Em mais um comentário para o blog, Jorge Rodini, diretor do instituto de pesquisas Engrácia Garcia, comenta o bate boca ocorrido ontem no STF. Abaixo, para os leitores do Entrelinhas.
O que parece ficcção ontem transforma-se em realidade hoje no Brasil. Ministros do Supremo Tribunal Federal batendo boca na frente de milhões de brasileiros parece surreal. Não foi uma simples contenda, uma discussão técnica.
O debate enveredou-se pelo lado sórdido da personalidade dos homens comuns. Falou-se de ambição, da vontade de aparecer, de mandar, de mostrar poder e até de possuir empregados do nível dos que têm os coronéis.
Se, de um lado, é transparente, de outro, é amedrontador. Um ministro julgador não tem apenas que ser honesto, probo, sem restrições de caráter. Tem que ser como deveria ser a mulher de César... Tem que parecer honesto e se comportar desta forma.
Milhares de assuntos são analisados e julgados pela Corte Suprema, pelo parecer de cada um dos onze ministros da Lei. Todos eles nomeados por presidentes da República. Pelo atual e pelos anteriores.
Se os escolhidos para dirimir dúvidas legais não se entendem nem quanto a sua própria vida pessoal, o que dirá quanto aos assuntos de outrem... Neste caso, nossas contendas, pagadores de impostos.
Quem julga quem julga?
Para a maioria do povo brasileiro, gatos escaldados sem milhagem grátis, sem verbas de representação, esta discussão vai ser relativizada, assim como a ação de nossos deputados voadores. Tais personagens, tanto ministros quanto deputados e senadores, não devem se esquecer que foram escolhidos pelo Povo, diretamente como no Legislativo ou indiretamente como na Suprema Corte, e ao Povo devem satisfação, respeito e consideração.
O Congresso, quando assim age, foge dos princípios de sua existência, e a Corte Suprema, quando não possui imaculados, não dá a Justiça o rigor que ela merece. E assim nós, brasileiros de outra classe, ficamos de saia justa. Ou toga justa.
O que parece ficcção ontem transforma-se em realidade hoje no Brasil. Ministros do Supremo Tribunal Federal batendo boca na frente de milhões de brasileiros parece surreal. Não foi uma simples contenda, uma discussão técnica.
O debate enveredou-se pelo lado sórdido da personalidade dos homens comuns. Falou-se de ambição, da vontade de aparecer, de mandar, de mostrar poder e até de possuir empregados do nível dos que têm os coronéis.
Se, de um lado, é transparente, de outro, é amedrontador. Um ministro julgador não tem apenas que ser honesto, probo, sem restrições de caráter. Tem que ser como deveria ser a mulher de César... Tem que parecer honesto e se comportar desta forma.
Milhares de assuntos são analisados e julgados pela Corte Suprema, pelo parecer de cada um dos onze ministros da Lei. Todos eles nomeados por presidentes da República. Pelo atual e pelos anteriores.
Se os escolhidos para dirimir dúvidas legais não se entendem nem quanto a sua própria vida pessoal, o que dirá quanto aos assuntos de outrem... Neste caso, nossas contendas, pagadores de impostos.
Quem julga quem julga?
Para a maioria do povo brasileiro, gatos escaldados sem milhagem grátis, sem verbas de representação, esta discussão vai ser relativizada, assim como a ação de nossos deputados voadores. Tais personagens, tanto ministros quanto deputados e senadores, não devem se esquecer que foram escolhidos pelo Povo, diretamente como no Legislativo ou indiretamente como na Suprema Corte, e ao Povo devem satisfação, respeito e consideração.
O Congresso, quando assim age, foge dos princípios de sua existência, e a Corte Suprema, quando não possui imaculados, não dá a Justiça o rigor que ela merece. E assim nós, brasileiros de outra classe, ficamos de saia justa. Ou toga justa.
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