O preço do pedágio nas rodovias estaduais de São Paulo é uma das maiores maldades que os tucanos fizeram com o povo paulista nos últimos anos. Para ir de São Paulo até Santos, um trajeto de menos de 80 quilômetros, é preciso pagar R$ 17 (para automóveis, caminhões chegam a deixar no caixa da concessionária até R$ 102, a depender do número de eixos).
Pois bem, o governador José Serra (PSDB) percebeu que o sistema utilizado pelo governo federal para realizar as concessões resultava em preços muito mais atrativos (para ir de São Paulo a Belo Horizonte pela Fernão Dias, por exemplo, um automóvel paga R$ 7,10 por um trajeto de 586 quilômetros). Serra, porém, não deu o braço a torcer, realizou os leilões de concessão, já sob a sua gestão, de algumas estradas paulistas em um sistema misto, em que persiste a outorga das concessionárias. Em seguida, o governo de São Paulo anunciou com estardalhaço que a concessão da rodovia Ayrton Senna foi um sucesso absoluto - o preço do pedágio cairia pela metade e a concessionária ainda pagaria uma nota preta pela outorga (quase R$ 600 milhões). Um grande negócio.
Hoje, porém, a Folha de S. Paulo traz a notícia reproduzida abaixo: a concessão da rodovia foi simplesmente cancelada porque a concessionária vitoriosa não depositou os R$ 118 milhões necessários (20% do valor total da outorga) para começar a operar a concessão. Desta forma, o preço do pedágio não vai abaixar agora e está aberto o caminho de uma longa disputa judicial. E o pior para o governador Serra é que a segunda colocada no leilão é a concessionária que opera o sistema Anchieta-Imigrantes (que liga São Paulo a Santos) e cobra aquela pequena fortuna de pegágio. Definitivamente, o governador não é um homem de sorte...
Concessão da rodovia Ayrton Senna é cancelada
da Folha Online
Hoje na Folha A TPI (Triunfo Participações e Investimentos S.A.) perdeu ontem o direito de assumir o controle do corredor rodoviário Ayrton Senna/Carvalho Pinto, a concessão mais cobiçada dos cinco lotes colocados à disposição do mercado pelo governo de São Paulo em outubro de 2008, informou Agnaldo Brito na edição de hoje da Folha. A reportagem completa está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL.
A empresa não apresentou a garantia prometida para o empreendimento e também não depositou o valor de R$ 118,8 milhões para o Tesouro paulista, equivalente a 20% do valor total da outorga, que lhe daria o direito de explorar os 142 quilômetros por 30 anos. A empresa não quis se pronunciar. A agência reguladora informou que irá convocar o consórcio segundo colocado na disputa desse lote, a Primav EcoRodovias S.A. --a mesma que administra hoje o complexo Anchieta/ Imigrantes. A proposta apresentada em outubro será aberta e avaliada do ponto de vista documental e financeiro.
A reportagem da Folha apurou que a decisão de ontem revela uma preocupação interna na agência. Há um temor de que a Triunfo inicie uma batalha judicial para tentar assumir a rodovia, a despeito da incapacidade financeira que demonstrou.
Desde o leilão de concessão, rumores no mercado indicavam esse desfecho em relação à dificuldade que a Triunfo encontraria para cumprir as exigências. Não era a única. A BRVias, que venceu o leilão do trecho oeste da rodovia Marechal Rondon, também enfrentou problemas para demonstrar as garantias de que tinha força econômica para assumir, administrar e investir R$ 1,32 bilhão no trecho de 423 quilômetros por três décadas.
Pois bem, o governador José Serra (PSDB) percebeu que o sistema utilizado pelo governo federal para realizar as concessões resultava em preços muito mais atrativos (para ir de São Paulo a Belo Horizonte pela Fernão Dias, por exemplo, um automóvel paga R$ 7,10 por um trajeto de 586 quilômetros). Serra, porém, não deu o braço a torcer, realizou os leilões de concessão, já sob a sua gestão, de algumas estradas paulistas em um sistema misto, em que persiste a outorga das concessionárias. Em seguida, o governo de São Paulo anunciou com estardalhaço que a concessão da rodovia Ayrton Senna foi um sucesso absoluto - o preço do pedágio cairia pela metade e a concessionária ainda pagaria uma nota preta pela outorga (quase R$ 600 milhões). Um grande negócio.
