A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, confirmou neste sábado que está lutando contra um câncer linfático. Terá que fazer quimioterapia por pelo menos quatro meses e, segundo os médicos que a assistem, o prognóstico é bom. Dilma afirmou que vai continuar trabalhando no mesmo ritmo durante o período de tratamento.
Dilma Rousseff é boa de briga e já enfrentou coisa mais pesada do que um linfoma no passado. Este blog aposta na rápida recuperação da ministra, que hoje é a preferida do presidente Lula para disputar a eleição presidencial de 2010.
A doença, no entanto, tem, sim, implicações políticas, não dá para tapar o sol com a peneira. Dilma não é uma "petista autêntica", integrava o PDT até 1999, quando deixou a legenda e se filiou ao Partido dos Trabalhadores. A pré-candidatura da ministra à presidência está fortemente ancorada no apoio de Lula, muito mais do que nas instâncias partidárias. Ainda assim, atualmente ninguém ousa, dentro do PT, a dizer que o partido pode ter outro candidato à presidência que não Dilma. Com a doença agora tornada pública, é possível e provável que o debate sobre nomes alternativos comece a acontecer, ainda que em tom baixo e sem muito alarde – mesmo que a ministra se recupere rapidamente e fique totalmente saudável, é natural que seja assim.
Na verdade, o grande problema do PT hoje é que a agremiação não tem um "sucessor natural" para o presidente Lula. Dilma ganhou força durante os seis anos de governo – está na equipe desde 2003 – e se consolidou como candidata, mas o fato é que todos os demais nomes aventados estão dois patamares abaixo. Marta Suplicy perdeu força com a derrota na eleição do ano passado, Tarso Genro se enrola para explicar as operações da Polícia Federal, os governadores petistas são de Estados periféricos e têm pouca visibilidade nacional, enfim, não existe um nome alternativo para a disputa presidencial. Na verdade, há um nome, sim, mas a legislação atual não permite que ele dispute o pleito – um tal de Luiz Inácio Lula da Silva.
Tudo somado, a doença que Dilma Rousseff começa a enfrentar com a braveza e garra que lhe são características pode ter alguns efeitos na política nacional. Em um primeiro momento, pouca gente vai falar nisto, mas o linfoma de Dilma já entrou na pauta política. A própria ministra, por sinal, poderá se beneficiar com a publicidade que se vai dar ao caso. E, vencendo o câncer, Dilma poderá se apresentar em 2010 como uma guerreira a quem dificuldade nenhuma abate. Um bom perfil para gerenciar uma crise sem precedentes na história do capitalismo...
No fundo, este episódio serve para mostrar aos analistas mais apressados que a política, como a vida de todos nós, tem um ritmo próprio e que nem sempre é possível antecipar todos os lances. Falta pouco mais de um ano para a eleição de 2010 - 17 meses, exatamente. Parece pouco tempo, mas é muito. Um mundo de coisas vai acontecer até lá. De resto e por fim, o Entrelinhas está de dedos cruzados e na torcida pela pronta recuperação de Dilma Rousseff.
Dilma Rousseff é boa de briga e já enfrentou coisa mais pesada do que um linfoma no passado. Este blog aposta na rápida recuperação da ministra, que hoje é a preferida do presidente Lula para disputar a eleição presidencial de 2010.
A doença, no entanto, tem, sim, implicações políticas, não dá para tapar o sol com a peneira. Dilma não é uma "petista autêntica", integrava o PDT até 1999, quando deixou a legenda e se filiou ao Partido dos Trabalhadores. A pré-candidatura da ministra à presidência está fortemente ancorada no apoio de Lula, muito mais do que nas instâncias partidárias. Ainda assim, atualmente ninguém ousa, dentro do PT, a dizer que o partido pode ter outro candidato à presidência que não Dilma. Com a doença agora tornada pública, é possível e provável que o debate sobre nomes alternativos comece a acontecer, ainda que em tom baixo e sem muito alarde – mesmo que a ministra se recupere rapidamente e fique totalmente saudável, é natural que seja assim.
Na verdade, o grande problema do PT hoje é que a agremiação não tem um "sucessor natural" para o presidente Lula. Dilma ganhou força durante os seis anos de governo – está na equipe desde 2003 – e se consolidou como candidata, mas o fato é que todos os demais nomes aventados estão dois patamares abaixo. Marta Suplicy perdeu força com a derrota na eleição do ano passado, Tarso Genro se enrola para explicar as operações da Polícia Federal, os governadores petistas são de Estados periféricos e têm pouca visibilidade nacional, enfim, não existe um nome alternativo para a disputa presidencial. Na verdade, há um nome, sim, mas a legislação atual não permite que ele dispute o pleito – um tal de Luiz Inácio Lula da Silva.
Tudo somado, a doença que Dilma Rousseff começa a enfrentar com a braveza e garra que lhe são características pode ter alguns efeitos na política nacional. Em um primeiro momento, pouca gente vai falar nisto, mas o linfoma de Dilma já entrou na pauta política. A própria ministra, por sinal, poderá se beneficiar com a publicidade que se vai dar ao caso. E, vencendo o câncer, Dilma poderá se apresentar em 2010 como uma guerreira a quem dificuldade nenhuma abate. Um bom perfil para gerenciar uma crise sem precedentes na história do capitalismo...
No fundo, este episódio serve para mostrar aos analistas mais apressados que a política, como a vida de todos nós, tem um ritmo próprio e que nem sempre é possível antecipar todos os lances. Falta pouco mais de um ano para a eleição de 2010 - 17 meses, exatamente. Parece pouco tempo, mas é muito. Um mundo de coisas vai acontecer até lá. De resto e por fim, o Entrelinhas está de dedos cruzados e na torcida pela pronta recuperação de Dilma Rousseff.
Primeiramente minha solidariedade para com Dilma. Politicamente falando. Asi como penso que o melhor nome para Sao Paulo para gahar o perder realmente e o do ministro Fernando Hadad o melhor para o Brasil depois de Dilma, dentro dos cuadris do PT, sem duvida nenhuma e o Patrus Ananias. O PT deveria colar a figuara do Patrus ao da Dilma y deixar o tempo dizer
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