A Folha de S. Paulo publica nesta quarta-feira um interessante artigo, assinado por Aloysio Nunes Ferreira Filho, chefe da Casa Civil do governo de São Paulo, que revela uma nova estratégia do governador José Serra (PSDB) para lidar com a crise das universidades paulistas. No texto, Aloysio tenta argumentar que o teor do decreto que os estudantes, professores e funcionários da USP, Unesp e Unicamp acusam de ferir a autonomia universitária conquistada na gestão Orestes Quércia (1987-91) é rigorosamente o mesmo que decretos da gestão Geraldo Alckmin (PSDB).
De acordo com o secretário de Serra, "ao lado de seus antecessores, o decreto de 9/3 de 2007 não apresenta mudanças de substância. No artigo 1º, três palavras são acrescentadas para dizer que os gastos de toda a administração do Estado -o que inclui as universidades, mas não só- serão registrados 'em tempo real'. Na prática, era uma forma de usar um recurso da internet para ampliar a transparência na administração -não só da universidade mas do conjunto do governo".
Como se vê, quanto mais o governo tucano trata deste assunto, mais se atrapalha. Em primeiro lugar, no trecho acima já se percebe que o decreto 9/3 de 2007 não pode ter conteúdo igual aos anteriores, da gestão Alckmin, porque as tais "três palavras" que foram acrescentadas mudam bastante o rumo da conversa: uma coisa é prestar contas para o governo, internamente, outra bem diferente é colocar na internet a execução do Orçamento das universidades. É óbvio que há diferenças e que o objetivo da mudança é tentar constranger os reitores em sua autonomia financeira.
Do jeito que a coisa está colocada pelo secretário, parece que os estudantes, professores e funcionários da USP, Unesp e Unicamp são todos uns débeis mentais que não conseguem entender os textos publicados no Diário Oficial. Claro que não é bem assim – Geraldo Alckmin pode ter feito muita coisa de ruim em seu desastrado governo, mas jamais investiu contra a autonomia das universidades estaduais. No fundo, o artigo de Aloysio é contraditório com o que o próprio governador Serra disse há alguns dias – que o decreto em questão simplesmente não vale para as universidades. Aparentemente, a estratégia agora é unificar o discurso e dizer que a lambança toda começou com Geraldo, mas ninguém percebeu...
Tudo somado, a verdade é que o governo tucano de São Paulo segue batendo cabeça. Já os estudantes continuam ocupando a reitoria da USP e de lá não deveriam sair enquanto as autoridades continuarem com a tática da engabelação para lidar com o problema.
De acordo com o secretário de Serra, "ao lado de seus antecessores, o decreto de 9/3 de 2007 não apresenta mudanças de substância. No artigo 1º, três palavras são acrescentadas para dizer que os gastos de toda a administração do Estado -o que inclui as universidades, mas não só- serão registrados 'em tempo real'. Na prática, era uma forma de usar um recurso da internet para ampliar a transparência na administração -não só da universidade mas do conjunto do governo".
Como se vê, quanto mais o governo tucano trata deste assunto, mais se atrapalha. Em primeiro lugar, no trecho acima já se percebe que o decreto 9/3 de 2007 não pode ter conteúdo igual aos anteriores, da gestão Alckmin, porque as tais "três palavras" que foram acrescentadas mudam bastante o rumo da conversa: uma coisa é prestar contas para o governo, internamente, outra bem diferente é colocar na internet a execução do Orçamento das universidades. É óbvio que há diferenças e que o objetivo da mudança é tentar constranger os reitores em sua autonomia financeira.
Do jeito que a coisa está colocada pelo secretário, parece que os estudantes, professores e funcionários da USP, Unesp e Unicamp são todos uns débeis mentais que não conseguem entender os textos publicados no Diário Oficial. Claro que não é bem assim – Geraldo Alckmin pode ter feito muita coisa de ruim em seu desastrado governo, mas jamais investiu contra a autonomia das universidades estaduais. No fundo, o artigo de Aloysio é contraditório com o que o próprio governador Serra disse há alguns dias – que o decreto em questão simplesmente não vale para as universidades. Aparentemente, a estratégia agora é unificar o discurso e dizer que a lambança toda começou com Geraldo, mas ninguém percebeu...
Tudo somado, a verdade é que o governo tucano de São Paulo segue batendo cabeça. Já os estudantes continuam ocupando a reitoria da USP e de lá não deveriam sair enquanto as autoridades continuarem com a tática da engabelação para lidar com o problema.
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