Hoje, porém, a Folha de S. Paulo traz a notícia reproduzida abaixo: a concessão da rodovia foi simplesmente cancelada porque a concessionária vitoriosa não depositou os R$ 118 milhões necessários (20% do valor total da outorga) para começar a operar a concessão. Desta forma, o preço do pedágio não vai abaixar agora e está aberto o caminho de uma longa disputa judicial. E o pior para o governador Serra é que a segunda colocada no leilão é a concessionária que opera o sistema Anchieta-Imigrantes (que liga São Paulo a Santos) e cobra aquela pequena fortuna de pegágio. Definitivamente, o governador não é um homem de sorte...
Concessão da rodovia Ayrton Senna é cancelada
da Folha Online
Hoje na Folha A TPI (Triunfo Participações e Investimentos S.A.) perdeu ontem o direito de assumir o controle do corredor rodoviário Ayrton Senna/Carvalho Pinto, a concessão mais cobiçada dos cinco lotes colocados à disposição do mercado pelo governo de São Paulo em outubro de 2008, informou Agnaldo Brito na edição de hoje da Folha. A reportagem completa está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL.
A empresa não apresentou a garantia prometida para o empreendimento e também não depositou o valor de R$ 118,8 milhões para o Tesouro paulista, equivalente a 20% do valor total da outorga, que lhe daria o direito de explorar os 142 quilômetros por 30 anos. A empresa não quis se pronunciar. A agência reguladora informou que irá convocar o consórcio segundo colocado na disputa desse lote, a Primav EcoRodovias S.A. --a mesma que administra hoje o complexo Anchieta/ Imigrantes. A proposta apresentada em outubro será aberta e avaliada do ponto de vista documental e financeiro.
A reportagem da Folha apurou que a decisão de ontem revela uma preocupação interna na agência. Há um temor de que a Triunfo inicie uma batalha judicial para tentar assumir a rodovia, a despeito da incapacidade financeira que demonstrou.
Desde o leilão de concessão, rumores no mercado indicavam esse desfecho em relação à dificuldade que a Triunfo encontraria para cumprir as exigências. Não era a única. A BRVias, que venceu o leilão do trecho oeste da rodovia Marechal Rondon, também enfrentou problemas para demonstrar as garantias de que tinha força econômica para assumir, administrar e investir R$ 1,32 bilhão no trecho de 423 quilômetros por três décadas.
Quer mais uma? Já há comentários que o Gilmar Mendes pode ser vice na chapa de Serra e do jeito que está a moral desse sujeito, vai ajudar a afundar sua candidatura.
ResponderExcluirAh, mas não se esqueça do pedágio da Castelo Branco (Alphaville), que custa mais de um real por quilômetro!
ResponderExcluirCovas morreu dizendo que nunca iriam cobrar pedágio no Rouboanel, o Serra está cobrando e ainda deu o nome do ex-governador para a obra. É de matar (ou morrer...)
"Para ir de São Paulo até Santos, um trajeto de menos de 80 quilômetros, é preciso pagar R$ 17"
ResponderExcluirOk, nunca fiz este projeto, até porque moro na Paraiba. Agora quanto eu iria pagar em impostos ao governo para ele dar manutenção em uma rodovia com os seguintes serviços:
- rodovia operando com 5x5 faixas
- guincho 24h
- resgate médico 24h
- inspeção de tráfego 24h
- vigilância com monitoramento em video 24h
- SAUs 24 (serviço de atendimento ao usuário)
Alias, que rodovias estatais oferecem estes serviços?
Com certeza absoluta a conta da Ecovias não é paga com meu dinheiro, afinal de contas, eu nunca fiz este trajeto e ela não me cobra impostos.