O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, conseguiu, em uma declaração sobretudo infeliz, fazer a festa da direita brasileira, para quem o coronel não passa de um ditador (embora eleito e reeleito pelo voto popular). Ao dizer que o Congresso brasileiro é um "papagaio" dos interesses de Washington, Chávez praticamente pediu para apanhar. A coisa foi tão grave que até mesmo o presidente Lula, um aliado do líder bolivariano, se irritou, abandonou a cautela diplomática e respondeu, curto e grosso: "Chávez tem que cuidar é da Venezuela", disse ele, em Londres.
No Congresso, é claro, as reações foram iradas e há parlamentares de todos os partidos criticando Chávez. A verdade é que o presidente venezuelano pisou na bola: se tivesse tido que o parlamento brasileiro é constituído majoritariamente por picaretas, teria razão e ainda assim estaria errado, porque o problema não é dele, mas do povo brasileiro, que elege livre e democraticamente os seus representantes. Deve haver alguma boa tradução para o espanhol do ditado "cada um com seus 'pobrema'". É o que o Itamaraty devia mandar a Hugo Chávez.
No Congresso, é claro, as reações foram iradas e há parlamentares de todos os partidos criticando Chávez. A verdade é que o presidente venezuelano pisou na bola: se tivesse tido que o parlamento brasileiro é constituído majoritariamente por picaretas, teria razão e ainda assim estaria errado, porque o problema não é dele, mas do povo brasileiro, que elege livre e democraticamente os seus representantes. Deve haver alguma boa tradução para o espanhol do ditado "cada um com seus 'pobrema'". É o que o Itamaraty devia mandar a Hugo Chávez.
Você só esqueceu de dizer que foi o Senado brasileiro o primeiro a dar palpite em assunto externo alheio. Que fala o que quer, ...
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