Está nos jornais e revistas a informação de que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) teria feito dois pagamentos de R$ 50 mil, em dinheiro vivo, para a jornalista Mônica Veloso, com quem o presidente do Senado tem uma filha, fruto de relação extraconjugal. Até aqui, tudo bem, o próprio senador já reconheceu os pagamentos, segundo ele para um fundo educacional da menina, e fez publicar os recibos de Mônica para os dois pagamentos. Ocorre que saiu em vários veículos também a informação de que esse dinheiro teria sido entregue em duas malas. A menos que Calheiros tenha mandado os cinquenta contos em notas de R$ 1, tal versão é realmente pouco crível. Se foram 500 notas de R$ 100, caberia em um envelope simples. Mesmo mil notas de R$ 50 não demandariam as tais malas. Tudo isso mostra que Renan tem razão em falar que vive um "calvário": quando a imprensa resolve pegar no pé de uma figura pública em razão de alguma denúncia ou desgraça, a lógica e o bom senso são mandados às favas. O pior é que tem leitor que não percebe.
A internet virou o novo tribunal da inquisição — e isso é péssimo Só se fala na rapper Karol Conká, que saiu do BBB, da Rede Globo, com a maior votação da história do programa. Rejeição de 99,17% não é pouca coisa. A questão de seu comportamento ter sido odioso aos olhos do público não é o principal para mim. Sou o primeiro a reconhecer que errei muitas vezes. Tive atitudes pavorosas com amigos e relacionamentos, das quais me arrependo até hoje. Se alguma das vezes em que derrapei como ser humano tivesse ido parar na internet, o que aconteceria? Talvez tivesse de aprender russo ou mandarim para recomeçar a carreira em paragens distantes. Todos nós já fizemos algo de que não nos orgulhamos, falamos bobagem, brincadeiras de mau gosto etc… Recentemente, o ator Armie Hammer, de Me Chame pelo Seu Nome, sofreu acusações de abuso contra mulheres. Finalmente, através do print de uma conversa, acabou sendo responsabilizado também por canibalismo. Pavoroso. Tudo isso foi parar na internet. Ergue
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