A performance de deputados federais do PSOL e do sempre verde Fernando Gabeira na tarde desta quinta-feira pode ter dado ao Planalto uma boa justificativa para pressionar a base aliada a retirar as assinaturas ao requerimento de instalação da CPI da Navalha. O fato é que a coleta de assinaturas vinha sendo feita pelos deputados Augusto Carvalho (PPS-DF) e Júlio Delgado (PSB-MG) e já contava com o número necessário de senadores (27) e mais de uma centena de deputados (são necessários 171 nomes). Tudo levava a crer que a CPI seria fato consumado em poucos dias, mas a atuação desastrada e provocadora dos radicais pode atrapalhar a vida de Carvalho e Delgado, que já manifestaram irritação com o "teatro" dos parlamentares do PSOL e PV. O presidente Lula é mesmo um homem de sorte: quando sua turma escorrega, a oposição corre para ajudar a salvar a sua pele...
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
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