atuais condições do mercado de trabalho para jornalistas.
O nome do novo jornal ainda não foi definido porque Diário Econômico está patenteado no Brasil e só poderá ser utilizado mediante negociação para a compra do título. Outros nomes estão sendo estudados, conta Galuppo, que promete novidades sobre o projeto para as próximas semanas.
MERCADO EDITORIAL
Novo jornal de economia será
brasileiro e vai se inspirar no FT
Por Luiz Antonio Magalhães em 13/8/2009
A notícia do lançamento de um jornal "português" de economia no Brasil, ligado ao Diário Económico editado em Lisboa, se tornou um dos assuntos mais comentados nas redações e agências de publicidade nas últimas semanas. O mistério que envolve a publicação é grande, até agora não houve anúncio formal sobre o novo título, cujo nome também não foi definido, mas o jornalista Ricardo Galuppo garante que o jornal estará nas bancas neste ano. Mineiro de Curvelo, com passagens nas revistas Forbes, Exame e Veja, Galuppo tem 50 anos e está no comando da montagem da operação. "Será um jornal brasileiro de economia e negócios, com olhos e ouvidos para o mercado brasileiro", esclarece desde logo o futuro diretor de redação do novo jornal.
A participação do grupo Ongoing, dono do Diário Económico e de outros negócios de mídia em Portugal e Angola, respeitará a legislação brasileira e se limitará aos 30% do capital da empresa responsável pela edição do novo jornal. Segundo Galuppo, uma família luso-brasileira está negociando e montando a operação brasileira junto ao grupo Ongoing. Ele descarta a compra da Gazeta Mercantil e diz que todos os executivos serão brasileiros, inclusive o presidente da empresa.
Segundo informações da imprensa portuguesa, o presidente da Ongoing, Nuno Vasconcellos, está trabalhando para internacionalizar a empresa, que pretende ser referência em jornalismo econômico no eixo Lisboa-São Paulo-Luanda. Vasconcellos tem parentes no Brasil, o que poderia resolver a questão da nacionalidade do capital, mas ele próprio tem dito aos jornais locais que negocia uma parceria no Brasil.
Outra inspiração
Ricardo Galuppo conta que já começou a convidar alguns profissionais para integrar o time, mas não pode ainda anunciar os nomes porque os contratos não foram celebrados. Adiantou, porém, que Bonifácio Placeres, o Peninha, será o diretor de arte e já está trabalhando no projeto gráfico. "Teremos uma equipe de primeira linha", diz Galuppo. A sede do jornal, explica, será em São Paulo, mas o local exato também não foi definido, as negociações estão em andamento. No início, haverá sucursais no Rio de Janeiro e Brasília e correspondentes em algumas capitais, mas ao longo de 2010 outras sucursais serão implantadas.
Sobre o conteúdo do jornal, Galuppo pôde falar um pouco mais. Sua idéia é criar um modelo diferente do adotado pelos jornais de economia que circulam no país. "Será uma revista diária de economia", afirma. Ricardo Galuppo explica que a idéia central do projeto é criar um veículo que registre o momento de amadurecimento da economia brasileira, com a possibilidade, inclusive, de levar informações sobre o Brasil para Europa e África, uma vez que tanto o Diário Económico quanto o semanário econômico Expansão, de Angola, poderão utilizar o material produzido no Brasil.
O futuro diretor de redação avalia que os jornais econômicos brasileiros – Valor, a extinta Gazeta Mercantil, DCI e outros – têm como paradigma o norte-americano The Wall Street Journal, ao passo que o novo jornal deverá se inspirar no britânico Financial Times. "Nosso foco será nos negócios, no empreendedorismo, em fornecer ferramentas úteis para o processo decisório", explica.
Novo título
Galuppo admite que o fechamento da Gazeta Mercantil serviu como estímulo para a entrada de novos players no mercado de jornais econômicos – não apenas do grupo Ongoing – e acredita que há espaço para mais de um jornal específico e de circulação nacional. Ele elogia o trabalho realizado pela equipe do principal concorrente, o Valor Econômico, que define como de "altíssimo nível", com excelentes profissionais. Galuppo conta que o tamanho da sua redação não deverá ser o mesmo do Valor, que tem hoje mais de 100 jornalistas, mas também não será enxuta como a dos demais diários econômicos. Questionado se há excesso de oferta de talentos após o fechamento da GZM, Galuppo explicou que a montagem do time está em fase ainda muito inicial e esquivou-se de detalhar as atuais condições do mercado de trabalho para jornalistas.
O nome do novo jornal ainda não foi definido porque Diário Econômico está patenteado no Brasil e só poderá ser utilizado mediante negociação para a compra do título. Outros nomes estão sendo estudados, conta Galuppo, que promete novidades sobre o projeto para as próximas semanas.
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