O jornalista Paulo Markun, eleito nesta segunda-feira para comandar a Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura, é um sujeito competente e um ótimo jornalista. Apresentador do Roda Viva, Markun tem pela frente o grande desafio da sua vida. A eleição do jornalista foi cercada de polêmica, nos bastidores, porque mesmo no PSDB há quem diga que o maior desejo do governador José Serra é interferir na programação, especialmente no jornalismo, da emissora. Assim, ou Markun faz jus a sua biografia e mantém a Cultura longe de Serra, ou joga no lixo toda uma história de independência e honradez e deixa o governador paulista fazer da emissora um grande palanque com vistas às eleições de 2010. Este blog torce para que Markun consiga segurar o afã intervencionista do govenrnador, mas prevê dias complicados e tensos pela frente...
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
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