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Recuperação no emprego formal

A notícia abaixo não é ótima - foi a pior taxa de crescimento desde 2003 -, mas é quase ótima, porque revela uma virada na curva do último trimestre do ano passado, quando ocorreu um recuo enorme na criação de vagas formais - mais gente perdia o emprego do que novos postos eram criados. No mês passado o saldo foi de 9 mil, agora de 35 mil. Se continuar nesta toada, o maior problema da crise no país - os efeitos nefastos no mercado de trabalho - estarão muito bem remediados, para desespero da oposição ao governo Lula...

Março registra criação de quase 35 mil vagas com carteira assinada

LORENNA RODRIGUES
da Folha Online, em Brasília

A economia brasileira registrou a criação de 34.818 vagas com carteira assinada em março, no segundo mês de resultados positivos --em fevereiro, primeira alta após três meses de retração, foram criadas 9.179 vagas. Os dados são Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e foram divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho.

O saldo de março representa a diferença entre contratações (1,419 milhão) e demissões (1,384 milhão) no período. Apesar da recuperação, trata-se do pior resultado para meses de março desde 2003 (21.261 vagas abertas). No ano passado, março havia registrado criação recorde de 206.556 postos de trabalho formais.

No acumulado do trimestre, ainda há perda de 57.751 vagas. Entre novembro e janeiro, haviam sido fechadas quase 800 mil vagas com carteira assinada. Em dezembro, pior mês da crise no emprego, o governo registrou o pior resultado da série histórica do Ministério do Trabalho, quando foram fechados 654.946 postos de trabalho. Somente em janeiro deste ano, foram fechadas 101 mil vagas.

Setores

A indústria de transformação e o comércio apresentaram resultado negativo no mês passado, com o fechamento de 35.775 vagas e 9.697 pontos, respectivamente. Por outro lado, houve expansão do emprego nos setores de serviços (49.280), construção civil (16.123), agricultura (7.238) e administração pública (7.141).

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