A reportagem abaixo, da Folha Online, mostra um pouco do que poderia ser o caminho brasileiro caso o tucanato tivesse continuado no poder após 2002. A receita mexicana para o desenvolvimento em muito se assemelha com o que era praticado no Brasil antes de 2003, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência.
Os tucanos gostam de dizer que a política econômica de Lula é continuidade da de Fernando Henrique Cardoso e é verdade que muita coisa foi mesmo continuada, mas as mudanças implementadas, inclusive a opção por aumentar as reservas cambiais (muito criticada pelo governador José Serra, por exemplo), foram fundamentais para que o país aguentasse o tranco da crise que assola o planeta, como vem aguentando.
Se Serra tivesse vencido em 2002, é provável que hoje o Brasil também estivesse batendo na porta do FMI em busca de uma providencial ajudinha para fechar as contas. O México está de joelhos, o Brasil, não. A crise também bateu por aqui, não é marolinha, mas ao menos temos por aqui uma situação que permite alguma autonomia em relação aos rumos da economia nacional. A seguir, a íntegra da matéria da Folha Online.
México pede empréstimo de US$ 47 bilhões ao FMI
Atualizado às 13h43 - O Banxico (Banco de Mexico, o BC do país) anunciou nesta quarta-feira que o país pedirá ao FMI (Fundo Monetário Internacional) a abertura de uma linha de crédito de US$ 47 bilhões para o país, com vigência de um ano.
Segundo a autoridade monetária mexicana, os recursos seriam usados para ajudar o país a passar pelas turbulências causadas pela crise econômica, usando-o principalmente para manter o nível de emprego e o crédito para as empresas.
Porém, o Banxico informou que não tem planos imediatos de usar os recursos que seriam disponibilizados pelo FMI.
Se o México receber o financiamento, será o primeiro país a se beneficiar de uma nova linha de crédito flexível do FMI, sem condições ou limite de valor. A criação desta linha foi uma das medidas tomadas pelo organismo internacional para simplificar seus empréstimos a países em dificuldades.
Este crédito também servirá para afastar os temores sobre a queda das reservas mexicanas, provocada pela ação do governo para sustentar a moeda local. O Banxico já vendeu pouco mais de US$ 21 bilhões das suas reservas internacionais desde outubro do ano passado para apoiar a moeda local.
Desde o início da crise financeira internacional, o peso mexicano já perdeu mais de 50% de seu valor em relação ao dólar.
Ontem, o presidente do México, Felipe Calderón, anunciou que seu país pediria o empréstimo ao FMI. Porém, em um valor menor do que o anunciado hoje pelo Banxico, entre US$ 30 bilhões e US$ 40 bilhões.
"As finanças públicas estão em ordem, os fundamentos da economia estão em ordem", destacou o presidente ontem. "A economia e o comércio do México vão ficar bem a longo prazo."
Os tucanos gostam de dizer que a política econômica de Lula é continuidade da de Fernando Henrique Cardoso e é verdade que muita coisa foi mesmo continuada, mas as mudanças implementadas, inclusive a opção por aumentar as reservas cambiais (muito criticada pelo governador José Serra, por exemplo), foram fundamentais para que o país aguentasse o tranco da crise que assola o planeta, como vem aguentando.
Se Serra tivesse vencido em 2002, é provável que hoje o Brasil também estivesse batendo na porta do FMI em busca de uma providencial ajudinha para fechar as contas. O México está de joelhos, o Brasil, não. A crise também bateu por aqui, não é marolinha, mas ao menos temos por aqui uma situação que permite alguma autonomia em relação aos rumos da economia nacional. A seguir, a íntegra da matéria da Folha Online.
México pede empréstimo de US$ 47 bilhões ao FMI
Atualizado às 13h43 - O Banxico (Banco de Mexico, o BC do país) anunciou nesta quarta-feira que o país pedirá ao FMI (Fundo Monetário Internacional) a abertura de uma linha de crédito de US$ 47 bilhões para o país, com vigência de um ano.
Segundo a autoridade monetária mexicana, os recursos seriam usados para ajudar o país a passar pelas turbulências causadas pela crise econômica, usando-o principalmente para manter o nível de emprego e o crédito para as empresas.
Porém, o Banxico informou que não tem planos imediatos de usar os recursos que seriam disponibilizados pelo FMI.
Se o México receber o financiamento, será o primeiro país a se beneficiar de uma nova linha de crédito flexível do FMI, sem condições ou limite de valor. A criação desta linha foi uma das medidas tomadas pelo organismo internacional para simplificar seus empréstimos a países em dificuldades.
Este crédito também servirá para afastar os temores sobre a queda das reservas mexicanas, provocada pela ação do governo para sustentar a moeda local. O Banxico já vendeu pouco mais de US$ 21 bilhões das suas reservas internacionais desde outubro do ano passado para apoiar a moeda local.
Desde o início da crise financeira internacional, o peso mexicano já perdeu mais de 50% de seu valor em relação ao dólar.
Ontem, o presidente do México, Felipe Calderón, anunciou que seu país pediria o empréstimo ao FMI. Porém, em um valor menor do que o anunciado hoje pelo Banxico, entre US$ 30 bilhões e US$ 40 bilhões.
"As finanças públicas estão em ordem, os fundamentos da economia estão em ordem", destacou o presidente ontem. "A economia e o comércio do México vão ficar bem a longo prazo."
Então Luiz
ResponderExcluirQue o Brasil sirva de exemplo aos mexicanos, que por uma fração não elegeram o socialista Lopez Obrador em 2006, mantendo a continuidade do neoliberalismo com Felipe Calderón.
"...os fundamentos da economia estão em ordem."
ResponderExcluirFundamentos da economia!!!!!!
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK