O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pode mesmo ter muita culpa no cartório e ainda precisa se explicar melhor, se quiser continuar no cargo que ocupa. É fato. Também é fato, porém, que a principal "denúncia" da revista Veja – a de que Calheiros utilizava o favor de um terceiro (no caso, a empreiteira Mendes Jr.), para pagar a pensão da filha que teve fora do casamento – é exatamente o mesmo caso do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que também teve um filho fora do casamento, com a jornalista Míriam Dutra, da TV Globo. Míriam criou o filho de FH na Espanha e, pelo menos no período em que Cardoso presidiu o país, matérias para os telejornais da emissora ela não as produziu. Este blog só não sabe se Cardoso já reconheceu legalmente o menino, coisa que Renan pelo menos teve a hombridade de fazer com sua filha. Enfim, se o jornalismo é marrom, Veja podia pelo menos ajudar os brasileiros a entender o tipo de vida que levam os seus digníssimos representantes. Seria algo, digamos assim, sociologicamente correto.
Bruno Covas, prefeito de São Paulo, morreu vivendo. Morreu criando novas lembranças. Morreu não deixando o câncer levar a sua vontade de resistir. Mesmo em estado grave, mesmo em tratamento oncológico, juntou todas as suas forças para assistir ao jogo do seu time Santos, na final da Libertadores, no Maracanã, ao lado do filho. Foi aquela loucura por carinho a alguém, superando o desgaste da viagem e o suor frio dos remédios. Na época, ele acabou criticado nas redes sociais por ter se exposto. Afinal, o que é o futebol perto da morte? Nada, mas não era somente futebol, mas o amor ao seu adolescente Tomás, de 15 anos, cultivado pela torcida em comum. Não vibravam unicamente pelos jogadores, e sim pela amizade invencível entre eles, escreve Fabrício Carpinejar em texto publicado nas redes sociais. Linda homenagem, vale muito a leitura, continua a seguir. Nos noventa minutos, Bruno Covas defendia o seu legado, a sua memória antes do adeus definitivo, para que s...
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