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Reitoria da USP ocupada e o tumulto
na Virada Cultural: choque de gestão?

Os tucanos adoram falar em choque de gestão. Geraldo Alckmin passou a campanha presidencial do ano passado dizendo que faria mais e melhor do que o presidente Lula, se lhe desse a chance de administrar os mesmos recursos. Meses depois, o Metrô de São Paulo revelou no desastre da rua Capri o que é que os tucanos são capazes de fazer. Felizmente, o povão teve a sapiência de não deixar Alckmin lidar com "os mesmos recursos" que Lula e o estragou ficou limitado.

Agora, muita gente está discutindo a violência da polícia do governador José Serra (PSDB) durante a Virada Cultural, no último final de semana, na capital de São Paulo. Ora, o que se viu nas ruas do centro da cidade foi uma verdadeira guerra campal, iniciada por uma bobagem da polícia, que agiu de forma arrogante e prepotente, mostrando despreparo para lidar com uma situação usual em grandes shows – a ansiedade do público para assistir seus artistas prediletos.

Aparentemente, o que ocorreu na Virada Cultura nada tem a ver com a ocupação do prédio da reitoria da Universidade de São Paulo, mas há algo que liga esses dois acontecimentos. No caso dos estudantes, a incompetência, felizmente, ainda não foi da polícia, mas do secretário do Ensino Superior, que em cinco meses conseguiu a façanha de criar uma crise em um setor bastante sensível para o ex-professor universitário José Serra. Nos dois casos – USP e Virada Cultural – o governo Serra já vai revelando o tipo de "choque" que pretende aplicar nesses próximos anos, qual seja o da inabilidade política. Porque realmente é difícil imaginar gente com mais talento para criar confusão onde confusão antes não havia...

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