O jornalista Carlos Lopes, diretor de redação do jornal Hora do Povo, responde na edição do HP que começou a circular nesta quinta-feira, as acusações feitas por Augusto Nunes em artigo publicado na semana passada no Jornal do Brasil. É uma resposta e tanto, vale a pena ler na íntegra:
O ex-PFL contemplou o HP, e particularmente o autor destas linhas, com uma referência inusitada. No blog do partido, apareceu uma nota intitulada “Governo Lula financia a bandidagem?” (a interrogação mostra pouca segurança no que escreveram, o que, como veremos, é procedente). Segundo a nota, “o jornalista Augusto Nunes (Jornal do Brasil) confirmou, ao entrevistar Carlos Lopes, diretor de redação do Hora do Povo, que Diogo Mainardi, da revista Veja, está sofrendo ameaça de morte. A ameaça saiu na primeira página do Hora do Povo e Nunes abordou o assunto com o chefe de redação do jornal. ‘Carlos Lopes tentou aparentar surpresa: não houvera ameaça nenhuma, sorriu. Acabou por reafirmá-la ao concluir a declaração: ‘Só estamos dizendo que quem faz qualquer coisa pelo vil metal se arrisca. É a vida’, disse Carlos Lopes”.
Há algumas incorreções nesta nota. A primeira é que o sr. Augusto Nunes jamais entrevistou-me ou falou comigo - pessoalmente, ou por telefone, ou por e-mail, ou, nem mesmo, usando sinais de fumaça ou batuques de tambor. Ele simplesmente usou uma matéria publicada por “O Globo”, deformando-a e falsificando-a. Realmente, concedi uma entrevista ao “O Globo”. Mas, quanto ao Nunes, a última vez que o vi foi há mais de 30 anos, quando arrastava-se pelas universidades perguntando sobre supostas “organizações clandestinas” que atuariam no movimento estudantil, e era tratado muito justamente como um informante dos órgãos de repressão da ditadura e, segundo alguns jornalistas, da CIA.
A segunda incorreção é que não confirmei, nem poderia confirmar uma fraude. Não houve qualquer ameaça a Mainardi, e nem tocaríamos em seu nome, se ele não desrespeitasse a memória de Bacuri. Basta ler o nosso texto original. Além disso, até o próprio Mainardi, se tiver algum rasgo de lucidez - pois, apesar dos pesares, não é um Nunes - talvez compreenda que não tem importância suficiente para nos fazer mudar nossa linha editorial...
A terceira coisa errada é que é impossível a mim, como a qualquer um, apresentar surpresa diante de uma canalhice quando ela parte de canalhas. Seria como ficar surpreso porque os ladrões cometem roubos, ou porque os traidores perpetram traições, ou porque os padeiros produzem pão.
A quarta coisa incorreta na nota do ex-PFL é que não tenho por hábito ficar sorrindo para meretrizes degeneradas como o sr. Augusto Nunes. E, aliás, ele sabe disso. Já tentou, no passado, algo semelhante, e não se deu bem. Por isso mesmo é que, estando ele no Rio e eu em São Paulo, nem telefonou. Preferiu esconder-se atrás do sr. Mainardi, ou seja, usá-lo para perpetrar uma falcatrua pura e simples.
Assim, não é justo culpar o ex-PFL pela nota, exceto na medida em que resolveram acreditar em quem não merece crédito. Mas, não por acaso, acrescentaram a interrogação do título. O que mostra que também os ex-pefelistas sabem que a confiabilidade do sr. Augusto Nunes, no mínimo, deve ser mantida em dúvida. A verdade é que os atuais Democratas – entre os quais temos amigos de muitos anos – são, em média, gigantes morais, se comparados ao Nunes.
Eles não serão os primeiros nem os últimos a serem tapeados por um vigarista. No caso, Nunes quis passar a impressão, no texto que publicou no JB de 6 de maio, que havia falado comigo. Como sempre sibilino e tortuoso, ele não diz isso explicitamente. Deixa que outros acreditem nisso, para que, se for desmascarado, possa dizer que jamais disse aquilo que os induziu a acreditar. O que se pode concluir de uma frase como “Carlos Lopes tentou aparentar surpresa: não houvera ameaça nenhuma, sorriu”? Como ele pode ter visto esse sorriso (pois ouvir um sorriso pelo telefone é algo difícil), senão tendo estado comigo? No entanto, não vi esse piolho na minha frente. E, na matéria de “O Globo” da qual ele pinçou a minha frase, não há nada sobre isso. Lá está escrito: “O diretor de redação do “Hora do Povo” e membro do comitê central do MR-8, Carlos Lopes, negou que houvesse qualquer tom de ameaça na reportagem publicada pelo jornal”. Só isso. Portanto, Nunes falsificou a matéria e inventou o contexto, com o único objetivo de passar suas mentiras como verdade. É, portanto, um exagero dos ex-pefelistas chamá-lo de “jornalista”.
