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No governo de José Serra, negociação
só acontece quando a greve começa

As demais categorias do funcionalismo público deveriam aprender a lição com os metroviários. Com data-base em 1° de maio, os trabalhadores do Metrô havia mais de dois meses tentavam negociar o reajuste salarial e o governo paulista comandado por José Serra (PSDB) se fazia de morto. Os metroviários ameaçaram com paralisações, mas de nada adiantava. Ontem à noite, decidiram iniciar uma greve. O governo então levou o pessoal a sério e abriu uma rodada de negociação que entrou madrugada adentro. No final, os metroviários conseguiram reajuste de 4,25% para os salários e de 4,09% para os benefícios. Está dado o recado: com Serra, só fazendo greve para ter as reivindicações atendidas...

Comentários

  1. "No governo de José Serra, negociação só acontece quando a greve começa"?

    Certo o Serra. E também é uma demonstração de esperteza política.

    No Brasil querer um reajuste salarial
    virou sinônimo de greve. Uma categoria começa a reclamar do baixo salário, e vamos à greve.

    Conseguiram destruir uma ferramenta poderosa de persuasão. Era para a greve ser a última arma na reivindicaçao perante o patrão. Os patrões e autoridades administrativas deveriam temer as greves. Porém, greve virou apenas um indicativo da insatisfação do trabalhador.

    Então, por que o Serra se estressar antes da greve começar. Começou, negocia e pronto. Tudo resolvido.

    E as consequencias da greve para aqueles que nada tem a ver diretamente com o episódio, o povo? Tem uma ministra que deu uma sugestão...

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