Está nos jornais e revistas a informação de que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) teria feito dois pagamentos de R$ 50 mil, em dinheiro vivo, para a jornalista Mônica Veloso, com quem o presidente do Senado tem uma filha, fruto de relação extraconjugal. Até aqui, tudo bem, o próprio senador já reconheceu os pagamentos, segundo ele para um fundo educacional da menina, e fez publicar os recibos de Mônica para os dois pagamentos. Ocorre que saiu em vários veículos também a informação de que esse dinheiro teria sido entregue em duas malas. A menos que Calheiros tenha mandado os cinquenta contos em notas de R$ 1, tal versão é realmente pouco crível. Se foram 500 notas de R$ 100, caberia em um envelope simples. Mesmo mil notas de R$ 50 não demandariam as tais malas. Tudo isso mostra que Renan tem razão em falar que vive um "calvário": quando a imprensa resolve pegar no pé de uma figura pública em razão de alguma denúncia ou desgraça, a lógica e o bom senso são mandados às favas. O pior é que tem leitor que não percebe.
Bruno Covas, prefeito de São Paulo, morreu vivendo. Morreu criando novas lembranças. Morreu não deixando o câncer levar a sua vontade de resistir. Mesmo em estado grave, mesmo em tratamento oncológico, juntou todas as suas forças para assistir ao jogo do seu time Santos, na final da Libertadores, no Maracanã, ao lado do filho. Foi aquela loucura por carinho a alguém, superando o desgaste da viagem e o suor frio dos remédios. Na época, ele acabou criticado nas redes sociais por ter se exposto. Afinal, o que é o futebol perto da morte? Nada, mas não era somente futebol, mas o amor ao seu adolescente Tomás, de 15 anos, cultivado pela torcida em comum. Não vibravam unicamente pelos jogadores, e sim pela amizade invencível entre eles, escreve Fabrício Carpinejar em texto publicado nas redes sociais. Linda homenagem, vale muito a leitura, continua a seguir. Nos noventa minutos, Bruno Covas defendia o seu legado, a sua memória antes do adeus definitivo, para que s...
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