O ditado acima cabe bem em situações como a vivida hoje pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Quando um figurão é atingido por uma denúncia na imprensa, em geral os veículos concorrentes imediatamente tentam levantar "a ficha" do denunciado e quase sempre conseguem informações adicionais, ainda que diferentes da acusação original. É o que vem acontecendo nesses últimos dias: os jornais O Globo e Folha de São Paulo estão empenhados em levantar novas denúncias sobre Renan, talvez até para não passarem a imagem de complacentes com o poderoso presidente do Senado.
Via de regra, as novas denúncias provocam a necessidade de novos esclarecimentos e desgastam ainda mais a imagem do denunciado. Isto também está acontecendo com Calheiros. Nesta terça-feira, está na Folha a informação de que a voz de Renan aparece nas gravações da Polícia Federal obtidas na investigação da Operação Navalha. Não é pouca coisa. O senador teve que voltar a falar do assunto e disse que é sua obrigação lutar para liberar verbas para o seu estado. Sobre a contestação dos advogados da jornalista Mônica Veloso, mãe de sua filha, sobre os valores depositados, Renan limitou-se a dizer que já ofereceu todas as explicações no discurso de segunda-feira.
A situação do presidente do Senado pode ficar complicada justamente pelo "efeito manada" na imprensa: porteira aberta, as investigações dos jornalistas tendem a levantar pecados e pecadilhos que jamais seriam publicados se não houvesse a primeira denúncia. "Não é assunto", diria o editor de política da Folha sobre a gravação em que Calheiros fala amenindades. Agora, qualquer ameninda dita em voz alta com alguém suspeito de envolvimento na Navalha vira prova cabal do envolvimento também do presidente do Senado no esquema...
Para Renan Calheiros escapar da renúncia à presidência do Senado e mesmo para preservar o mandato de senador por Alagoas, ele precisa agora dar um jeito de fechar a porteira, impedir a disparada da manada. Ou algum outro assunto quente entra na ordem do dia, ou Renan dá explicações contundentes o suficiente para dissipar toda e qualquer suspeita. Nada disto parece estar em curso, para azar do presidente do Senado.
Via de regra, as novas denúncias provocam a necessidade de novos esclarecimentos e desgastam ainda mais a imagem do denunciado. Isto também está acontecendo com Calheiros. Nesta terça-feira, está na Folha a informação de que a voz de Renan aparece nas gravações da Polícia Federal obtidas na investigação da Operação Navalha. Não é pouca coisa. O senador teve que voltar a falar do assunto e disse que é sua obrigação lutar para liberar verbas para o seu estado. Sobre a contestação dos advogados da jornalista Mônica Veloso, mãe de sua filha, sobre os valores depositados, Renan limitou-se a dizer que já ofereceu todas as explicações no discurso de segunda-feira.
A situação do presidente do Senado pode ficar complicada justamente pelo "efeito manada" na imprensa: porteira aberta, as investigações dos jornalistas tendem a levantar pecados e pecadilhos que jamais seriam publicados se não houvesse a primeira denúncia. "Não é assunto", diria o editor de política da Folha sobre a gravação em que Calheiros fala amenindades. Agora, qualquer ameninda dita em voz alta com alguém suspeito de envolvimento na Navalha vira prova cabal do envolvimento também do presidente do Senado no esquema...
Para Renan Calheiros escapar da renúncia à presidência do Senado e mesmo para preservar o mandato de senador por Alagoas, ele precisa agora dar um jeito de fechar a porteira, impedir a disparada da manada. Ou algum outro assunto quente entra na ordem do dia, ou Renan dá explicações contundentes o suficiente para dissipar toda e qualquer suspeita. Nada disto parece estar em curso, para azar do presidente do Senado.
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