O Entrelinhas entra em recesso entre a tarde desta quinta-feira e sábado. No domingo de Páscoa o blog retorna comentando os assuntos quentes do final de semana, que promete. Afinal, tem Corinthians e São Paulo no Pacaembu, com Gornaldo e companhia desafiando o esquadrão tricolor, que provavelmente já estará classificado para a próxima fase da Libertadores. Fora, é claro, os assuntos de política e mídia, foco do blog. Até domingo, portanto.
A internet virou o novo tribunal da inquisição — e isso é péssimo Só se fala na rapper Karol Conká, que saiu do BBB, da Rede Globo, com a maior votação da história do programa. Rejeição de 99,17% não é pouca coisa. A questão de seu comportamento ter sido odioso aos olhos do público não é o principal para mim. Sou o primeiro a reconhecer que errei muitas vezes. Tive atitudes pavorosas com amigos e relacionamentos, das quais me arrependo até hoje. Se alguma das vezes em que derrapei como ser humano tivesse ido parar na internet, o que aconteceria? Talvez tivesse de aprender russo ou mandarim para recomeçar a carreira em paragens distantes. Todos nós já fizemos algo de que não nos orgulhamos, falamos bobagem, brincadeiras de mau gosto etc… Recentemente, o ator Armie Hammer, de Me Chame pelo Seu Nome, sofreu acusações de abuso contra mulheres. Finalmente, através do print de uma conversa, acabou sendo responsabilizado também por canibalismo. Pavoroso. Tudo isso foi parar na internet. Ergue
Gornaldo e seus Traveks
ResponderExcluirOlá meu amigo,
ResponderExcluirTomei conhecimento do seu blog após uma palestra de Ivan Seixas, ex-guerrilheiro ( ou terrorista) que foi duramente, desculpe, rigorosamente sabatinado pela ditadura, err... 0desculpe, ditabranda, nos anos 70. Apesar de você ser sãopaulino ( é assim que se escreve?) adorei o conteúdo.
abraços corintianos
walter
Folha de São Paulo
ResponderExcluirÉ a crise, estúpido!
De Eliane Cantanhêde:
Lula tenta fazer do limão uma limonada. O "limão", azedo que só, é a crise que corrói a confiança e os empregos. E a "limonada" é a lista de medidas que ele estava doidinho para tomar, mas que seriam fatalmente recriminadas em tempos normais. Se continuam politicamente incorretas, passaram a ser economicamente justificáveis. Apesar do risco de desequilíbrio entre arrecadação e gastos.
Um bom exemplo, ainda carente de anúncio oficial, é afrouxar na prática a meta para 2010 do superávit primário (a parte da arrecadação tributária usada para abater a dívida pública). Assim: muda-se a metodologia para excluir a Petrobras do cálculo e poder torrar, a título de despesa e investimento, o equivalente em 2010 aos R$ 14,9 bi da meta da empresa em 2009. Em bom português, Lula quer poder gastar mais justamente no ano da eleição, e disse a oito ministros que vai andar ainda mais pelo país com a Dilma para mostrar o PAC, ou com o PAC para mostrar a Dilma.
O pretexto é que a crise exige investimentos em infraestrutura e geração de empregos. A realidade é que a candidatura Dilma também. Inclui-se na mesma lógica a desoneração da folha de pagamento, em estudo para que as empresas tenham menos impostos e mais empregos. Antiga reivindicação do empresariado, ganha fôlego agora. De onde vem o dinheiro para cobrir o buraco na receita é outra história.
Ainda por essa lógica foi a troca do presidente do Banco do Brasil por alguém ainda mais petista e mais camarada (em duplo sentido) para a redução de juros e o aumento de créditos convenientes. Assinante do jornal leia mais em: É a crise, estúpido!