O dado mais importante do dia para a política brasileira não é a pesquisa CNT/Sensus sobre a popularidade do presidente Lula, mas a definição da meta de inflação para 2009. O Conselho Monetário Nacional decidiu ficar ao lado do presidente e do ministro Guido Mantega e optou por 4,5%, contrariando o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que defendiam a meta de 4%.
Para entender o significado do debate, basta pensar que uma meta de inflação menor para 2009 certamente provocaria, em algum momento de 2008, uma parada ou diminuição no ritmo de queda da taxa de juros. Com a meta de 4,5%, o BC terá mais espaço para continuar baixando a Selic e, portanto, a economia tende a crescer mais, todas as demais variáveis permanecendo estáveis.
O ano de 2009 é crucial para a definição da eleição presidencial de 2010. É sobretudo com base no desempenho da economia do ano anterior que os eleitores julgam o governo e escolhem o seu candidato. Ao indicar a taxa de 4,5% de inflação para este ano, Lula ao mesmo tempo sinaliza que pretende ver a economia brasileira vivendo um crescimento mais robusto no final do seu mandato, com o óbvio intuito de fazer o seu sucessor (ou se reeleger, se a legislação permitir).
A seguir, a reportagem da Folha Online sobre a definição da meta de 2009:
CMN define meta de inflação de 2009 em 4,5%
ANA PAULA RIBEIRO
O CMN (Conselho Monetário Nacional) definiu hoje que a meta de inflação para 2009 será de 4,5% do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a mesma deste ano, mantendo também a margem de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Com as previsões do mercado de uma inflação abaixo de 4% em 2007 e 4,5% para o ano que vem, havia expectativa de que a meta fosse fixada em um patamar menor.
A posição adotada hoje era a defendida pelo ministro Guido Mantega (Fazenda). Para ele, essa meta permite que o país cresça sem exigir do Banco Central uma política monetária muito rigorosa, como a elevação da taxa de juros para coibir o aumento de preços.
Apesar da manutenção, Mantega acredita que a inflação ficará abaixo. "As previsões indicam para uma inflação abaixo de 4%. Isso mostra que [a taxa] pode se manter abaixo do centro da meta. Isso não é só desejado como deverá ser perseguido pelo Banco Central", afirmou Mantega.
Para ele, o sistema de metas de inflação conseguiu combinar os preços sob controle com o crescimento da economia, o que é positivo para o maior consumo da população. "Esse instrumento está sendo muito bem sucedido. Não só pelo controle por anos seguidos, mas porque permite um crescimento maior do país", disse.
O regime de metas de inflação foi adotada no país em 1999
Para entender o significado do debate, basta pensar que uma meta de inflação menor para 2009 certamente provocaria, em algum momento de 2008, uma parada ou diminuição no ritmo de queda da taxa de juros. Com a meta de 4,5%, o BC terá mais espaço para continuar baixando a Selic e, portanto, a economia tende a crescer mais, todas as demais variáveis permanecendo estáveis.
O ano de 2009 é crucial para a definição da eleição presidencial de 2010. É sobretudo com base no desempenho da economia do ano anterior que os eleitores julgam o governo e escolhem o seu candidato. Ao indicar a taxa de 4,5% de inflação para este ano, Lula ao mesmo tempo sinaliza que pretende ver a economia brasileira vivendo um crescimento mais robusto no final do seu mandato, com o óbvio intuito de fazer o seu sucessor (ou se reeleger, se a legislação permitir).
A seguir, a reportagem da Folha Online sobre a definição da meta de 2009:
CMN define meta de inflação de 2009 em 4,5%
ANA PAULA RIBEIRO
O CMN (Conselho Monetário Nacional) definiu hoje que a meta de inflação para 2009 será de 4,5% do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a mesma deste ano, mantendo também a margem de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Com as previsões do mercado de uma inflação abaixo de 4% em 2007 e 4,5% para o ano que vem, havia expectativa de que a meta fosse fixada em um patamar menor.
A posição adotada hoje era a defendida pelo ministro Guido Mantega (Fazenda). Para ele, essa meta permite que o país cresça sem exigir do Banco Central uma política monetária muito rigorosa, como a elevação da taxa de juros para coibir o aumento de preços.
Apesar da manutenção, Mantega acredita que a inflação ficará abaixo. "As previsões indicam para uma inflação abaixo de 4%. Isso mostra que [a taxa] pode se manter abaixo do centro da meta. Isso não é só desejado como deverá ser perseguido pelo Banco Central", afirmou Mantega.
Para ele, o sistema de metas de inflação conseguiu combinar os preços sob controle com o crescimento da economia, o que é positivo para o maior consumo da população. "Esse instrumento está sendo muito bem sucedido. Não só pelo controle por anos seguidos, mas porque permite um crescimento maior do país", disse.
O regime de metas de inflação foi adotada no país em 1999
Comentários
Postar um comentário
O Entrelinhas não censura comentaristas, mas não publica ofensas pessoais e comentários com uso de expressões chulas. Os comentários serão moderados, mas são sempre muito bem vindos.