Pular para o conteúdo principal

Reinaldão para Arthur: sai já daí!

"Renuncie, Arthur Virgílio, e peça para que se investigue tudo. Esta seria a sua maior contribuição para o Brasil."

Este blog pede desculpas por repetir um texto de Reinaldo Azevedo por aqui na mesma semana. Reinaldão uma vez é ruim, duas é demais. Mas neste caso, é pelo bem da pátria. No post reproduzido abaixo, originalmente publicado no blog do colunista de Veja, há um singelo pedido para que o senador Arthur Virgílio renuncie ao seu mandato. Portanto, foi pensando no Brasil que resolvemos reproduzir os argumentos do nobre jornalista. Afinal, vai que Virgílio segue os conselhos do Reinaldão...

Em tempo: O Entrelinhas concorda com a frase de Reinaldo que abre este post. Seria mesmo uma contribuição e tanto para o país, a renúncia do ex-campeão de jiu jitsu. A melhor que ele poderia dar.


ACORDÃO: LULA BOTOU NO BOLSO 400 PICARETAS
quarta-feira, 12 de agosto de 2009 | 13:14

Aconteceu no mensalão. Está acontecendo agora!

A canalha faz a chantagem, e a oposição entrega os pontos. Acanalha-se também!

É para salvar Arthur Virgílio? Ele ainda poderia renunciar, antes da abertura do processo no Conselho de Ética. Não se tornaria inelegível. E poderia dizer em discurso que o teria feito para que tudo, MAS TUDO MESMO, pudesse ser apurado.

É mentira que o acordão aponta para um empate. O acordão é derrota!

É a derrota da oposição.
É a derrota de quem tem vergonha na cara!
É a derrota da ética!
Mas, acima de tudo, é a derrota da parte do povo que presta - sim, porque uma parte do povo também não serve para nada - e da política.

Sérgio Guerra (PE), presidente do PSDB, disse qualquer coisa como: “Se continuar assim, o povo não vota mais na gente”.

Eu espero que o povo que presta não vote mais em nenhum dos protagonistas dessa pantomima.

O PT dominou todo o processo político porque Lula, esperto como é, percebeu que todos eles tinham e têm um preço.

Afinal, foi Lula quem disse que, ali, havia 300 picaretas.

Ele tinha razão. Agora são 400.

Antes, ele tentava vencer os 300 picaretas. Agora, decidiu unir-se a eles. Na verdade, ele os comprou.

Renuncie, Arthur Virgílio, e peça para que se investigue tudo. Esta seria a sua maior contribuição para o Brasil.

Mas não! Pelo visto, acontecerá tudo de novo, como no mensalão!

Eu não acho que a oposição que temos seja igual ao PT. Não é, não! Há uma grande diferença entre os dois grupos.

O PT é Cavalcante. A oposição é cavalgada. (*) Cavalcantes e cavalgados estão se unindo contra o povo, a decência, a vergonha na cara. Que ninguém mais seja eleito. Nunca! Essa gente merece ser liderada por Sarney. Na verdade, Sarney é um pouco melhor do que eles porque é chefe. Eles são tão ruins que se deixam chefiar por ele.
(*)É claro que há exceções. Sempre há. Mas exceções não determinam o destino da história.

Comentários

  1. Um texto histérico de um senhor, que no alto de seus 40 e tantos anos, parece um aborrescente rebelado falando mal dos professores.

    Detalhe p/ o "É a derrota da oposição / (...) É a derrota da ética", como se a oposição fosse ética. Quer dizer, nem o cidadão mais iletrado acreditaria numa bobagem dessas...

    Aliás, nem Reinaldo Azedo acredita em si decerto: isso não passa de conversa mole, de um mea culpa franzino e tímido, em nome daqueles que sabem que é a hora de tirar o seu da reta.

    Grande abraço!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

O Entrelinhas não censura comentaristas, mas não publica ofensas pessoais e comentários com uso de expressões chulas. Os comentários serão moderados, mas são sempre muito bem vindos.

Postagens mais visitadas deste blog

Abaixo o cancelamento

A internet virou o novo tribunal da inquisição — e isso é péssimo Só se fala na rapper Karol Conká, que saiu do BBB, da Rede Globo, com a maior votação da história do programa. Rejeição de 99,17% não é pouca coisa. A questão de seu comportamento ter sido odioso aos olhos do público não é o principal para mim. Sou o primeiro a reconhecer que errei muitas vezes. Tive atitudes pavorosas com amigos e relacionamentos, das quais me arrependo até hoje. Se alguma das vezes em que derrapei como ser humano tivesse ido parar na internet, o que aconteceria? Talvez tivesse de aprender russo ou mandarim para recomeçar a carreira em paragens distantes. Todos nós já fizemos algo de que não nos orgulhamos, falamos bobagem, brincadeiras de mau gosto etc… Recentemente, o ator Armie Hammer, de Me Chame pelo Seu Nome, sofreu acusações de abuso contra mulheres. Finalmente, através do print de uma conversa, acabou sendo responsabilizado também por canibalismo. Pavoroso. Tudo isso foi parar na internet. Ergue...

Rogério Andrade, o rei do bicho

No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...

No pior clube

O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda...