O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), está colhendo rapidamente a tempestade que semeou ao instituir a tal secretaria do Ensino Superior, cujo primeiro ato foi acabar com a autonomia universitária, conseguida a duras penas no governo de Orestes Quércia (1987-91). Ontem, 300 estudantes da Universidade de São Paulo – a mais prestigiada do país – ocuparam a reitoria em um protesto contra a política do governador para o ensino superior. A manifestação terminou em grande confusão, mas os estudantes negam que tenham depredado o prédio. Do ponto de vista do governo Serra, podem esperar, isto é só o começo...
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
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