Pelo andar da carruagem, a Lei de Imprensa deve ser extinta, pelo menos parcialmente. O julgamento está ocorrendo agora no Sumpremo Tribunal Federal. Pode ser que os ministros decidam também sobre a questão da obrigatoriedade do diploma para o exercício de jornalismo. Os leitores fiéis deste blog sabem a opinião do autor, que pode ser lida em vários comentários antigos, como este e este. Se prevalecer o bom senso, o STF acaba com esta absurda reserva de mercado que existe no Brasil. Jornalismo, como tantas outras profissões, não carece de nenhum deproma para ser exercido. Basta ser alfabetizado e contar com algum talento para a coisa. Por aqui a torcida é para que o Supremo estabeleça o fim da obrigatoriedade em seu sentido mais amplo, ou seja, que não haja exigência alguma de diploma. Jornalistas espetaculares não completaram nem mesmo o antigo ensino secundário, como Alberto Dines, para ficar em um exemplo paradigmático. Porém, se o STF entender que é preciso de algum diploma de curso superior, vá lá, já melhora bem a coisa. Por que historiadores, cientistas sociais, médicos ou mesmo publicitários não poderiam exercer a profissão de jornalista é uma coisa que só o corporativismo da Fenaj explica. Aliás, não explica. Vamos ver se os ministros votam com seriedade e acabam com mais este ranço de um Brasil arcaico.
Bruno Covas, prefeito de São Paulo, morreu vivendo. Morreu criando novas lembranças. Morreu não deixando o câncer levar a sua vontade de resistir. Mesmo em estado grave, mesmo em tratamento oncológico, juntou todas as suas forças para assistir ao jogo do seu time Santos, na final da Libertadores, no Maracanã, ao lado do filho. Foi aquela loucura por carinho a alguém, superando o desgaste da viagem e o suor frio dos remédios. Na época, ele acabou criticado nas redes sociais por ter se exposto. Afinal, o que é o futebol perto da morte? Nada, mas não era somente futebol, mas o amor ao seu adolescente Tomás, de 15 anos, cultivado pela torcida em comum. Não vibravam unicamente pelos jogadores, e sim pela amizade invencível entre eles, escreve Fabrício Carpinejar em texto publicado nas redes sociais. Linda homenagem, vale muito a leitura, continua a seguir. Nos noventa minutos, Bruno Covas defendia o seu legado, a sua memória antes do adeus definitivo, para que s...
Por que Tiradentes tinha esse nome? Era cirurgião dentista formado? Não, mas na época era simples arrancar um dente, fazer circuncisão, sangrias e aplicar sanguessugas.
ResponderExcluirIsso é o nivelamento por baixo. Os exemplos citados em outro post tem mais anos de carreira do q eu de vida e são jornalistas antes de existir curso de jornalismo. Botar jornalistas profissionais no mesmo patamar de blogueiros de pijama q moram na casa da mamãe é absurdo. E a maioria dos blogs se pauta opinativamente em relação às matérias de redação.
Não sou jornalista, sou radialista. Qualquer zé pode fazer o q eu faço, mas não sabe pq faz ou se deve fazer. Diploma acadêmico significa q vc estudou, pesquisou, se tornou cientista da sua área, mesmo q não pesquise em tempo integral.
Quer reserva de mercado? Crie técnicos de jornalismo ou técnicos de redação ou repórter-técnico ou o termo q quiser, pq na minha área, qualquer zé pode fazer SENAC e ter a mesma qualificação q eu. A estrutura de formação do profissional de comunicação está errada, concordo e faço coro. Mas simplesmente nivelar por baixo e abandonar o profissionalismo é uma atitude cômoda só pra quem já está estabelecido na carreira, tem renome e "círculo de amizades".
Daqui a pouco, vamos questionar o diploma de História, Administração, Geografia e todos os cursos de Humanas pq "é só ler um monte (sic) de livros e sair pro trabalho".
Se vai ser assim, vai ser pra todo mundo...
Juca, radialista que é, você deveria ser o primeiro a comemorar a queda da exigência do diploma de jornalismo. Somos nós (sim, porque eu também sou radialista) alguns dos mais diretamente prejudicados pela reserva de mercado proporcionada pelos sindicalistas de carteirinha que nem sequer sabem argumentar, só defender posições pré-estabelecidas como se fossem um mantra.
ResponderExcluirComo radialista, você deve saber bem que nós não podemos ser jornalistas, mas eles podem ser editores de vídeo (ou mesmo "tomar nossos lugares " como redatores ou qualquer outra função designada a radialistas de formação). Mas não acho que deve ser na base do olho por olho, e sim na base do bom senso. Somos todos comunicadores, o que significa que temos a mesma formação básica, mas diferentes especificações, o que não impede um de trabalhar no campo do outro se tiver talento pra coisa.
E novamente, os jornalistas podem ser blogueiros, mas blogueiros não podem ser jornalistas (ó lá a reserva de novo)? Não me refiro aos "bloqueiros de pijama", mas gente que tem muito talento e ciência, e oportunidade zero porque não quis pagar 4 anos em alguma UniDuniTê da vida pra sair com o tal do diploma de jornalista, apesar de ter um diploma de comunicação ou mesmo em outra área. Perdi as contas de quantos jornalistas pífios conheci, que nem sequer sabiam escrever, mas tinham o diploma (é, eu sou revisora de texto, tinha de reler tudo o que eles escreviam há alguns anos).
Logo, isso tudo é relativo. Quem for bom vai ficar, os bons cursos vão permanecer, e espero ver todos estes "assessores de imprensa escritores de release" e "jabazeiros especialistas em carteirada" caírem por terra.