De resto, a sua coluna é, do princípio ao fim, uma infâmia. A começar pela ilustração, uma montagem sem vergonha e sem escrúpulos. Não somos nós que temos proximidade com o PCC, CV, ADA e outras quadrilhas. O Nunes sabe disso, também. Assim como também sabe que o governo não está nos financiando.
Que Nunes é um mentiroso, falsário e, de resto, um semovente do meretrício fascista, é coisa sabida. Sua carreira na imprensa é a de um puxa-saco exacerbado dos patrões, sempre escalando postos para perseguir colegas, e sempre, ao fim e ao cabo, traindo a confiança de seus benfeitores. É de justiça reconhecer que os proprietários de jornais e revistas também não conseguiram suportar sua falta de caráter e de limites. Roberto Marinho o demitiu pela publicação de um necrológio de Jorge Amado na “Época”, quando o escritor, colega de Marinho na Academia Brasileira de Letras, ainda estava vivo, mas Nunes queria matá-lo antes da hora. O dono de “Época”, diga-se de passagem, não foi o único a tomar essa providência. Por isso, Nunes tem hoje que se conformar com o refúgio que lhe proporcionou o empresário Nelson Tanure, no JB. No entanto, ele é demasiado pervertido para ser grato ao patrão por essa benção. Sua tentativa atual de cortejar os Civita, certamente não passou despercebida. Embora, ao que parece, nem a decadente “Veja” o quer de volta.
O ex-PFL contemplou o HP, e particularmente o autor destas linhas, com uma referência inusitada. No blog do partido, apareceu uma nota intitulada “Governo Lula financia a bandidagem?” (a interrogação mostra pouca segurança no que escreveram, o que, como veremos, é procedente). Segundo a nota, “o jornalista Augusto Nunes (Jornal do Brasil) confirmou, ao entrevistar Carlos Lopes, diretor de redação do Hora do Povo, que Diogo Mainardi, da revista Veja, está sofrendo ameaça de morte. A ameaça saiu na primeira página do Hora do Povo e Nunes abordou o assunto com o chefe de redação do jornal. ‘Carlos Lopes tentou aparentar surpresa: não houvera ameaça nenhuma, sorriu. Acabou por reafirmá-la ao concluir a declaração: ‘Só estamos dizendo que quem faz qualquer coisa pelo vil metal se arrisca. É a vida’, disse Carlos Lopes”.
Há algumas incorreções nesta nota. A primeira é que o sr. Augusto Nunes jamais entrevistou-me ou falou comigo - pessoalmente, ou por telefone, ou por e-mail, ou, nem mesmo, usando sinais de fumaça ou batuques de tambor. Ele simplesmente usou uma matéria publicada por “O Globo”, deformando-a e falsificando-a. Realmente, concedi uma entrevista ao “O Globo”. Mas, quanto ao Nunes, a última vez que o vi foi há mais de 30 anos, quando arrastava-se pelas universidades perguntando sobre supostas “organizações clandestinas” que atuariam no movimento estudantil, e era tratado muito justamente como um informante dos órgãos de repressão da ditadura e, segundo alguns jornalistas, da CIA.
A segunda incorreção é que não confirmei, nem poderia confirmar uma fraude. Não houve qualquer ameaça a Mainardi, e nem tocaríamos em seu nome, se ele não desrespeitasse a memória de Bacuri. Basta ler o nosso texto original. Além disso, até o próprio Mainardi, se tiver algum rasgo de lucidez - pois, apesar dos pesares, não é um Nunes - talvez compreenda que não tem importância suficiente para nos fazer mudar nossa linha editorial...
A terceira coisa errada é que é impossível a mim, como a qualquer um, apresentar surpresa diante de uma canalhice quando ela parte de canalhas. Seria como ficar surpreso porque os ladrões cometem roubos, ou porque os traidores perpetram traições, ou porque os padeiros produzem pão.
A quarta coisa incorreta na nota do ex-PFL é que não tenho por hábito ficar sorrindo para meretrizes degeneradas como o sr. Augusto Nunes. E, aliás, ele sabe disso. Já tentou, no passado, algo semelhante, e não se deu bem. Por isso mesmo é que, estando ele no Rio e eu em São Paulo, nem telefonou. Preferiu esconder-se atrás do sr. Mainardi, ou seja, usá-lo para perpetrar uma falcatrua pura e simples.
Assim, não é justo culpar o ex-PFL pela nota, exceto na medida em que resolveram acreditar em quem não merece crédito. Mas, não por acaso, acrescentaram a interrogação do título. O que mostra que também os ex-pefelistas sabem que a confiabilidade do sr. Augusto Nunes, no mínimo, deve ser mantida em dúvida. A verdade é que os atuais Democratas – entre os quais temos amigos de muitos anos – são, em média, gigantes morais, se comparados ao Nunes.
Eles não serão os primeiros nem os últimos a serem tapeados por um vigarista. No caso, Nunes quis passar a impressão, no texto que publicou no JB de 6 de maio, que havia falado comigo. Como sempre sibilino e tortuoso, ele não diz isso explicitamente. Deixa que outros acreditem nisso, para que, se for desmascarado, possa dizer que jamais disse aquilo que os induziu a acreditar. O que se pode concluir de uma frase como “Carlos Lopes tentou aparentar surpresa: não houvera ameaça nenhuma, sorriu”? Como ele pode ter visto esse sorriso (pois ouvir um sorriso pelo telefone é algo difícil), senão tendo estado comigo? No entanto, não vi esse piolho na minha frente. E, na matéria de “O Globo” da qual ele pinçou a minha frase, não há nada sobre isso. Lá está escrito: “O diretor de redação do “Hora do Povo” e membro do comitê central do MR-8, Carlos Lopes, negou que houvesse qualquer tom de ameaça na reportagem publicada pelo jornal”. Só isso. Portanto, Nunes falsificou a matéria e inventou o contexto, com o único objetivo de passar suas mentiras como verdade. É, portanto, um exagero dos ex-pefelistas chamá-lo de “jornalista”.
De resto, a sua coluna é, do princípio ao fim, uma infâmia. A começar pela ilustração, uma montagem sem vergonha e sem escrúpulos. Não somos nós que temos proximidade com o PCC, CV, ADA e outras quadrilhas. O Nunes sabe disso, também. Assim como também sabe que o governo não está nos financiando.
Que Nunes é um mentiroso, falsário e, de resto, um semovente do meretrício fascista, é coisa sabida. Sua carreira na imprensa é a de um puxa-saco exacerbado dos patrões, sempre escalando postos para perseguir colegas, e sempre, ao fim e ao cabo, traindo a confiança de seus benfeitores. É de justiça reconhecer que os proprietários de jornais e revistas também não conseguiram suportar sua falta de caráter e de limites. Roberto Marinho o demitiu pela publicação de um necrológio de Jorge Amado na “Época”, quando o escritor, colega de Marinho na Academia Brasileira de Letras, ainda estava vivo, mas Nunes queria matá-lo antes da hora. O dono de “Época”, diga-se de passagem, não foi o único a tomar essa providência. Por isso, Nunes tem hoje que se conformar com o refúgio que lhe proporcionou o empresário Nelson Tanure, no JB. No entanto, ele é demasiado pervertido para ser grato ao patrão por essa benção. Sua tentativa atual de cortejar os Civita, certamente não passou despercebida. Embora, ao que parece, nem a decadente “Veja” o quer de volta.
Afinal, do que se tratou essa suposta ameaça?
ResponderExcluiro mainarid acha que o jornal Hora do Povo o ameaçou de morte.
ResponderExcluirOnde encontro o texto que tem a suposta ameaca?
ResponderExcluirL.A.M. nao sei por que vc se mete nesta estoria. Eu desconhecia este tal de Carlos Lopes. Pelo texto que vc reproduz aqui da para perceber que ele e' da mesma laia do Azevedo e do Mainarid. Todos sao intolerantes, conservadores e agressivos.
Eles se merecem!
Augusto Nunes, Diogo Mainardi e Reinaldo Azevedo fazem parte do que existe de pior no jornalismo deste
ResponderExcluirpais.
Estão bastantes frustandos, porque o governo Lula está dando certo.
"Pelo texto que vc reproduz aqui da para perceber que ele e' da mesma laia do Azevedo e do Mainarid."
ResponderExcluirAi! Essa doeu!!!
O Carlos Lopes é jornalista e o Mainard veio da propaganda (não tinha dado certo lá).
Ele não deu certo em Veneza e correu para Brasil.
A tática dele para uma ter coluna na Veja é ter grande número de respostas na edição seguinte.
Daí ele diz: estão vendo? Recebo cartas e e-mails! Eles me lêem... Vendo! Só isso!
Fora isso, ele é medíocre.
Sem querer dirigir ofensas a ele, mas acho que é o que ele é... Para ser bonzinho... Já que ele nunca escreveu algo que mereça ser lido.